Reino Maravilhoso! Foi assim que Miguel Torga apelidou Trás-os-Montes e a verdade é que o título assenta-lhe que nem uma luva. Visitar o Nordeste Transmontano é mesmo como entrar num mundo de maravilhas, uma terra de tradições ancestrais, repleta de segredos e recantos escondidos, onde a natureza e o homem convivem em perfeita simbiose. Para lhe dar uma mãozinha a abrir os portões deste Reino Maravilhoso, desenhamos um roteiro para visitar o Nordeste Transmontano com os nossos lugares favoritos e muitas dicas práticas que lhe vão facilitar a logística e permitir desfrutar ao máximo da sua viagem por terras de Trás-os-Montes.
Conteúdo deste Artigo
- 1 Razões para visitar o Nordeste Transmontano
- 2 Onde fica a Região do Nordeste Transmontano?
- 3 Quando visitar o Nordeste Transmontano?
- 4 Quantos dias são necessários para visitar o Nordeste Transmontano?
- 5 Onde ficar a dormir no Nordeste Transmontano? Sugestões de alojamento
- 6 O Melhor do Nordeste Transmontano num roteiro de 8 dias: o que visitar numa roadtrip por terras de Trás-os-Montes
- 6.1 Roteiro para visitar o Nordeste Transmontano | Trás-os-Montes: Dia 1
- 6.2 Roteiro para visitar o Nordeste Transmontano | Trás-os-Montes: Dia 2
- 6.3 Roteiro para visitar o Nordeste Transmontano | Trás-os-Montes: Dia 3
- 6.4 Roteiro para visitar o Nordeste Transmontano | Trás-os-Montes: Dia 4
- 6.5 Roteiro para visitar o Nordeste Transmontano | Trás-os-Montes: Dia 5
- 6.6 Roteiro para visitar o Nordeste Transmontano | Trás-os-Montes: Dia 6
- 6.7 Roteiro para visitar o Nordeste Transmontano | Trás-os-Montes: Dia 7
- 6.8 Roteiro para visitar o Nordeste Transmontano | Trás-os-Montes: Dia 8
- 7 Mapa do roteiro para visitar o Nordeste Transmontano
- 8 Sugestão de escapadinhas para visitar o Nordeste Transmontano | Trás-os-Montes
Razões para visitar o Nordeste Transmontano
O Nordeste Transmontano é uma das regiões mais remotas de Portugal, mas igualmente uma das mais fascinantes e autênticas. Numa viagem pelas singulares Terras Quentes e Terras Frias de Trás-os-Montes tem à sua espera um manancial de tesouros de classe mundial, capazes de satisfazer o mais exigente dos viajantes. Na nossa modesta opinião, visitar o Nordeste Transmontano é uma das experiências de viagem mais enriquecedoras de Portugal.
Para começar o Nordeste Transmontano integra a Reserva da Biosfera Transfronteiriça Meseta Ibérica reconhecida pela UNESCO. Beneficia portanto dum património natural de rara beleza e diversidade contando, dentro do seu território, com dois dos 13 parques naturais de Portugal, nomeadamente o Parque Natural do Montesinho, um dos recantos mais selvagens e inexplorados de Portugal, e o Parque Natural do Douro Internacional, onde um Douro selvagem cavou um profundo e escarpado vale, ao qual aves majestosas como o grifo e o abutre-do-Egito chamam de casa.
A estes arrebatadores parques naturais somam-se ainda o Geopark Terras de Cavaleiros (cujas formações rochosas são únicas no mundo), os Lagos do Sabor (um horizonte de ondulantes montes recortado por um imenso espelho de água) e uma parcela significativa do Parque Natural Regional do Vale do Tua (parte integrante do região do Alto Douro Vinhateiro, declarada Património Mundial da UNESCO).
Perante tal imensidão de património natural, não é de espantar que as oportunidades de trilhos e demais atividades outdoor sejam virtualmente infinitas no Nordeste Transmontano. E claro, não faltam cascatas e praias fluviais fantásticas, perfeitas para uns refrescantes banhos depois das caminhadas, e várias mãos cheias de miradouros para poder desfrutar do deslumbrante quadro paisagístico das terras de Trás-os-Montes.
E o melhor de tudo é que os encantos do Nordeste Transmontano estão longe de se esgotar nas suas maravilhas naturais de classe mundial. Há também um riquíssimo património histórico para explorar e uma cultura singular para descobrir.
Castros milenares, conventos e santuários centenários, vilas medievais, imponentes castelos e apaixonantes aldeias de xisto e granito, que pontilham a paisagem, e zelam pelas memórias destas gentes hospitaleiras que se orgulham dos seus costumes, crenças e tradições.
Há ainda uma língua nova para aprender, a língua mirandesa, reconhecida como 2ª língua oficial de Portugal, a folia indomável e contagiante dos Caretos no Entrudo Chocalheiro e nas Festas de Inverno dos Rapazes, danças de pauliteiros e um sem fim de iguarias gastronómicas e vínicas de sabor autêntico servidas à mesa farta.
Mas a cereja no topo do bolo de um roteiro pelo Nordeste Transmontano são as suas gentes genuínas que dão ainda mais valor a uma região já de si preciosa. De braços abertos, acolhem, acarinham, ensinam e marcam quem lhes vê o sorriso. São elas a alma deste Reino Maravilhoso e vão ser elas que, sem pedir licença, vão roubar o seu coração!
Onde fica a Região do Nordeste Transmontano?
Os concelhos da Terra Quente são os de Alfândega da Fé, Carrazeda de Ansiães, Freixo de Espada à Cinta, Macedo de Cavaleiros, Mirandela, Torre de Moncorvo e Vila Flor. Já os concelhos da Terra Fria são Bragança, Miranda do Douro, Mogadouro, Vimioso e Vinhais.
Apesar da distinção entre Terras Frias e Terras Quentes, as temperaturas pouco diferem entre os dois territórios. Contudo, essas ainda que pequenas diferenças têm imenso reflexo nas paisagens e mesmo na agricultura. Por exemplo, as Terras Frias são sobejamente conhecidas pela sua produção de cereais e castanha, o Ouro do Nordeste Transmontano, e as terras Quentes pelas suas plantações de oliveiras, amendoeiras e vinhas.
Quando visitar o Nordeste Transmontano?
A melhor época do ano para visitar o Nordeste Transmontano depende muito dos seus interesses. Se pretende explorar o património histórico-cultural e deliciar-se com a gastronomia regional, qualquer estação do ano é perfeita.
Na gíria popular transmontana é comummente utilizada a expressão “nove meses de inverno e três de inferno” para caracterizar o clima rigoroso de Trás-os-Montes. É verdade que a região do Nordeste Transmontano tem fama (e proveito) de invernos frios prolongados e verões curtos e quentes.
Contudo, contrariando um pouco o provérbio, no final da primavera e início do outono as temperaturas são por norma mais amenas, tornando-as nas estações ideais para quem, como nós, adora fazer caminhadas na natureza e desfrutar das paisagens esmagadoras das largas dezenas de estupendos miradouros do Nordeste Transmontano.
Na primavera, a chuva e o degelo enchem rios, ribeiros e riachos que correm selvagens. Somos brindados com os montes ondulantes pintados de tons florais dos matos de esteva, giesta e urze. Campos agrícolas e lameiros, soutos, azinhais e carvalhais completam o mosaico de verdes intensos. Se visitar em Março tem ainda o (enorme) bónus de poder ver, nas Terras Quentes, os ondulantes montes transmontanos pintados de branco e rosa com as Amendoeiras em Flor.
