Rume à Paisagem Protegida da Serra do Açor para visitar o Piódão, a grande vencedora das 7 Maravilhas de Portugal na categoria de Aldeias Remotas, uma das 12 Aldeias Históricas de Portugal e Património Nacional desde 1978.
São títulos de convencem milhares de visitantes a passar por lá todos os anos. Contudo, quem visita o Piódão de passagem perde a essência dum lugar perfeito, tanto como destino de férias para repor energias como para aquela escapadinha do stress citadino.
Ver o seu casario de xisto negro e telhados de ardósia, com as típicas portas e portadas pintadas de azul, encastelada no intenso verde da encosta da serra, apaixona qualquer um. Se a vir à noite, com as luzinhas a dançarem na escuridão da serra, então arrisca-se a jurar-lhe amor eterno.
Conteúdo deste Artigo
- 1 Quando visitar o Piódão?
- 2 Onde ficar a dormir no Piódão? Sugestões de Alojamento
- 3 O que visitar no Piódão | Serra do Açor, Arganil?
- 4 Praia Fluvial do Piodão
- 5 O que visitar perto do Piódão?
- 6 Restaurantes onde comer no Piódão
- 7 Piódão: mapa dos principais pontos de interesse
- 8 Outros artigos do Centro de Portugal
Quando visitar o Piódão?
Na verdade, todas as estações são boas para uma escapadinha ao Piódão. Até no inverno a aldeia tem o seu encanto. Mais ainda quando neva. Acredite que o aconchego das casinhas de xisto sabe super bem naqueles dias frios de inverno.
Aninhe-se frente à lareira e desfrute do serão a beberricar um licor da aldeia, enquanto deixa a chuva e o frio lá fora. Vai ser uma das melhores memórias sensoriais que vai trazer do Piódão.
Como somos grandes adeptos de caminhadas na natureza, o Piódão costuma ser a nossa base para os trilhos que fazemos na Serra do Açor. Nesse sentido, as nossas estações do ano de eleição para visitar o Piódão são a primavera e o outono.
Na primavera a serra enche-se de flores de mil cores e as ribeiras e cascatas estão em todo o seu esplendor. Já no outono, e porque na serra abunda o carvalho e o castanheiro, fica pincelada de inúmeros tons de amarelo, laranja e vermelho. Claro que, por vezes, temos azar e levamos com umas chuvadas em cima, ou com um nevoeiro de cortar à faca. Mas a natureza é mesmo assim!
Se quer ter a certeza que finta a chuva e o nevoeiro, a melhor estação para visitar Piódão é o verão. Mas prepare-se para algumas “multidões”, para os preços altos da hotelaria e para dias de calor. É verdade, está longe de ser a melhor estação para caminhadas, mas em contrapartida é perfeita para desfrutar da maravilhosa Praia Fluvial do Piódão.
Onde ficar a dormir no Piódão? Sugestões de Alojamento
Em nossa opinião, uma visita ao Piódão não fica completa sem se passar (pelo menos) uma noite alojado na aldeia. Aqui pode usufruir do prazer de “viver” numa destas casas de xisto que tantos elogios rasgados recebe por causa da sua singularidade. Nós adicionamos um ao rol: o Piódão é um recanto perfeito para recarregar baterias vivendo uma autêntica experiência de Turismo Rural.
O nosso cantinho de eleição é a Casa da Padaria. Sabemos que aqui somos recebidos de braços abertos, com a familiaridade e calor humano daquela tia que nos mima. A identidade da casa foi mantida e respeitada. Na sua origem está uma padaria que abasteceu a aldeia e arredores de pão fresco até há cerca de cinquenta anos atrás. No inverno, a Casa da Padaria convida a aninharmo-nos frente à lareira. No verão, a preguiçar no sempre florido e verdejante terraço, íntimo e sereno. O repouso é memorável em qualquer dos quartos privados situados no piso cimeiro, todos com a promessa de descanso absoluto e vistas refrescantes sobre os socalcos da montanha e a aldeia.
De manhã, desperte para um excecional pequeno-almoço caseiro, com sabor a aldeia e a serra, que vai querer repetir. A broa de milho, o queijo da serra, o requeijão de ovelha, o mel e as compotas caseiras brilham na mesa e despertam o prazer. Guarde espaço no estômago para uma fatia de bolo caseiro. Não há alma que resista a tanto mimo da Dona Gorete!
A 10 minutos de carro do Piódão, na vizinha aldeia de Chãs d’Égua, encontra as InXisto Lodges, um refúgio imerso na natureza para desligar da confusão e ligar-se ao que realmente importa. As duas casas de férias estão inseridas em meio rural entre as serras do Açor e da Estrela, às quais foram buscar a identidade e a tranquilidade. Autossuficientes, totalmente equipadas, revestem-se do tradicional xisto da região com interiores modernos e minimalistas. É impossível não ficar de olhos pregados nas janelas gigantes a mirar a serra! E a raposinha “adotiva”. No aconchego destes T1 imersos nas ondulantes colinas da Serra do Açor, há tempo e espaço para se libertar de todo o stress. Pecado, seria não o fazer. Dias aqui passados são indolentes, sossegados e sedativos. Há o calor da salamandra para contrariar os dias frios. Um terraço para desfrutar do sol quando ele brilha. E a praia fluvial de Chãs de Égua para refrescar no verão.
