A pouco mais de 30kms a oeste de Copenhaga fica localizada uma das mais antigas cidades da Europa. Estamos a falar-vos de Roskilde, fundada no século X pelos Vikings (pela mão de Harald I, também conhecido por Dente Azul) e actualmente a localidade dinamarquesa onde a herança viking está mais presente.
Apesar de hoje ser uma pequena cidade, com cerca de 50 000 habitantes, Roskilde já foi a capital da Dinamarca e uma das maiores cidades do norte da Europa, sendo que na idade média contava já com 10 000 habitantes. Mas apesar de presentemente não ser grande em tamanho, Roskilde continua a ser grande em história e em importância.
Afinal de contas é aqui que se situa a mais antiga catedral do país, fundada por Absalon (o mesmo que fundou Copenhaga) no já longínquo século XII.
Com as suas imponentes torres gémeas em tijolo esta catedral é o local onde repousa grande parte da monarquia dinamarquesa. Nada menos do que 38 monarcas estão aqui enterrados e conta a lenda que até os restos mortais do rei viking, Harald I, se encontram dentro de uma das colunas que flanqueiam o altar.
Verdade ou não o que é certo é que a catedral é deveras impressionante. Os destaques vão para a Capela do Rei Cristiano V, para o sarcófago de Margarida I, para o Retábulo, representando cenas da vida de Cristo (construído na Antuérpia à mais de 500 anos) , para o primorosamente trabalhado Púlpito e para a Coluna Real, onde está assinalada a altura de vários dos reis dinamarqueses (o recorde pertence ao “gigante” Cristiano I, com os seus 2,06m de altura).
Ligado à Catedral, através do Arco de Absalon, está o Palácio do Bispo, também ele merecedor de visita. Este palácio amarelo de estilo barroco, antiga sede do bispado de Roskilde, é hoje casa de dois museus, o de arte contemporânea e o museu das colecções do palácio, que contem vários quadros dos séculos XVIII e XIX.
Mesmo à frente do palácio fica o velhinho largo Stændertorvet, o verdadeiro coração da cidade de Roskilde. Palco de feiras desde a era medieval até aos dias de hoje este é sem duvida um dos locais incontornáveis para quem visita a cidade.
Uma vez visitado o centro da cidade está na hora de rumar até às margens do fiorde de Roskilde para visitar o outro grande highlight da cidade, o museu Viking, que acolhe nada mais, nada menos do que 5 barcos vikings com cerca de um milénio de existência.
De acordo com a história os barcos foram enchidos de pedras e afundados no fiorde de Roskilde, há cerca de 1000 anos, para impedir a passagem de navios inimigos. Em 1962 foram recuperados do fundo do mar e tendo em conta a idade e o tempo que estiveram submersos as embarcações ainda nos permitem ter uma boa ideia do que eram os barcos vikings.
Dos barcos o maior é o um barco de guerra de 30 metros e com capacidade para cerca de 80 tripulantes e o mais bem conservado é um navio mercante.
Havhingsten fra Glendalough aka o “Garanhão do Mar” de Glendalough
Para além dos barcos o museu tem também uma exposição permanente dedicada ao povo Viking e possui ainda um estaleiro, já mundialmente famoso, onde se constroem barcos vikings usando apenas métodos e materiais tradicionais.
Fotografias da viagem épica do Havhingsten
A mais famosa construção do estaleiro é sem dúvida alguma o Havhingsten fra Glendalough (o “Garanhão do Mar” de Glendalough), uma cópia fiel de uma das embarcações vikings (a Skuldelev). De forma a mostrar a solidez da construção, mesmo recorrendo a métodos antigos, e o quanto os vikings já dominavam a navegação à 1000 anos atrás, o barco fez no verão de 2007 uma viagem épica de ida e volta até Dublin. No museu pode-se ver várias fotografias e aprender mais sobre este périplo naval.