O outono traz a frescura ansiada dos quentes dias de verão, que aqui podem ser inclementes. A paisagem reveste-se de tons quentes outonais apaixonantes: o restolho pinta os campos rurais de ouro, a terra lavrada faz uma paleta completa de tons avermelhados, os amieiros traçam linhas amarelas ao longo dos cursos de água, laranjas, marrons e bordeaux dominam as vinhas e vestem carvalhos, a folhagem dourada das faias e as encostas durienses vestem-se de mil cores… Permeados pelos dois verdes intensos distintos dos castanheiros, em extensões de soutos a perder de vista: o verde escuro da folhagem e o verde claro dos ouriços das castanhas. Com a queda da folha, a natureza “tece” fofos tapetes de folhagem multicolorida, onde até apetece rebolar.
Nas Terras Frias, mais concretamente em Montesinho, tem ainda o bónus de poder assistir à Brama dos Veados e nas Terras Quentes de assistir, e até mesmo participar, nas vindimas, pois a maioria das quintas oferecem interessantes programas em que o visitante tem a possibilidade de fazer parte da tradicional apanha e pisa da uva nos lagares.
Se gosta muito de calor e quer ter a certeza que apanha dias soalheiros, a melhor aposta é visitar o Nordeste Transmontano no verão. É também a estação perfeita para usufruir das belas praias fluviais da Albufeira do Azibo, dos Lagos do Sabor e do rio Douro. Conte é com dias mesmo muito quentes!
O inverno é por norma frio, com geadas frequentes e neve esporádica, mas as temperaturas baixas não demovem os transmontanos de celebrar o ciclo da vida e da natureza, o principal mote das suas tradições e costumes mais identitários. Aliás, variadíssimas manifestações populares e culturais preenchem as Festas de Inverno (geralmente, de novembro a fevereiro/março) e são, provavelmente, as mais desconhecidas da maioria dos portugueses, mas vividas mais intensamente pelas gentes da terra.
O inverno é também a estação em que os Caretos de Podence saem à rua, no Entrudo Chocalheiro, uma das tradições mais emblemáticas de Trás-os-Montes e que desde 2019 é, inclusivamente, Património Imaterial da Humanidade da Unesco.
Quantos dias são necessários para visitar o Nordeste Transmontano?
Se pretender passar por todos os concelhos do Nordeste Transmontano, vai precisar, no mínimo dos mínimos, de 8 dias inteiros (sem contar com os dias de viagem de e para o local da sua residência). Assim, ficará com uma excelente ideia da enorme diversidade desta região de Trás-os-Montes
Caso consiga acrescentar mais alguns dias, tanto melhor! Não só lhe permite conhecer de uma forma mais relaxante a maioria dos locais de interesse do Nordeste Transmontano que referimos no nosso roteiro, como ainda lhe possibilita fazer várias atividades, como sejam caminhadas, e uma série de desdobramentos que lhe permitirão conhecer mais uma miríade de locais verdadeiramente mágicos de Trás-os-Montes e da vizinha Espanha. Vá estando atento às nossas dicas durante a descrição do roteiro de 8 dias para visitar o Nordeste Transmontano que desenhamos para si.
Claro que não tem de visitar o Nordeste Transmontano de uma assentada só. Até porque o roteiro que partilhamos neste artigo está (muito) longe de esgotar tudo o que o Nordeste Transmontano tem para oferecer a quem o visita. Na verdade, para conhecer a fundo esta região de Trás-os-Montes seriam precisos largos meses, para não dizer anos.
Posto isto, pode perfeitamente dividir este roteiro em várias partes e fazer quatro ou cinco escapadinhas distintas. Já a jogar na antecipação, logo abaixo do roteiro de 8 dias para visitar o Nordeste Transmontano, vamos apresentar-lhe 5 sugestões de escapadinhas que lhe vão permitir conhecer muito melhor esta maravilhosa região do Norte de Portugal.
Onde ficar a dormir no Nordeste Transmontano? Sugestões de alojamento
Tendo em conta que o nosso roteiro passa por todos os concelhos da região do Nordeste Transmontano é imperativo levar na bagagem um enérgico espírito de roadtrip e dividir as noites de hospedagem por várias localidades. Claro que, se dividir o nosso roteiro de 8 dias para visitar o Nordeste Transmontano em várias escapadinhas, pode optar por montar base numa só localidade e fazer os seus passeios a partir daí.
Ao longo da roadtrip pelo Nordeste Transmontano que desenhamos para si vai encontrar excelentes soluções de alojamento, que vão desde as grandes unidades hoteleiras às quintas e casas de turismo rural, passando por charmosos boutique hotéis.
Na escolha das localidades para ficar a dormir no seu roteiro pelo Nordeste Transmontano recomendamos que avalie se a localidade conta com uma boa oferta de alojamentos e demais serviços dos quais vai seguramente precisar durante a viagem (restaurantes, supermercados, etc). Por norma, quanto maior a oferta, mais fácil é encontrar quartos a bons preços, sobretudo se reservar alojamento com alguma antecedência.
Posto isto, as localidades que sugerimos para passar a noite no nosso roteiro para visitar o Nordeste Transmontano são:
Mirandela | Macedo de Cavaleiros | Bragança | Miranda do Douro | Picote | Mogadouro | Torre de Moncorvo | Alfândega da Fé | Carrazeda de Anciães
Mas pode fazer pequenas alterações ao roteiro e optar por ficar em outras localidades vizinhas com boa oferta de alojamentos, como sejam:
Vinhais | Rio de Onor | Vimioso | Sendim | Bemposta | Freixo de Espada à Cinta | Vila Flor
(Clique nos nomes das respetivas localidades para ver as melhores opções de alojamento e opte sempre por reservar unidades hoteleiras que permitam o cancelamento, não vá ter algum imprevisto.)
Por último, queremos salientar que ao longo do roteiro vamos sugerir-lhe os nossos alojamentos favoritos para cada um dos dias – testados e aprovados por nós – que apresentam a melhor relação qualidade-preço.
O Melhor do Nordeste Transmontano num roteiro de 8 dias: o que visitar numa roadtrip por terras de Trás-os-Montes
O nosso roteiro para visitar o Nordeste Transmontano é praticamente circular, com início na cidade de Mirandela e final no concelho de Carrazeda de Ansiães, mais concretamente na Foz do Tua. Mas claro que pode fazer o mesmo na ordem inversa sem qualquer problema, ou até mesmo começar em qualquer um dos pontos de interesse sugeridos e a partir daí desenhar o seu próprio roteiro.
Queremos também sublinhar que o número de dias que sugerimos para este roteiro pelo Nordeste Transmontano pressupõe que a viagem seja feita com viatura própria e não inclui os dias de viagem do local de origem para a região de Trás-os-Montes e Alto Douro.
Na verdade, visitar grande parte dos locais de interesse referidos neste artigo sem carro ou sem recorrer a um tour é uma tarefa (praticamente) impossível de realizar. Sobretudo os lugares que se encontram fora das principais localidades. Se estiver sem viatura própria, o melhor mesmo é alugar um carro.
Se é nosso leitor assíduo, já sabe que nos nossos roteiros o número de dias é meramente indicativo. Se abdicar de fazer algumas das atividades que sugerimos ou cortar alguns pontos de interesse, pode fazer este roteiro em menos dias.
