64km percorridos
749km para Santiago
Não foi preciso dar muitos passos para que nos apercebêssemos que as mazelas das últimas etapas tinham vindo para ficar. A noite não chegou para recuperar as dores musculares e pode-se mesmo dizer que começamos o dia cansados. E para ajudar à festa, fomos brindados com um belo dia de chuva, a arquirrival destes dois peregrinos.
É que para além de deixar o caminho todo enlameado, o que atrasa o passo e transforma as íngremes descidas em autênticos escorregas, com chuva as obrigatórias paragens para descansar e repor forças tornam-se muito mais complicadas.
É preciso sempre procurar um abrigo, e podem-se passar longos quilómetros sem qualquer possibilidade de parar.
Neste dia de chuva valeu-nos o alpendre da casa de um simpático casal basco de Akerreta para fazermos a nossa pausa da manhã. Escusado será dizer que nos perdemos à conversa com eles e que foi um dos melhores momentos deste enegrecido dia.
A etapa em si teve muitas semelhanças com a que a precedeu, ou seja continuou a montanha russa que tanto nos castigou os tendões e os joelhos no dia anterior. Durante todo o dia as abruptas subidas foram alternando com as íngremes e escorregadias descidas, a pior delas entre Akerreta e a Ponte de Zuriain sobre o Rio Arga, também ele um constante companheiro nesta jornada.
Rio Arga |
Memorial a Rosanna, a peregrina italiana que aqui perdeu a vida em 2006… |
O objetivo do dia era chegarmos a Pamplona, onde tínhamos projetado fazer o nosso primeiro dia de descanso, tratarmos das questões logísticas (compra de comida, lavar roupa, repor stocks do kit de primeiros socorros e afins) e conhecer um pouco da histórica cidade de Navarra.
Por vezes o Caminho é lindo… |
…por vezes o Caminho é feio. |
Mas nunca deixa de ser mágico! |
Rio Ultzama e ao longe a ponte romana de Trinidad de Arre |
A tranquilidade do albergue e sobretudo a serenidade da igreja foi um bálsamo para as nossas almas. Deus escreve direito por linhas tortas e a decisão de não fazermos os últimos 5kms até Pamplona, abdicando assim de um dia total de descanso, acabou por ser a melhor decisão e a maior lição do dia.
Interior da Igreja da Santíssima Trindade |
O tranquilo pátio do albergue de Trinidad de Arre |
A cada passo se faz o Caminho! Podemos não saber se conseguimos chegar a Santiago mas o mais importante é termos em nós a sentida vontade de dar mais um passo! Adormecemos com a certeza de que no dia seguinte os pés voltariam ao Caminho…
Etapa Anterior: De Roncesvalles a Zubiri
Etapa Seguinte: De Trinidad de Arre a Pamplona
Clique para ler o nosso Guia do Caminho Francês
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Olá queridos amigos…passei por aqui hoje…gostei de saber que tá tudo bem e estão por cá…um ano com muita saude e paz desejo para os dois…post lindo este… :)até….
os vossos posts são sempre tão inspiradores…as paisagens que escolhem lindas. muita saude durante a peregrinação
Olá Lu! É sempre com grande agrado que recebemos as tuas visitas e as tuas amáveis palavras. Votos de um 2014 cheio de saúde, paz e amor para ti e para os teus!
Olá caro anónimo! Muito obrigado pelas suas palavras. Ficamos muito gratos pelo seu feedback e por saber que os nossos posts conseguem tocar em quem nos lê. Um abraço e muita saúde para 2014!
E que saudades eu tinha de ler as vossas belíssimas crónicas, sempre tão bem acompanhadas de excelentes fotografias…!
Olá Clara. E nós já tínhamos saudades da tua presença e dos teus sempre pertinentes comentários 🙂 Obrigado por acompanhares as nossas crónicas!
Eu fiz o caminho em Outubro e é mágico!
Muito mágico mesmo! Temos muita vontade de regressar ao Caminho 🙂