O que visitar no Piódão | Serra do Açor, Arganil?
Antes de visitar o Piódão fique ciente que é preciso acalmar a impaciência enquanto desbrava as curvas e contracurvas da estrada de serra, que serpenteia sem fim. A aldeia serrana teima em se esconder dos olhos dos curiosos até ao último minuto. Mas quando a mancha negra do casario incrustado na serra finalmente se revelar aos seus olhos, terá a sensação de chegada triunfal a um lugar mágico.
Quando mais se aproximar, mais a aldeia @ vai conquistar. Surge a igreja matriz. Como que declarando, altiva, o seu protagonismo na aldeia, contrasta na cor e na forma. Com a fachada neobarroca duma alvura ofuscante, as suas quatro torres cilíndricas rematadas em cone e arcos redondos na porta e janelões, enquanto o casario da aldeia é uma sequência de linhas retas. A uni-las está o azul-céu que tanto decora a fachada da igreja como as portas e janelas das casas. Azul que até dá azo a estórias castiças, como a da única loja da aldeia ter uma única cor de tinta para vender: tinta azul.
Agora é estacionar o carro no parque designado (até porque não há melhor, nem outra maneira de conhecer a aldeia a não ser a pé) e começar a desembrulhar este presente. Comece no Largo Cónego Manuel Fernandes Nogueira, onde se concentram o Museu do Piódão, o Posto de Turismo, os cafés/snack-bares/tapas-bar/lojinha de artesanato/banca de produtos regionais e as banquinhas com os habituais souvenirs, em versões adaptadas à aldeia.
A Igreja Matriz dedicada a Nossa Senhora da Conceição clama pela sua atenção e, agora que a contempla cá debaixo da escadaria, diga lá se não impressiona? Bonita de se ver por fora, bonita de se ver por dentro. E sentir a reverência e espiritualidade das gentes da terra que a custearam a reconstrução orientados pelo Padre Manuel Fernandes Nogueira.
Não haja dúvidas que o melhor de visitar o Piódão é perder-se a calcorrear as suas empinadas ruas. Neste labirinto estreito e sinuoso de ruelas e escadinhas, travessas e quelhos, vai ficar embevecido com cada recanto descoberto. Há uma uniformidade no xisto negro que forra ruas e casas, como uma entidade feita da mesma matéria. Há levadas de água a correr pela aldeia, fontanários e canteiros de flores coloridas a pintalgar um arco-íris por onde quer que passe. Desta perspetiva, assim tão próxima, a aldeia deixa de ser tão escura.
Facilmente identifica a Capela de São Pedro, padroeiro do Piodão, e a Capela das Almas. São dos poucos edifícios rebocados e pintados de branco.
Praia Fluvial do Piodão
Imprescindível numa visita ao Piódão? Descer até à ribeira. Correndo veloz, saltando pedras e escorrendo em cascatas pelo vale abaixo, as águas frias da Ribeira do Piódão comprovam a sua pureza. No verão, não há quem resista a um mergulho refrescante na Praia Fluvial do Piódão, bem munida de condições, quando as represas são fechadas para formar as piscinas para banhos. Nas outras estações do ano é a oportunidade para descomprimir num passeio relaxante e revitalizante.
O que visitar perto do Piódão?
Chãs d’Égua
São as dezenas de gravuras rupestres encontradas na povoação de Chãs d’Égua que atestam que a região teve ocupação humana desde tempos remotos, provavelmente há mais de três mil anos. Para o descobrir, nada melhor do que uma visita ao Centro Interpretativo De Arte Rupestre De Chãs d’Égua. Á semelhança do Piódão, a aldeia serrana de Chãs d’Égua implantada na encosta, faz-se de ruelas estreitas e sinuosas, entre casas de xisto e rebocadas. Na aldeia todos os caminhos vão dar ao largo do povo, airoso e simpático. Trocam-se dois dedos de conversa entre os bancos de pedra e a fonte, a casa do povo e a ponte, sob a qual as águas correntes da Ribeira da Chãs servem de banda sonora. Nem o largo cimeiro da igreja matriz consegue atrair tanta atenção, mas merecia.
Foz d’Égua
Pitoresca na paisagem, pitoresca nas casinhas de xisto, pitoresca nas ribeiras que lhe correm aos pés. Foz d’Égua parece uma aldeia de fantasia. O seu traço mais identificativo são as duas pontes de xisto, como irmãs gémeas, sobre as Ribeiras do Piodão e de Chãs d’Égua que aqui se unem e alimentam a deliciosa e fotogénica praia fluvial de Foz d’Égua. Há ainda uma ponte suspensa de madeira e um presépio no topo da aldeia feito pela população. Já lhe chamaram a aldeia Hobbit pela sugestão de cenário encantado. Este é um daqueles tesouros escondidos a que ninguém consegue resistir.