No sentido oposto, caso pretenda visitar mais algumas aldeias e vilas, explorar melhor os parques naturais ou até mesmo dar um pulinho à vizinha Sanabria ou ao Douro Vinhateiro, pode sempre acrescentar mais uns dias ao seu roteiro para visitar o Nordeste Transmontano. Ao longo do roteiro de 8 dias vamos dar-lhe várias dicas com essa finalidade e vai ver que é super fácil transformar esta viagem a Trás-os-Montes num par de semanas de férias, para não dizer um mês.
Por último, relembramos que pode perfeitamente dividir este nosso roteiro para visitar o Nordeste Transmontano em várias escapadinhas distintas. Mais à frente vamos apresentar-lhe algumas sugestões nesse sentido. Até porque estamos convictos que depois desta roadtrip por Trás-os-Montes vai querer regressar muitas vezes para saborear lentamente esta região maravilhosa do Norte de Portugal.
Roteiro para visitar o Nordeste Transmontano | Trás-os-Montes: Dia 1
O nosso roteiro para visitar o Nordeste Transmontano tem início em Mirandela, uma das cidades mais emblemáticas das Terras Quentes transmontanas, famosa pelas suas alheiras que correm Portugal e o Mundo.
Sugerimos que comece a sua visita a Mirandela atravessando a icónica ponte pedonal sobre o rio Tua, conhecida pelo nome de Ponte Velha enquanto observa o jato de água no meio do rio, que faz lembrar o famoso Jet d’Eau de Genebra.
Continue o seu passeio percorrendo as margens do Tua até ao bem cuidado Parque do Império. Se quiser prolongar o seu passeio pelas margens do rio (e o mais certo é querer), vá até ao Parque da Ribeira de Carvalhais e ao Parque Dr. José Gama onde vai encontrar a prazenteira Praia Fluvial de Mirandela. Se for no verão, até pode aproveitar para dar um refrescante mergulho.
Antes de se embrenhar no centro histórico de Mirandela não deixe de visitar o Santuário de Nossa Senhora do Amparo e a histórica Estação Ferroviária de Mirandela da Linha do Tua.
No centro histórico de Mirandela os locais que consideramos de visita obrigatória são o Paço dos Távoras (que presentemente alberga a Câmara Municipal), a Igreja de Nossa Senhora da Encarnação, a Igreja da Misericórdia, o Solar dos Condes de Vinhais, o Museu Armindo Teixeira Lopes e a Porta de Santo António (o único resquício da muralha do Castelo de Mirandela).
Escusado será dizer que não pode sair de Mirandela sem degustar a famosa Alheira de Mirandela. Estamos muito longe de as termos provado todas mas, até ver, as nossas favoritas são as do restaurante A Adega e do restaurante O Grês.
Mirandela visitada, está na hora de pegar no carro e rumar até Terras de Cavaleiros, mais concretamente até à aldeia de Podence famosa pelos tradicionais Caretos de Podence, classificados Património Cultural Imaterial da Humanidade UNESCO. O Entrudo Chocalheiro, o mais genuíno entrudo das aldeias de Portugal, é a melhor altura para visitar Podence, quando o diabo anda à solta pelas ruas. No resto do ano, este património histórico-cultural é lembrado no museu Casa do Careto e preservado em pequenas oficinas artesanais que cumprem à risca os velhos métodos de fabrico dos fatos e máscaras.
Vale bem a pena perder-se pelas ruas da aldeia. Tão garrida como os Caretos, graças aos murais de street artists desafiados a mostrar a sua visão dos diabretes. Pelo caminho, e passando por muita porta das Tabernas, vai encontrar a Igreja de Nossa Senhora da Purificação, matriz de Podence, a Fonte de Mergulho e a Capela de Santa Eufémia.
A próxima paragem deste roteiro para visitar o Nordeste Transmontano será na Albufeira do Azibo, um dos maiores tesouros naturais do concelho de Macedo de Cavaleiros e do Geopark Terras de Cavaleiros. À sua espera estão duas das melhores praias fluviais de Portugal, praticamente lado a lado: a Praia da Fraga da Pegada e a Praia da Ribeira.
Sucessivamente laureadas com Bandeira Azul, ambas são reconhecidas pela qualidade da água cristalina e das infraestruturas de apoio, com condições perfeitas para atividades náuticas (como canoagem, winsurf e SUP) e acessíveis para pessoas com mobilidade reduzida. A Praia da Ribeira, foi inclusivamente a grande vencedora das 7 Maravilhas Praias de Portugal, na categoria de praias fluviais. Visitando fora do verão, pode usufruir de prazenteiros passeios a pé ou de bicicleta ao redor da Via Ciclável do Azibo e da sua Paisagem Protegida.
Fechamos o primeiro dia do nosso roteiro para visitar o Nordeste Transmontano com uma visita a Macedo de Cavaleiros. O grande destaque vai para a Casa Falcão, uma casa senhorial que alberga o Museu de Arte Sacra, o Posto de Turismo e a receção aos visitantes do Geopark Terras de Cavaleiros. Visite a Igreja Matriz de São Pedro (a antiga), descubra as esculturas, relaxe no jardim do Largo da Câmara Municipal e tire a selfie de praxe frente ao sinal (luminoso à noite) de Macedo de Cavaleiros.
Onde ficar a dormir no 1º dia
As comodidades dum hotel estão garantidas no Hotel Muchacho , centralmente localizado na cidade de Macedo de Cavaleiros. Embora um clássico de gestão familiar, foi recentemente remodelado com comodidades modernas, uma decoração vintage e um toque kitsch. Os quartos são espaçosos, luminosos e insonorizados, aclimatizados para manterem todo o conforto de verão e inverno. Ao pequeno-almoço, os membros da família desdobram-se em atenções para saciar a sua fome com iguarias regionais e tudo o possa desejar.
Em ambiente de aldeia mas com requinte, o Solar de Chacim marca pontos. Mais do que a possibilidade de dormir e acordar num espaço enobrecido pelo brasão, pela decoração clássica e por mobiliário que é uma perdição para os apreciadores de antiguidades, é um lugar que convida ao bem-estar. Entre os salões, a sala de jogos e o alpendre, o baloiçar suave duma rede à sombra de palmeiras, aquele momento Zen na manta estendida na relva, ou um mergulho refrescante na piscina, a escolha é sua. Quer algo mais ativo? Peque na raquete e treine os seus lances no campo de ténis.
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Roteiro para visitar o Nordeste Transmontano | Trás-os-Montes: Dia 2
Comece o segundo dia do seu roteiro para visitar o Nordeste Transmontano rumando até ao Parque Natural de Montesinho, mais concretamente até à vila de Vinhais, a Capital do Fumeiro, cognome que se lhe colou por organizar todos os anos, em fevereiro, a famosa Feira do Fumeiro de Vinhais.
Para além da incontornável prova do seu afamado fumeiro, as experiências a não perder e os locais de visita obrigatória em Vinhais são os seguintes:
- Atravessar a porta principal do antigo Castelo de Vinhais e deambular pelas ruas estreitas da cidadela à procura do Pelourinho, da Igreja Matriz de Vinhais, da Capela da Nossa Senhora da Conceição e do Torreão do Castelo.
- Visitar a Igreja românica de São Facundo, um dos templos mais antigos do Nordeste Transmontano.