Mapa da rota seguida pelo barco Viking na sua “roundtrip” até Dublin
Quanto ao Havhingsten fra Glendalough também ele pode ser visto no museu. E no verão, o visitante pode não só admirar o navio viking mas também navegar nele pelas calmas águas do fiorde. Uma verdadeira viagem ao passado!
Outra das vantagens de fazer a visita nos meses de maior calor é o acampamento viking que todos os anos é montado em frente ao museu.
Uma pequena grande cozinheira. E o resultado? Aprovado!
Nele podemos ter uma clara ideia de como era a vida no tempo dos vikings. As pessoas vestem-se à moda viking e são vários os ofícios representados nas dezenas de tendas vikings assentadas no recinto. Não falta sequer um “restaurante” com comida viking, preparada à moda antiga, e música viking e celta para animar o visitante.
Até porque a música é também um emblema da cidade de Roskilde, ou não se realize lá todos os anos o famoso Roskilde Festival, um dos maiores festivais de rock de toda a Europa, com já 40 aninhos de existência.
Como vêm não faltam razões para apanhar um comboio em Copenhaga e ir descobrir o local onde há mil anos os Vikings decidiram montar arraiais.
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Nossa! Parece que fizemos o mesmo trajeto pela Dinamarca. Estou revivendo minha viagem com esses posts.
Muito legal.
Bjs
Claudia
Olá Claudia. Ficamos contentes por te estarmos a proporcionar bons momentos de recordações. Nós, com 2 anos a viver por cá, já conhecemos muito do que a Dinamarca e a Skania têm para oferecer.
Bjs
Um bom lugar para se conhecer, belas fotos, tive uma aula de cultura aqui.
bjus
Tcharam! Esta conheço eu! Na 1ª foto, de lado fica a estação dos comboios! À catedral (para variar…) quando lá estive estava em obras por fora, portanto fotos do lado de fora só com redes e andaimes!
Deu para ver tudo o que aqui têm à excepção do tal palácio do Bispo.
Ainda estive para ir a nado até ao fiorde, mas como era Inverno e a temperatura rondava os 2º desisti!
De referir que fiz a viagem de comboio de Copenhaga (ida e volta) e constatei que os comboios suburbanos da Dinamarca são parecidos com os da área metropolitana de Lisboa, mas só nas rodas, já que em termos de conforto e limpeza são de outras calendas! Fiz também Copenhaga/Malmö, atravessando a ponte Oresund, uma pequena mas espectacular viagem!
A próxima foto que vou publicar vai ser a da Margarida I, ou melhor do túmulo dela, em homenagem à própria, à cidade da qual gostei muito e já agora também a vocês, viajantes dos 4 cantos do mundo que aqui têm trazido tantas e tão boas crónicas, informações e fotos.
Saudações!
No eran tan salvajes los vikingos, ni tenían cuernos en sus gorros como siempre se dice. Además llegaron a América antes que Colón, jajajajaja
Saludos viajeros
Espetacular. Vivi em Roskilde uma semana… num Colégio Sindical… num Seminário da então FIET… Adorei.
Voltei para matar saudades aquando da minha viagem ao Cabo Norte.
O meu abraço.
A R
Olá Cris. Obrigado! Bom ter-te por aqui a viajar connosco.
Bjs
Olá Roadrunner. E conheces muito bem. A primeira foto é mesmo ao lado da estação 🙂 Nós também apanhamos muitos monumentos com os andaimes 🙁 Mas desta vez tivemos sorte 🙂 Vamos seguramente ver o teu post sobre a Margarida I.
Abraço e obrigado pelo teu comentário.
Abraço e obrigado
Hola Paco. É bem verdade o que nos dizes. Mais do que guerreiros os Vikings eram navegadores e mercadores. Mas a historia teima em recorda-los como meros guerreiros barbaros. É pena!
Saludos desde Copenhaga
Olá António. Roskilde é de facto uma cidade, que apesar de pequena, tem muito para ver e à qual apetece regressar. Vê-mos que tens uma relação especial com ela 🙂
Abraço