Trilho do Piodão – Foz d’Égua – Chãs d’Égua | PR2 ARG “Os Povos das Ribeiras de Piodam
Ambas as aldeias são acessíveis de carro, mas, na nossa opinião, a forma mais compensadora de as conhecer é calcorreando os caminhos rurais que as unem. Junta o útil ao agradável, preenche os seus dias a visitar o Piódão com uma atividade boa para mente e corpo e ainda ganha a verdadeira perceção da vida d’outrora destas aldeias remotas. Entre socalcos verdejantes, paisagem natural idílica, o chilrear dos pássaros e o tinir dos badalos das ovelhas que ainda por ali pastam, a caminhada faz-se num instante que vai querer prolongar.
Se gosta de caminhadas não deixe de ir percorrer o fantástico Trilho PR2 ARG “Os Povos das Ribeiras de Piodam”, um percurso circular com sensivelmente 10 km, que liga as aldeias de Piódão, Chãs d’Égua e Foz d’Égua. É um dos nossos trilhos favoritos na Serra do Açor e uma das melhores maneiras de conhecer a região envolvente da aldeia de Piódão.
Se 10 km lhe parecem muito, pode sempre optar pelo PR2-1, uma versão mais curta do trilho acima, que liga Piódão a Foz d’Égua, com somente 6 km de extensão. É certo que abdica de ir a pé até Chãs d’Égua, mas poupa uns bons quilómetros às pernas e, em nossa opinião, este é o troço mais cénico do PR2 ARG. Uma excelente opção, sobretudo se viajar com crianças mais pequenas.
Informação prática do Trilho PR2 ARG “Os Povos das Ribeiras de Piodam”
Distância: 10 km (6 km se optar pela versão mais curta – PR2-1)
Circular: Sim
Dificuldade Técnica: Moderada
Local de Partida/Chegada: Aldeia de Piodão
Clique para conhecer os melhores Trilhos e Percursos Pedestres de Portugal
Paisagem Protegida da Serra do Açor
Desconhecida de muitos portugueses, a Serra do Açor é um dos cenários paisagísticos mais irresistíveis para os amantes da natureza. Os incêndios dos últimos anos foram muito castigadores, tendo desferido um duro golpe na paisagem, na flora e na fauna. Foi preciso um esforço extraordinário para defender a Reserva Natural Parcial da Mata da Margaraça. Este pequeno reduto de floresta autóctone de carvalhos e castanheiros, freixos e ulmeiros, e orquídeas raras, é um oásis de vida, de paz e de momentos de contemplação. O pequeno e super acessível trilho interpretativo, por ribeiras, quedas de água, represas, o forno de refugo e um moinho de água, e o espaço museológico agrícola da Casa da Eira. É uma delícia de percorrer e os miúdos vão adorar!
Clique para ler o nosso roteiro para visitar a Serra do Açor
Cascata da Fraga da Pena
Quer conhecer um pequeno paraíso? A Cascata da Fraga da Pena, localizada no concelho de Arganil, é formada pela água que, rompendo o xisto, se despenha da Barroca das Degrainhas. O resultado é uma majestosa queda de água com quase 20 metros de altura. Some-lhe o idílico enquadramento paisagístico, a omnipresente serenidade e as suas lagoas naturais a montante e não terá dificuldades em perceber porque é a recomendamos como de visita imperdível.
Restaurantes onde comer no Piódão
O que mais determina os pratos típicos desta região é o seu isolamento natural. As gentes tinham que viver com o que a serra lhes dava e com o parco e suado sustento que tiravam da terra cultivada em socalcos. Não é por isso de estranhar que na terra todos falem de petiscar umas fatias de bucho de porco e arrematar com uma bela refeição de chanfana. Os queijos curados e frescos também são de salientar.
O requeijão é uma tentação, só superado se acompanhado duma compota de fruta da região, silvestre ou cultivada. Se quiser prolongar as memórias dos sabores, nada melhor do que levar para casa a broa de milho, os licores e aguardentes com destaque para a de medronho, os queijos e enchidos e o mel puro com fragrâncias das flores da serra. Fique avisado que vai precisar duma carteira bem recheada de euros.
Nesta última visita ao Piódão, e por conveniência, fomos conhecer O Fontinha. Fatalmente conquistados pela chanfana de cabra, a especialidade da casa aromatizada com um ingrediente que nos foi revelado pela cozinheira, experimentámos também o bucho de porco. Este não é para todos os paladares. A chanfana é mesmo a rainha no menu, curto mas com uma mão apta para os sabores caseiros.
Piódão: mapa dos principais pontos de interesse
Clique no canto superior direito para aumentar o mapa dos principais pontos de interesse a visitar no Piódão.
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