- Visitar o imponente Convento e Igreja de São Francisco e Ordem Terceira, com os seus retábulos barrocos.
- Ir conhecer os simpáticos habitantes do pequeno paraíso natural que é o Parque Biológico de Vinhais: javalis, veados, corsos e aves de rapina. É um espaço excelente para a prática de atividades ao ar livre. Se for com miúdos, eles vão delirar!
- Visitar o Solar dos Condes, atualmente um centro cultural, e o Solar da Corujeira.
- Passear pelo Largo dos Combatentes da Grande Guerra
- Apreciar a histórica Fonte do Cano
A próxima paragem do nosso roteiro para visitar o Nordeste Transmontano será para conhecer aquele que poderá ser o único exemplar de arquitetura românica mudéjar de Portugal. Falamos do Mosteiro de Castro de Avelãs, cuja abside da igreja em alvenaria de tijolo, provavelmente anterior ao século XII, permanece de pé. Para além do impressionante mosteiro, poderá ainda observar o túmulo medieval de D. Nuno Martins de Chacim.
O segundo dia do nosso roteiro para visitar o Nordeste Transmontano termina em Bragança. Apesar de ser a capital do distrito, o Centro Histórico de Bragança é relativamente pequeno, logo, a melhor maneira de visitar os seus principais pontos de interesse é a pé. Há três núcleos imperdíveis para quem vai visitar Bragança pela primeira vez. São eles o Castelo de Bragança e respetiva Cidadela, a Rua dos Museus e a Praça da Sé onde se concentram as atrações de relevo. Caso o tempo seja escasso, é aqui que deve focar as suas atenções!
Posto isto os locais que consideramos de visita obrigatória e as experiências a não perder em Bragança são as seguintes:
- Entrar na Cidadela, o burgo mais antigo de Bragança, pela Porta do Sol ou pela Porta da Vila e passear pelas suas estreitas ruelas e pelas bem preservadas muralhas.
- Visitar o Castelo de Bragança cuja Torre de Menagem quatrocentista alberga o interessante Museu Militar de Bragança.
- Visitar a Igreja de Santa Maria (ou de Nossa Senhora do Sardão), a mais antiga de Bragança.
- Descobrir o enigmático Domus Municipalis, um edifício românico pentagonal, único na arquitetura civil da Península Ibérica.
- Visitar o Museu Ibérico da Máscara e do Traje.
- Percorrer a Rua dos Museus, na qual em apenas 500 metros encontra cinco museus que merecem destaque, nomeadamente o Museu do Abade de Baçal, o Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, o Centro de Fotografia Georges Dussaud, o Memorial e Centro de Documentação Bragança Sefardita e o Centro de Interpretação da Cultura Sefardita do Nordeste Transmontano.
- Visitar a Igreja de São Vicente que se diz ter sido palco de episódios lendários como o casamento secreto do Rei de Portugal Dom Pedro com Dona Inês de Castro.
- Sentar-se num dos aprazíveis bancos da Praça da Sé enquanto admira a bela Sé Velha de Bragança.
- Percorrer o Corredor Verde, caminhos pedonais e passadiços sobre o Rio Fervença passando pelo Centro de Ciência Viva de Bragança, a Casa da Seda, o miradouro da Capela de Nossa Senhora da Piedade e o Parque Urbano.
Onde ficar a dormir no 2º e 3º dia
Como o terceiro dia do nosso roteiro para visitar o Nordeste Transmontano será todo ele dedicado a explorar o surpreendente Parque Natural de Montesinho recomendamos que opte por dormir as próximas duas noites no mesmo alojamento. Assim dá uma folga na rotina de fazer e desfazer malas.
Posto isto a melhor aposta para montar base estes dois dias é em Bragança (ou arredores), visto que a oferta de alojamento na capital do Nordeste Transmontano é atualmente bastante variada, desde hotéis económicos com todas as comodidades para uma noite de estada, ao luxo duma pousada, passando pela modernidade dum alojamento local citadino ou pela tranquilidade e privacidade dum Turismo Rural em casas típicas. Abaixo encontra os nossos alojamentos favoritos.
Pousada de Bragança – São Bartolomeu
Para quem procura um pouco mais de luxo, com sobriedade e elegância, a Pousada de Bragança é a escolha ideal. Com uma relação qualidade-preço ótima, os quartos são irrepreensíveis em comodidade, limpeza e estética, beneficiando de varanda privada com vistas para o castelo e as montanhas. A pousada soma ainda mais pontos no pequeno-almoço incluído, na piscina exterior e no restaurante de grande qualidade.
Se quiser ficar mesmo no centro da cidade, o Solar de Santa Maria é a sua melhor aposta. Sinta-se como verdadeira realeza neste solar do século XVII recuperado, com detalhes de requinte patentes nas madeiras lavradas, no mobiliário clássico nobre e nas peças de decoração refinadas. Se o tempo estiver de feição, usufrua do seu tempo de lazer no jardim com claustro da propriedade.
As Candeias do Souto ficam na aldeia de Meixedo, já no Parque Natural do Montesinho distando nove quilómetros do centro histórico de Bragança. O silêncio da serra mora nesta casa de Turismo Rural onde o xisto, a lousa e a madeira se interligam às comodidades modernas na perfeição. E o pequeno-almoço é uma perdição de mimos regionais locais.
As comodidades e serviços são as dum hotel moderno que se espera encontrar na cidade, mas O Abel, Hotel Rural está rodeado da paz e sossego da bela aldeia de Gimonde. Cada quarto tem uma varanda ou terraço individual irresistível. O pequeno-almoço é de comer e chorar por mais. Afinal, n’O Abel não percebem só de posta mirandesa!
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Roteiro para visitar o Nordeste Transmontano | Trás-os-Montes: Dia 3
Como já referimos atrás o terceiro dia do nosso roteiro para visitar o Nordeste Transmontano vai ser dedicado a visitar o Parque Natural de Montesinho. Se não conseguiu visitar tudo o que queria em Bragança no dia anterior (é o mais certo), recomendamos que não ceda à tentação de começar o dia a visitar os pontos de interesse em falta, mas que reserve as visitas em Bragança para o final do dia. Assim não se sentirá pressionado pelo tempo na exploração do Parque Natural de Montesinho.
Posto isto a primeira paragem do terceiro dia do nosso roteiro para visitar o Nordeste Transmontano será em Montesinho, a aldeia serrana que emprestou o nome ao parque natural e que fica localizada a mais de 1000 metros de altitude (o que faz dela a aldeia mais alta do Parque Natural de Montesinho).
Invisível até ao último minuto, quem chega pela estrada surpreende-se com uma aldeia de xisto, cheia de cor, florida, bonita e animada sempre que os visitantes enchem as duas praças frente aos cafés da aldeia.
O potencial turístico foi notado, o que resultou na revitalização da aldeia e uma oferta de alojamento de Turismo Rural espantosa para uma aldeia desta dimensão. Um bom refúgio da azáfama citadina em plena Serra de Montesinho.
Informação prática do Trilho BGC PR3 – Percurso Pedestre do Porto Furado
- Distância: 8 km
- Circular: Sim
- Dificuldade Técnica: Moderada
- Local de Partida/Chegada: Aldeia de Montesinho
Aldeia de Montesinho visitada, continue o seu roteiro pelo Nordeste Transmontano rumando até Varge, aldeia famosa pelos coloridos Caretos que todos os anos, entre o dia 24 e 26 de Dezembro (dia de São Estevão), saem à rua e mantêm viva uma das Festas dos Rapazes mais emblemáticas de Trás-os-Montes. Ao visitar Varge nestes dias, conte com muitos chocalhos, gritos, risos, gaitas, bombos e travessuras. Garantimos que será um Natal bem diferente do habitual!
