De Sahagun a El Burgo Ranero (18km)

443,5km percorridos

369,5km para Santiago

Acordar para um dia de sol era sempre um alento para estes dois peregrinos. A luz dava-nos sempre outro vigor. Assim, conseguimos animar-nos mutuamente e avançar mais uns poucos de quilómetros, afinal já faltavam menos de 400km até Santiago!

O vento, esse nosso “amigo”, é que não nos quis largar por mais um dia. Saímos de Sahagun com o seu cumprimento matinal e cruzando a ponte sobre o rio Cea.

Uma quadra de quilómetros adiante somos avisados que o Caminho se divide em dois: o Real Camiño Francés e o que percorre a Via Trajana. Já havíamos decidido que a meta da jornada seria El Burgo Ranero, logo tomámos o primeiro.

Mais um dia passado em monótono “andadero” sempre paralelo à estrada. Por vezes a sombra dos plátanos vem aplacar o sol concedendo uma refrescante sombra ao peregrino.

Contudo, ainda faltam uns bons anitos até estes plátanos poderem oferecer a sua sombra.

Neste troço há apenas uma povoação no entremeio: Bercianos del Real Camino. Passamos a ermida de Nuestra Señora de Perales e, uns poucos de metros à frente, Bercianos recebe os peregrinos com uma fonte de água pública, um abençoado serviço que a maioria das povoações oferece e que os peregrinos muito agradecem.

 

Após breve paragem na povoação, caminhámos os 8km que nos separavam do destino da jornada.

Foi agradável vislumbrar El Burgo Ranero no horizonte, já que o corpo implorava por descanso. Entramos na localidade pela calle Real onde podemos ver pela primeira vez as casas feitas em adobe, o material básico na arquitetura tradicional destas primeiras povoações leonesas.

 

Apesar do corpo começar a manifestar as dores naturais pelo acumular do esforço físico, o espírito mantinha-se positivo e a vontade de seguir em frente mantinha-se forte. Como concluímos no final desse dia, não foi um dia para contemplarmos a paisagem, até porque o vento obrigou-nos a caminhar grande parte do trajeto de cabeça baixa. Mas foi um dia muito preenchido por oração, logo, um dia de contemplação interior.

Etapa Anterior: De Calzadilla de la Cueza a Sahagun
Etapa Seguinte: De El Burgo Ranero a Mansilla de las Mulas


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7 COMENTÁRIOS

  1. Pena o vento, porque a paisagem parece bonita… E o céu sempre de um azul magnífico!
    Continuação de bom Caminho, interior e exterior! 🙂

  2. Olá Alexandre e Anabela

    Gosto muito dos vossos relatos, também eu gostava de ser animada pela fé, mas "ela" anda envergonhada…estas caminhadas reforçaram a vossa fé?

    Isabel

  3. Olá Alexandre e Anabela

    Gosto muito dos vossos relatos, também eu gostava de ser animada pela fé, mas "ela" anda envergonhada…estas caminhadas reforçaram a vossa fé?

    Isabel

  4. Olá Clara! O vento é de facto um grande inimigo. Mas mais vale vento com sol do que vento sem sol. Temos sempre de ver o lado positivo 🙂 E sim, as paisagens na Meseta são brutais!
    Abraços nossos

  5. Olá Beatriz. A sombra das árvores é sempre uma grande amiga. É pena que muitos dos plátanos ainda precisem de passar por muitas Primaveras ate darem sombra.
    Bjs

  6. Olá Isabel. É uma questão muito pertinente a tua. Podemos dizer que o Caminho nos aproximou de Deus. Muitas vezes no dia a dia não conseguimos nem encontrar espaço para a reflecção nem para comtemplarmos a Sua criação. E no Caminho encontramos esse espaço e deixamo-nos maravilhar com as suas obras. O Caminho não foi para nós uma grande epifania mas uma coletânea de muitas pequenas epifanias. E quando assim é a fé só pode sair reforçada.
    Bjs

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