De León a Villar de Mazarife (22km)

505km percorridos
308km para Santiago

Depois do martírio que havia sido a entrada em León (sem sombra de dúvidas a pior entrada num grande núcleo urbano de todo o Caminho Francês), só podíamos esperar que a saída estivesse ao mesmo nível. E esteve!
Até chegarmos a La Virgen del Camino, foram 8kms de calvário, percorrendo ruas movimentadas, cruzando caóticos subúrbios e serpenteando estradas nacionais e zonas industriais, algumas delas em estado avançado de decomposição. Não foi um início de dia auspicioso!

Hostal de San Marcos, antigo hospital de peregrinos, ainda em León

Chegados a La Virgen del Camino o Caminho divide-se: o traçado original prossegue por “andaderos” paralelos à movimentadíssima estrada N-120 rumo a Puente Orbigo via San Martin del Camino; o alternativo avança por estradas secundárias e caminhos de terra batida via Villar de Mazarife, voltando a juntar-se ao itinerário principal em Puente Orbigo.

A chegada a La Virgen del Camino

A escolha parece óbvia tendo em conta que não existe nenhum peregrino que troque de bom grado a tranquilidade dos campos pelo alarido das autoestradas. Contudo o traçado alternativo implica fazer cerca de 10kms mais, e quilometragem extra também não agrada a peregrino algum… sobretudo quando já tem mais de 400kms nas pernas.
Não foi por isso uma decisão fácil de tomar mas, após pesarmos bem os prós e os contras, optamos por castigar o corpo e dar um descanso à alma… por outras palavras seguimos pela via alternativa.

Terra batida! Até que enfim!

E o caminho rumo a Villar de Mazarife até começou bem com uma pista de terra batida, ornamentada por coloridas flores. Um verdadeiro bálsamo para o espirito após o início de dia desinspirado que tínhamos tido.

 

Fresno del Camino
De volta ao asfalto

Infelizmente foi amor de pouca dura e rapidamente a terra batida deu lugar ao asfalto que nos haveria de conduzir até Fresno del Camino e de seguida até Oncina de la Valdoncina, onde fizemos a nossa pausa para almoço.

Olha um banco à sombra! Local perfeito para comer a bucha!

De Oncina seguimos caminho até Chozas de Abajo, mais uma vez longe do alcatrão. Foi sem sombra de dúvidas o troço mais bonito e tranquilizador da etapa de hoje. E foi também simbólico, visto que foi nele que ultrapassamos a marca dos 500kms percorridos.

 

As ovelhas peregrinas tomaram conta do Caminho!
As boas-vindas de Chozas

Já do troço que liga Chozas a Villar de Mazarife não podemos dizer a mesma coisa. Tranquilidade até tivemos mas fomos brindados por um ardente alcatrão (bem aquecido pelo sol da tarde) numa zona desprovida de arvoredo. Pode-se dizer que foi um final de dia escaldante!

Tanta estrada e nem uma sombrinha! Mesmo bom!
Será Villar de Mazarife ou uma miragem?
Olha! Não é que era mesmo!
Igreja de Villar de Mazarife, casa de vários simpáticos casais de cegonhas

Etapa Anterior: De Mansilla de las Mulas a León
Etapa Seguinte: De Villar de Mazarife a Villares de Orbigo


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2 COMENTÁRIOS

  1. Olá Anabela e Alexandre, vim ler a vossa crónica de hoje, confesso que de coração um pouco apertado pensando na fragilidade da vida, pois de manhã assisti a um acidente aparatoso que só por milagre não foi também uma grande tragedia, porém evitável se houvesse um pouco de calma e bom senso…penso que todos devíamos parar de vez em quando neste caminho da vida, mas anda tudo tão apressado e egoisticamente centrado no seu umbigo.
    O vosso relato do caminho bem como as fotos das paisagens campestres são um balsamo para a minha alma. bem hajam.

    Isabel

  2. Boa tarde Isabel. Concordamos a 100% contigo quando dizes que muitas das tragédias podiam (e deviam) ser evitadas se houvesse um pouco mais de calma. Infelizmente não é nada fácil parar no Caminho da Vida e o mundo anda a 100 à hora nos dias que correm.
    Obrigado por acompanhares o nosso Caminho e pelas excelentes reflecções que nos vais deixando.
    Abraços nossos

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