Se visitar Varge noutra altura do ano, a algazarra dá lugar à tranquilidade, mas as marcas dos Caretos permanecem, como atestam as máscaras à entrada da histórica ponte sobre o rio Igrejas e a colorida Fonte dos Caretos, utilizada por estes diabretes para dar banho às pessoas durante as Festas de Inverno. Caretos à parte, vale muito a pena fazer um passeio pela margem do rio Igrejas, subir à altaneira igreja da aldeia e visitar a capela de fundação quinhentista situada à boca da ponte.
De Varge é um saltinho até Rio de Onor, uma das aldeias de visita obrigatória em qualquer roteiro para visitar o Nordeste Transmontano que se preze. Afinal de contas, Rio de Onor é uma das 7 Maravilhas de Portugal, na categoria de Aldeias, e não deixa os créditos por mãos alheias.
Rio de Onor é uma aldeia literalmente atravessada pela linha invisível da fronteira com a Espanha e pelo rio com o qual partilha o nome. A aldeia funde-se na paisagem deste Trás-os-Montes remoto cujo maior património são as suas gentes. Das floridas varandas do casario típico em xisto ainda se ouve o dialeto rionorês. Irmãs gémeas, Rio de Onor e Rihonor de Castilla são uma só terra, com meia centena de portugueses e espanhóis que mantém vivo o verdadeiro espírito de vida comunitária como se duma família se tratasse. Bonita e cativante, ninguém fica indiferente ao seu encanto. Não é à toa que ocupa lugar cativo na nossa lista das aldeias mais bonitas de Portugal.
Os locais de visita obrigatória e as experiências a não perder em Rio de Onor são as seguintes:
- Visitar a Igreja Matriz de Rio de Onor
- Atravessar (vezes sem conta) a fotogénica Ponte Romana sobre o rio Onor
- Passear pelas apaixonantes margens do rio Onor, onde irá encontrar o lavadouro comunitário e o moinho de água
- Visitar a Casa do Touro, onde vivia o touro da aldeia (sim, só era preciso um), e que hoje é um espaço museológico dedicado à história, tradições e cultura de Rio de Onor
- Visitar o Forno e Forja comunitários
- Subir à antiga escola primária para desfrutar das maravilhosas vistas sobre a aldeia e tirar uma selfie ao lado da instalação que celebra a atribuição do título das 7 Maravilhas de Portugal a Rio de Onor
- Passear pelas castiças ruas da aldeia admirando as belas (e floridas) casas típicas de xisto de dois pisos e as portas com os seus originais carabelhos, as fechaduras tradicionais desta região
- Atravessar a fronteira entre Portugal e Espanha a pé e ir dar um passeio na aldeia irmã de Rihonor de Castilla
Aldeia de Rio de Onor visitada, está na hora de rumar em direção a Gimonde, a última paragem do dia do nosso roteiro para visitar o Nordeste Transmontano antes de regressar a Bragança.
Esta pequena aldeia às portas de Bragança é precedida pela fama que granjeia devido aos seus trunfos gastronómicos. Sem desprezar a excelência da Posta Mirandesa (avisamos já que ir a Gimonde e não ir comer uma Posta ao restaurante O Abel é quase pecado) e a qualidade dos produtos de fumeiro de Porco Bísaro, há todo um encanto rural a que ninguém fica indiferente.
Tudo fruto das casas típicas em xisto, da igreja altaneira, da vida ao ritmo do campo, dos rios que a atravessam (Rio Igrejas e Rio Sabor), das pontes que os cruzam, a velhinha ponte de xisto, a ponte nova de granito e as poldras que nunca resistimos a saltitar (um dia ainda vamos à água).
Onde ficar a dormir no 3º dia
Veja acima as dicas que damos para o 2º dia.
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Roteiro para visitar o Nordeste Transmontano | Trás-os-Montes: Dia 4
O quarto dia do nosso roteiro para visitar o Nordeste Transmontano arranca com uma visita a Outeiro, uma singela aldeia que guarda um dos maiores tesouros da arquitetura religiosa de Portugal. Não uma igreja. Uma basílica. A única basílica aldeã de Portugal pertence ao município de Bragança e mais que merece a sua visita. Depois de se pasmar com a Basílica do Santo Cristo do Outeiro, deambule pelas ruas e praças da aldeia e suba ao cume do monte onde ainda restam vestígios do Castelo do Outeiro, como uma coroa imperfeita. As vistas são de cortar a respiração!
Aldeia de Outeiro visitada, está na hora de se despedir do concelho de Bragança e rumar até à histórica vila de Vimioso, idilicamente situada num planalto, entre a Ribeira de Angueira e o rio Maçãs, um dos afluentes do rio Sabor.
Na remota vila de Vimioso os destaques vão para a sua imponente Igreja Matriz, edificada no séc. XVII durante o domínio filipino, a vizinha Fonte do Cano, o Pelourinho de Vimioso de génese quatrocentista, o vistoso edifício da Câmara Municipal, o Santuário de Nossa Senhora da Visitação e a altaneira Atalaia de Vimioso (tudo o que resta do Castelo de Vimioso), de onde se obtém uma esplendorosa vista sobre o Planalto Transmontano até à fronteira com a Espanha.
Mas o maior highlight do concelho de Vimioso não fica na vila, mas sim na pequena aldeia de Algoso. Estamos a falar-lhe do imponente Castelo de Algoso, uma das fortalezas medievais mais importantes do Nordeste Transmontano, edificada durante a fase final do reinado do primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques, e ponto de defesa crucial nas guerras com o Reino de Leão.
Para além do seu inquestionável interesse histórico, o Castelo do Algoso tem uma localização difícil de igualar. O castelo está oniricamente implantado mesmo no topo do Cabeço da Penenciada, sobranceiro ao vale por onde corre a ribeira de Angueira, imediatamente antes de se unir ao rio Maças. A simbiose entre a fortaleza e o escarpado rochedo roça a perfeição e do alto das suas muralhas é possível avistar a Serra de Bornes, de Montesinho, da Nogueira e até mesmo a Serra de Sanabria. Ponto de paragem obrigatória no nosso roteiro para visitar o Nordeste Transmontano!
O quarto dia do nosso roteiro para visitar o Nordeste Transmontano termina na histórica cidade de Miranda do Douro, uma das localidades mais emblemáticas de Trás-os-Montes, cujas origens remontam à Idade do Bronze.
Miranda do Douro preserva as suas tradições e modo de vida acerrimamente. Exemplo disso são os famosos Pauliteiros de Miranda (dança típica de origens celtas). Tem inclusivamente uma língua própria, o Mirandês, que marca presença nas placas informativas dos espaços públicos e até mesmo no nome das localidades do concelho. Mas não se preocupe pois não só o mirandês se percebe bem (sobretudo quando escrito) como encontra sempre a versão em português.
