É certo e sabido que há peculiaridades muito específicas inerentes à cultura dum determinado país. Uma delas prende-se com a linguagem gestual, seja o gesticular com as mãos seja a corporal, a que temos que recorrer em viagem. Os gestos manuais têm significados distintos em diferentes zonas do mundo. Neste artigo focamos o aspeto do desconhecimento de gestos ofensivos para outros países mas que são perfeitamente aceitáveis na nossa cultura.
Imagine-se num país cuja língua lhe é totalmente desconhecida. A tendência imediata será o recurso a gestos com as mãos para nos tentarmos fazer entender. Acontece que a linguagem gestual acarreta certos riscos e mal-entendidos que geram clivagens entre interlocutores de culturas distintas. A melhor maneira de evitar situações constrangedoras ou gestos ofensivos em viagem é estudarmos um pouco a cultura do país que nos acolhe. Como visitantes temos a responsabilidade de ser respeitadores. Aqui ficam as nossas dicas de viagem sobre gestos ofensivos a evitar noutros países.
Gestos ofensivos que devemos evitar em viagem
O Polegar – “dá-me um like” ou o insulto por excelência
Mão fechada e polegar estendido é um dos gestos mais universais. É o gesto comummente usado para pedir boleia, exprimir contentamento, concordância ou agrado e até para reforçar aprovação. A rede social do facebook popularizou-o como o ícone do “like”. Embora a grande maioria dos países o encare como sinal de aprovação de conotação positiva, o mesmo não se aplica em certos lugares do mundo.
Gesto ofensivo para o outro…
Imagine que está no Irão e encetou negociações com um comerciante por aquele souvenir espetacular. Chegam a um acordo pelo preço e tudo corre às mil maravilhas. Até que se lembra de estender o polegar em sinal de concordância. Não se admire se o seu interlocutor lhe virar as costas e começar a insultá-lo. Você acabou de o insultar da pior forma possível ao dizer-lhe para enfiar o preço “num sítio que eu cá sei”. Posto isto, pedir boleia em alguns países pode ser uma tarefa complicada.
Onde evitar o gesto ofensivo do polegar
O polegar estendido é um dos gestos ofensivos com conotação fortemente negativa em alguns países do Médio Oriente (Irão, particularmente), da América do Sul e África Ocidental. Polegar estendido para estes povos é o mesmo que o dedo médio estendido para si. Na Grécia, por ter um significado pejorativo, o seu uso é muito contido apesar de ser já tolerado.
Devido à exposição internacional a que o gesto está agora sujeito, principalmente devido às figuras públicas e redes sociais, tem vindo a ser percecionado como uma peculiaridade dos ocidentais e pode até ser suportado. Mas quando em dúvida no Médio Oriente, África Ocidental e América do Sul, refreie o seu uso.
O a-OK – “muita bom” ou o zero à esquerda
Polegar e indicador unem-se para formar um O e os restantes 3 dedos erguem-se. Aqui está um gesto habitual que nunca lhe passou pela cabeça ser um dos gestos ofensivos mais problemáticos no mundo. É maioritariamente usado como pendor positivo, para aprovar ou elogiar algo apresentado ou exposto pelo interlocutor. É usado entre mergulhadores para comunicar quando tudo está bem. No Japão significa dinheiro (dorso da mão voltado para baixo) e alguns países da Europa usam-no para representar o zero, nós inclusivamente.
Gesto ofensivo para o outro…
A sua viagem ao Brasil pode-se transformar num pesadelo só por causa deste gesto. O empregado de mesa não vai gostar nada do seu OK gestual como resposta à pergunta se está tudo ao seu gosto. É que um dos gestos ofensivos do Brasil é o círculo do polegar e indicador.
Onde evitar o gesto ofensivo do OK
No Brasil o seu OK corre sérios riscos de ser mal interpretado. A não ser que queira dizer a alguém que não vale nada, que é um zero à esquerda ou um idiota. Pensando bem, é também um dos gestos ofensivos de Portugal, quando acompanhado pelas palavras certas. Em alguns países da Europa central aplica-se o mesmo e na Turquia evite usá-lo de todo. Em alguns países da América do Sul é usado como insulto dirigido a homossexuais e no mundo árabe é um gesto ameaçador associado ao mau-olhado, normalmente acompanhado dumas palavras para amaldiçoar. Apesar que nos parecer totalmente inofensivo por ser tão amplamente utilizado, o OK pode-se tornar num KO.
Dedos cruzados – desejar sorte ou juras falsas
A expressão “fingers crossed” foi popularizada pelo cinema americano como uma forma de desejar sorte. E não são raros os casos em que cruzamos os dedos para clamar a sorte para o nosso lado. Todos sabemos que as crianças cruzam os dedos para se livrarem duma mentira-branca. Por causa disso, cruzar os dedos é um dos símbolos de juras falsas em muitos países do mundo.
Gesto ofensivo para o outro…
Vai apanhar o night-bus da capital vietnamita de Ho Chi Mihn para uns dias de dolce fare niente nas praias de Nha Trang. Pedem-lhe o bilhete à entrada do autocarro e desejam boa viagem. Você, sorridente, cruza os dedos bem alto e usa da sua melhor expressão inglesa: “Fingers crossed!”. Acabou de insultar o seu interlocutor da pior maneira.
Onde evitar o gesto ofensivo do OK
Cruzar os dedos no Vietnam é um dos gestos ofensivos a evitar inteiramente. Tem conotação sexual já que é uma referência gestual ao órgão sexual feminino. Dedos cruzados no Vietnam é o mesmo que o dedo do meio estendido para si. Na Alemanha está fortemente conotado a juras falsas.
A figa – uma brincadeira de criança ou um gesto muito rude
Quem não se lembra dos conjuntos de amuletos de sorte oferecidos ao bebé pelos avós ou tios babados? Entre eles devia constar sempre a figa. Isto porque tradicionalmente em Portugal, a figa era um amuleto contra a inveja e o mau olhado. Fazer figas em Portugal é esperar que algo corra bem. O gesto é ainda uma brincadeira que se faz com as crianças – “roubei-te o nariz” – aqui em Portugal. É também popular nos EUA, UK, Irlanda, França e Dinamarca. Mas não é assim em todo o mundo.
Gesto ofensivo para o outro…
Está a programar tudo para ir assistir ao Mundial na Rússia em 2018. O seu apoio à equipa nacional é incondicional e de coração. Uma das suas superstições que sempre trazem sorte à equipa é o ritual de fazer figas em momentos de emoção. É melhor reconsiderar esse ritual, ou então esconder as mãos.
Onde evitar o gesto ofensivo da figa
Na Rússia, bem como num grande número de países eslavos (nomeadamente a Sérvia) e sobretudo na Turquia, é usual para negar um pedido. Apesar de ser um dos gestos ofensivos mais ligeiros dos aqui mencionados, fazer figas num destes países é a mesma coisa que dizer “daqui não levas nada”. Original da Itália, e conhecida como a mão obscena, foi em tempos muito remotos um gesto muito rude, similar ao dedo médio estendido. Mas essa conotação rude foi-se desvanecendo no tempo, tendo o mesmo acontecido recentemente no Japão, onde é associado a sexo, e na Grécia, onde caiu praticamente em desuso.
Não se oriente apenas pelos gestos ofensivos que encaixam no seu quadro de valores. Há muitos avisos dos gestos ofensivos a evitar em viagem. Dedique algum tempo a pesquisar, e se as informações forem dúbias, não se iniba de perguntar a um local. Não sendo uma situação cómoda, pior é vir a estragar a sua viagem com um terrível faux-pas cultural.
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