350,5km percorridos
462,5km para Santiago
Hoje foi dia de nos embrenharmos na Meseta, com as suas extensas planícies, onde o vento frio que sopra faz dançar os campos de cereais, onde o sol é inclemente e as retas parecem não ter fim.
O dia começou soalheiro e apesar das noites estarem geladas foi num ápice que o resplandecente sol aqueceu o dia. Foi o embalo que precisávamos para vencer os primeiros 5kms do dia e chegarmos às ruinas do Convento de San Antón, fundado em 1146 por Alfonso VII.
Não nos demoramos na visita e, atravessando o seu imponente Arco do Triunfo, rumamos a Castrojeriz, uma das maiores povoações da Meseta.
Ao fundo já se via Castrojeriz |
Chegados a Castrojeriz (9km) procuramos por todo o lado uma farmácia e um supermercado pois precisávamos de repor os “stocks” algo que nas terras mais pequenas é difícil pois farmácias não há e os mercados que existem cobram preços exorbitante. Infelizmente, por ser Domingo, acabou por ser um esforço inglório. E como se fazia horas de almoço lá sacamos das nossas últimas sandes e almoçamos sentados nas escadas da Igreja de San Juan.
Igreja de San Juan em Castrojeriz |
Merenda comida seguimos caminho em direção ao alto Teso de Mostelares, que com os seus 12 graus de inclinação é uma das mais rasgadas subidas do Caminho.
Aí está ele, o grande Mostelares! |
Mas chegados ao topo vemos o nosso esforço recompensado com uma soberba vista: um mar infindo de verdejantes campos recortado por um longo caminho que haveríamos de trilhar. Foi um dos momentos mais intensos e memoráveis de todo o Caminho, daqueles que nem um milhão de palavras consegue descrever.
E se a subida ao Mostelares foi difícil a descida não se lhe ficou atrás. Foi portanto com pezinhos de lã que nos fomos embrenhando na “Tierra de Campos” (também chamada de celeiro da Espanha) e nos fomos despedindo da província de Burgos.
A chuva andava a rondar… e acabou por nos apanhar! |
Após a pequena localidade de Puente Fitero esperava por nós a segunda província de Castela e León: Palencia. Faltavam agora somente 2kms para atingirmos a meta de hoje, mas por esta altura do campeonato 2kms soavam a uma eternidade.
Albergue de Puente Fitero – para nós ainda faltava mais um par de kms para terminar o dia |
Hola Palencia, Tierra de Campos! |
Itero ainda parecia uma miragem! |
E ao longe surge o albergue de peregrinos, um doce oásis para dois pares de pernas cansadas |
Chegamos a Itero de la Veja extenuados, com o corpo a acusar muito o acumular dos dias e dos quilómetros mas com a vontade de seguir Caminho reforçada nos nossos corações.
Etapa Anterior: De Rabé de las Calzadas a Hontanas
Etapa Seguinte: De Itero de la Vega a Población de Campos
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Alexandre e Anabela,
A vossa força de vontade e determinação continuam a ser admiráveis!!! Por vezes. chegam a ser comoventes…!
Grande abraço!!!
Olá Clara!
Podemos dizer que tudo isso fez parte; força de vontade, determinação e comoção, muita 🙂
Mas nem sempre foi fácil.
Beijinhos
Muito bom o site e bem completas as informações. Parabéns! Tem ajudado muito aos peregrinos!
Obs.: Apenas uma correção, o fundador do Monastério de San Antón em Castrojeriz foi Alfonso VII
Muito obrigado pelo feedback e pelo reparo. Já corrigimos!
Abraços