Para além da sua cultura ímpar, Miranda do Douro detém um riquíssimo património histórico, quase todo ele concentrado no seu muralhado centro histórico, que é compacto o suficiente para se percorrer a pé. Os locais que consideramos de visita obrigatória no Centro Histórico de Miranda do Douro são os seguintes:
- Percorrer a emblemática rua pedonal Mouzinho de Albuquerque, uma das mais bonitas da cidade
- Praça D. João III, onde não só encontra as famosas estátuas em tamanho real de um casal mirandês, ele vestido com a Capa de Honras, como também o edifício dos Paços do Concelho e o interessante Museu da Terra de Miranda
- Sé Catedral de Miranda do Douro, onde encontra a famosa imagem do Menino Jesus da Cartolinha
- Ruínas do Paço Episcopal
- Muralhas Pré-Românicas de Miranda do Douro
- Igreja do Antigo Convento dos Frades Trinos, que presentemente alberga a Biblioteca Municipal
- Igreja da Misericórdia e Igreja de Santa Cruz
- Percorrer a Rua de la Costanielha, com um grande conjunto de casas quinhentistas e a imponente porta do castelo de Miranda do Douro
- Ruínas do Castelo de Miranda do Douro
- Fonte dos Canos e Ponte Medieval, já fora da cidadela, ainda assim, relativamente perto e pode aproveitar o desvio para percorrer o agradável caminho pedonal pelas margens do rio Fresno no Parque Urbano.
Onde ficar a dormir no 4º dia
O Hotel Cabeço do Forte está localizado no ponto mais alto de Miranda do Douro e oferece vistas cénicas para o histórico centro da cidade. Disponibiliza quartos com AC, mobiliário simples e prático, cómodos e limpos. Alguns têm varanda com vista. Tem ainda um lounge-bar, um terraço e uma piscina exterior com amplo jardim para relaxar. Muito bem cotado pela localização, limpeza, comodidades, conforto e simpatia, apresenta uma ótima relação qualidade-preço.
De arquitetura tradicional da aldeia de Picote, dentro do Parque Natural Internacional do Douro, a Casa de l Bárrio é uma casa de férias, totalmente equipada e decorada com bom gosto. No interior, apetece aquele aconchego da lareira numa casa com comodidades modernas e sabe tão bem ler um livro no mezanino. Os anfitriões não escondem a paixão pela região e recebem como poucos. O pequeno-almoço, saído das mãos da Margarida, é uma bênção dos céus!
Tranquilize-se que não tem que dormir com os animais no Curral de l Tiu Pino, na calma aldeia de Sendim. Há um quarto, estúdios e uma casa de férias cuja escolha só depende de si e da família. Á volta do pátio, as casas rústicas renovadas apresentam a comodidade essencial para quem busca turismo rural de qualidade. A receção calorosa do casal anfitrião é marcante e o Sr. António terá todo o gosto em abrir-lhe as portas do seu pequeno museu rural.
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Roteiro para visitar o Nordeste Transmontano | Trás-os-Montes: Dia 5
A primeira paragem do quinto dia do nosso roteiro para visitar o Nordeste Transmontano será no Miradouro de São João das Arribas que fica situado perto da localidade de Aldeia Nova, mesmo ao lado dum castro da Idade do Ferro e da Capela de São João.
Este é um dos miradouros mais famosos do Douro Internacional e a fama tem razão de ser. Do miradouro obtêm-se vistas avassaladores sobre o rio Douro, que aqui corre encaixado num profundo vale, rodeado de vertiginosas escarpas. É de cortar a respiração!
Miradouro visitado sugerimos que regresse a Miranda do Douro, mais concretamente até à Estacão Biológica Internacional, para um fantástico passeio de barco pelo Canhão do Douro. No Cruzeiro Ambiental irá navegar pelo troço mais espetacular do parque fronteiriço Douro Internacional/ los Arribes del Duero.
O passeio permitirá admirar as arribas do Douro de uma perspetiva bem distinta da que se tem do alto dos seus miradouros. Mas sobretudo ir a locais completamente inacessíveis por terra. Durante o percurso, que dura sensivelmente uma hora, a tripulação dará preciosas explicações sobre a geologia, fauna e flora do local. E para terminar o passeio em beleza, há uma degustação de vinhos do Porto já incluída no preço do bilhete. É uma atividade que consideramos verdadeiramente imperdível numa visita ao Parque Natural do Douro Internacional.
Depois do passeio de barco continue o seu roteiro pelo Nordeste Transmontano com uma visita à castiça aldeia de Picote (Picuote em mirandês), outra das nossas aldeias favoritas do Nordeste Transmontano.
Deambule pelas suas apaixonantes ruelas empedradas que nos fazem viajar no tempo. Observe o casario típico de granito, os moinhos de água e os lagares de azeite, e as pequenas hortas de subsistência onde nunca falta uma picota para puxar a água da ribeira e dos poços.
Visite a sua linda Igreja Matriz e as capelas de Santo Cristo e de Santa Cruz, e atente à escultura zoomórfica conhecida por Porca de Picote (berrão da proto-história) que se encontra localizada no largo principal da aldeia. Afinal, não é só em Murça que há uma porca!
E para fechar em beleza a sua visita a Picote, nada como ir desfrutar das soberbas vistas do Miradouro da Fraga do Puio (vulgarmente conhecido por Miradouro de Picote), uma verdadeira varanda para o canhão fluvial do Douro Internacional. Da aldeia de Picote até ao miradouro da Fraga do Puio a única solução é ir a pé. Mas não se assuste que são apenas algumas centenas de metros e o caminho está bem assinalado.
O Miradouro da Fraga do Puio foi recentemente renovado tendo sido construída uma fantástica plataforma de madeira e vidro, suspensa sobre o rio Douro (a fazer lembrar o famoso miradouro do Cabo Girão na Madeira). As vistas perdem-se no horizonte e são mesmo de deixar qualquer um de queixo caído!
Depois de desfrutar das fantásticas vistas do Miradouro da Fraga do Puio, continue o seu roteiro pelo Nordeste Transmontano rumando até à aldeia de Bemposta. Percorra as suas ruas e ruelas, admirando as casas abrasonadas, desfrute das bonitas paisagens rurais do Miradouro de Santa Bárbara e visite a bonita Igreja de São Pedro (séc. XII) e o seu histórico Pelourinho. Se vir que tem tempo, dê ainda um saltinho até à Barragem de Bemposta para desfrutar do lindo enquadramento paisagístico da sua albufeira.
A próxima paragem do nosso roteiro para visitar o Nordeste Transmontano será na pequena aldeia de Lamoso, para ir conhecer a fantástica Cascata da Faia da Água Alta, uma das mais altas cascatas de Portugal.
A Cascata da Faia da Água Alta é alimentada pelas águas da Ribeira de Lamoso e tem aproximadamente 40 metros de altura. Do povoado de Lamoso à Cascata da Faia da Água Alta são apenas 2 km, mas para lá ir só mesmo a pé. O que até não é uma má notícia. Muito pelo contrário.
É que o trilho que liga Lamoso à cascata é simplesmente fantástico e na parte final tem um troço circular que permite observar toda a beleza da cascata de uma infinidade de ângulos. Ir e vir são somente 4 km, já contando com a secção circular, e o trilho encontra-se muito bem sinalizado.
O quinto dia do nosso roteiro para visitar o Nordeste Transmontano termina na cativante vila de Mogadouro, uma das localidades que mais nos surpreendeu na nossa última passagem por Trás-os-Montes. Entre os muitos pontos de interesse da vila destacamos o altaneiro Castelo de Mogadouro, a imponente Igreja Matriz, a Igreja da Misericórdia, o Pelourinho de Mogadouro e o admirável Convento de São Francisco, onde presentemente está instalada a Câmara Municipal de Mogadouro.
Quer fechar o 5º dia do seu roteiro por terras de Trás-os-Montes com chave de ouro? Então suba até ao Santuário de São Cristóvão, no alto da vizinha Serra da Figueira, e assista ao pôr-do-sol enquanto balança num dos cénicos baloiços aí instalados. Sim, Mogadouro tem dois baloiços instagramáveis, e ambos o vão brindar com apaixonantes vistas!
Onde ficar a dormir no 5º dia
Sinceramente, somos incapazes de dizer o que mais gostamos nas casas de pedra da Casa das Quintas. Ambiente rural, pacífico, belo e familiar envolve-nos como um agasalho onde apetece estar dentro (no quarto com a lareira acesa) e fora (na piscina e no terraço ou na varanda privada). Rústico e moderno não podiam ter uma união mais feliz. Os quartos são sinónimo de conforto, o espaço exterior transmite bem-estar, o pequeno-almoço é principesco. Que bem que se está no campo!
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Roteiro para visitar o Nordeste Transmontano | Trás-os-Montes: Dia 6
A primeira paragem do dia do nosso roteiro para visitar o Nordeste Transmontano será no Miradouro do Carrascalinho, situado nas imediações da aldeia de Fornos. Este é um dos nossos miradouros favoritos no Douro Internacional e (muito) provavelmente vai ser um dos seus também.
O acesso de terra batida não é dos mais fáceis, o que o torna menos frequentado. Por isso mesmo, a sensação de comunhão com a natureza é muito maior. E como nas arribas que rodeiam o Miradouro do Carrascalinho habitam imensos grifos, abutres-do-Egito e águias, para além de ser brindado com vistas extraordinárias sobre o rio Douro, terá sérias probabilidades de conseguir observar estas majestosas aves em pleno voo.
A próxima paragem do nosso roteiro por terras de Trás-os-Montes será em Freixo de Espada à Cinta, a vila mais manuelina de Portugal, que tem para cima de uma mão cheia de locais de interesse para visitar.
Para além do incontornável passeio pelas suas ruas e ruelas, onde pode admirar um sem número de janelas e portas manuelinas, os locais que consideramos de visita obrigatória são o famoso Freixo com a espada à cinta, o Castelo de Freixo de Espada à Cinta (que tem uma original torre heptagonal denominada de Torre do Galo), a majestosa Igreja Matriz, o Pelourinho de Freixo de Espada à Cinta e o interessante Museu da Seda e do Território.
Depois de visitar Freixo de Espada à Cinta está na hora de rumar até às margens do Douro para ir conhecer a Praia da Congida, uma das nossas praias fluviais favoritas, não só de Trás-os-Montes mas de todo o Portugal. A praia é mesmo maravilhosa e conta com excelentes infraestruturas de apoio, entre as quais destacamos o convidativo bar à beira-rio, a piscina fluvial flutuante, o parque infantil, as piscinas municipais e o cais de embarque para passeios turísticos pelo rio Douro. Se for no verão, não se esqueça do fato de banho pois vai saber-lhe que nem ginjas um mergulhinho no Douro.
A próxima paragem do nosso roteiro para visitar o Nordeste Transmontano será no Miradouro do Penedo Durão, provavelmente o mais afamado miradouro do Douro Internacional. As vistas são excelentes, mas a fama do Penedo Durão deriva mais do facto de existir no local um alimentador de aves de rapina, que nidificam nos escarpados penhascos que rodeiam o miradouro. Isso torna-o num verdadeiro paraíso para os amantes de Observação de Aves, que aqui têm a possibilidade de observar grifos, abutres-do-Egito e águias-reais.
O sexto dia do nosso roteiro para visitar o Nordeste Transmontano termina na vila medieval de Torre de Moncorvo, idilicamente encaixada entre a Serra do Reboredo e o Vale da Vilariça. Para desvendar os seus segredos, nada como percorrer a pé o cativante centro histórico e núcleo medieval, pejado de sumptuosos solares. Não deixe de visitar uma das lojas de venda de produtos regionais e de confeção da famosa Amêndoa Coberta de Moncorvo, recentemente galardoada como uma das 7 Maravilhas Doces de Portugal.
Os locais que consideramos de visita obrigatória e as experiências que não pode perder em Torre de Moncorvo são as seguintes:
- Igreja Matriz de Torre de Moncorvo (o ex-libris da vila é o maior templo religioso de Trás-os-Montes)
- Edifício da Câmara Municipal de Torre de Moncorvo
- Ruínas do Castelo de Torre de Moncorvo
- Castelo (Porta da Traição)
- Porta da vila e Capela de Nossa Senhora dos Remédios (assente sobre a única porta existente da cerca medieval de Torre de Moncorvo)
- Igreja da Misericórdia
- Casa da Roda dos Expostos
- Capela de Nossa Senhora dos Prazeres
- Capela do Espírito Santo e Antigo Hospital
- Museu do Ferro (onde pode conhecer o enorme património arqueológico e industrial do concelho de Torre de Moncorvo, com destaque para a exploração do ferro)
- Praça Francisco Meireles (com o seu grandioso Chafariz Filipino)
- Largo General Claudino (onde encontra várias esplanadas)
- Provar as deliciosas Amêndoas Cobertas de Moncorvo
Onde ficar a dormir no 6º dia
Entre o Rio Douro e uma serra de penedos crescem vastos vinhedos que enquadram a casa-mãe, a piscina exterior e as villas da Quinta da Terrincha numa paisagem sublime. O espaço é todo ele inspirador e conciliador. E conciliar esta riqueza paisagística com santo repouso em villas, onde impera o espaço e domina a unicidade, foi um passo lógico. Às villas totalmente equipadas não lhes falta nada para uma estada, curta ou longa, a dois ou em família. Nem uma lareira para aquele aconchego do lar em puro luxo.
Não custa nada imaginar o ponto forte dos Olhares do Douro. Situado na Foz do Sabor, goza de vistas sublimes para o cenário onde Douro e Sabor se encontram. Num ambiente muito tranquilo, a casa de campo é ideal para quem quer passar uns dias de sossego absoluto. Há opção de reservar os quartos privados com casa-de-banho privativa ou a casa toda para oito pessoas. O pequeno-almoço é excecional, servido com mimo e simpatia desarmante e produtos típicos da zona.
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Roteiro para visitar o Nordeste Transmontano | Trás-os-Montes: Dia 7
O 7º dia do nosso roteiro para visitar o Nordeste Transmontano vai ser todo ele dedicado a conhecer a maravilhosa região dos Lagos do Sabor. A construção da Barragem do Baixo Sabor domou o rio Sabor, o último rio selvagem de Portugal. Esta obra da engenharia humana criou três gigantescos lagos de águas cintilantes ligados entre si por escarpadas gargantas. Prepare-se para um dia de paisagens alucinantes!
Comece o dia rumando até ao Santuário e Miradouro de São Lourenço, nas imediações da aldeia de Felgar, para o primeiro vislumbre dos Lagos do Sabor deste roteiro por terras de Trás-os-Montes, mais especificamente sobre o soberbo Lago de Cilhades. E como recentemente foi instalado um cénico baloiço no miradouro de São Lourenço, até pode baloiçar enquanto desfruta do esmagador enquadramento paisagístico. Pura magia!
- Sobretudo se viajar com crianças, não deixe de ir visitar o Centro de Interpretação Ambiental e Reabilitação Animal de Felgar (CIARA), onde pode experimentar um simulador de voo ímpar em Portugal: sobrevoar os Lagos do Sabor na pele de um grifo ou de uma águia-de-Bonelli. Marque a sua visita através do e-mail: ambaixosabor@gmail.com
- Baloiçar com vista para os Lagos do Sabor abriu-lhe o apetite? Então vá almoçar à vizinha localidade de Carviçais, a capital da Posta Mirandesa no concelho de Torre de Moncorvo. Nós apostámos no restaurante O Artur e gostámos da experiência.
- Quer ir desfrutar das melhores vistas sobre a vila de Torre de Moncorvo e arredores? Então suba à Serra do Reboredo e vá até ao Miradouro da Fraga do Facho, onde até vai encontrar uma instagramável estrutura de ferro para o ajudar a enquadrar a paisagem. Na Serra do Reboredo poderá ainda visitar o Miradouro da Fraga do Cão, marcado pela curiosa formação rochosa em forma de cão. Tenha em atenção que a estrada de acesso a ambos os miradouros é muito má sendo recomendável ir de 4×4 ou pelo menos com um carro robusto. Clique para mais informações sobre como ir ao Miradouro da Fraga do Facho e Fraga do Cão.
A próxima paragem do nosso roteiro para visitar o Nordeste Transmontano será na Foz do Sabor a última aldeia piscatória de Trás-os-Montes. O grande atrativo desta pequena aldeia é, sem surpresas, a fantástica Praia Fluvial da Foz do Sabor, que fica situada no lugar em que o rio Sabor abraça o Douro. À sua espera terá um enorme lençol de água, um extenso relvado com zona arborizada, cais de embarque e um simpático bar para tomar uma refrescante bebida com vista para o rio.
Os próximos miradouros que se seguem no nosso roteiro para visitar o Nordeste Transmontano são o Miradouro de São Gregório e o Miradouro do Vale do Sabor. Ficam praticamente ao lado um do outro. O primeiro encontra-se mesmo ao lado da estrada alcatroada que liga o Vale da Vilariça à aldeia de Estevais. O segundo, num local mais isolado, exige percorrer aproximadamente 500 metros por uma estrada de terra batida. Nada que um carro ligeiro não faça.
O Miradouro de São Gregório apresenta uma visão panorâmica soberba sobre o Vale da Vilariça e a fragada da Lousa. Já do Miradouro do Vale do Sabor, e como o próprio nome indica, poderá desfrutar de excelentes paisagens panorâmicas sobre o Vale do Sabor, com a Foz do Sabor no horizonte.
Para não perder o embalo das vistas de cortar a respiração, continue o seu roteiro pelo Nordeste Transmontano rumando até ao Miradouro da Póvoa, de onde terá mais uma fabulosa vista sobre o Lago Cilhades, mas desta feita de uma perspetiva completamente distinta da que teve durante a manhã no miradouro de São Lourenço. Se olhar com atenção, até o consegue ver ao longe.
O sétimo dia do nosso roteiro para visitar o Nordeste Transmontano termina em Alfândega da Fé, uma airosa vila transmontana assente numa colina a 575 metros de altitude.
Deambule sem pressas pelas suas sinuosas ruas admirando as casas típicas que sobreviveram ao teste do tempo. Aprecie as 34 obras de arte contemporânea inseridas no espaço urbano da vila e delicie-se com a soberba vista do Miradouro do Castelo (não espere é ver um castelo, pois dele, só a memória subsiste). No que a monumentos diz respeito, destacamos os seguintes:
- A peculiar Torre do Relógio quadrangular (o ex-libris do concelho)
- Igreja Matriz de São Pedro
- Igreja da Misericórdia
- Capela de São Sebastião
- Casa da Cultura Mestre José Rodrigues
Onde ficar a dormir no 7º dia
Envolvido de tranquilidade e natureza, o Bela Vista Silo Housing é um espaço, ousamos dizer, terapêutico. Isolado do mundo o suficiente para desligarmos a ficha. Atrai pela experiência de dormir num silo de cereais convertido em moderna acomodação. Além disso, há um pequeno-almoço servido no quarto que só apetece repetir e uma piscina biológica inserida num espaço envolvente delicioso.
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Roteiro para visitar o Nordeste Transmontano | Trás-os-Montes: Dia 8
O último dia do nosso roteiro para visitar o Nordeste Transmontano vai ser todo ele dedicado a explorar a região do Vale do Tua.
Comece o dia rumando até à altaneira vila medieval de Vila Flor. Terá à sua espera uma mão cheia de locais de interesse para visitar. Os mais emblemáticos são a Igreja Matriz de Vila Flor, a Igreja da Misericórdia, o edifício da Câmara Municipal, o Solar dos Aguilares (antiga Câmara Municipal de Vila Flor), a Fonte Romana, o Pelourinho e o Arco de D. Dinis, a única das cinco portas das muralhas da vila que sobreviveu ao teste do tempo.
Fora do centro da vila visite ainda o Santuário da Nossa Senhora da Lapa. Do seu miradouro obterá soberbas vistas sobre Vila Flor e arredores. Um segredo muito bem guardado é a insólita Forca de Freixiel, situada no topo de uma colina nos arredores da aldeia de Freixiel. Satisfaça a sua curiosidade e descubra-a.
A próxima paragem do nosso roteiro pelo Nordeste Transmontano será no milenar Castelo de Ansiães, um dos locais mais mágicos de toda a região do Vale do Tua, cuja ocupação continuada remonta ao longínquo terceiro milénio a.C. e conheceu o seu término em 1734. Nesse ano, o Castelo de Ansiães foi abandonado, tendo a sede de concelho sido transferido para Carrazeda de Ansiães, a pouco mais de cinco quilómetros de distância.
Hoje, da vila medieval fortificada restam impressionantes ruínas compostas por duas linhas de muralhas, torreões, cinco portas de acesso, um sem número de habitações e até mesmo duas igrejas. No interior das muralhas fica a maravilhosa igreja românica de São Salvador de Ansiães e no exterior a Igreja de São João Baptista.
Visitar o Castelo de Ansiães é uma verdadeira viagem no tempo e é fácil perder-lhe a noção face à imensidão do espaço e à beleza do meio envolvente. Costumamos dizer, na brincadeira, que o Castelo de Ansiães é o Machu Picchu português e a analogia é capaz de não estar muito errada.
Viagem no tempo terminada volte a pegar no carro e rume até ao Miradouro dos Olhos do Tua, onde uma das mais belas paisagens do Vale do Tua espera pela sua visita. Aqui poderá ver o rio Tua a serpentear por entre os montes, formando uma imensa curva que faz lembrar uma ferradura, um pouco à semelhança do que acontece com o rio Colorado no Horseshoe Bend (Estados Unidos), ou com o Lago Skadar no Pavlova Strana (Montenegro). Simplesmente maravilhoso!
O nosso roteiro pelo Nordeste Transmontano termina na pequena localidade de Foz Tua, bem no limite do concelho de Carrazeda de Ansiães. Como o próprio nome indica, fica situada no preciso local em que o rio Tua abraça o Douro, e nela irá encontrar a histórica estação do Tua, onde a Linha do Tua se unia à Linha do Douro.
Para além de apreciar a paisagem, não deixe de visitar o Centro Interpretativo do Vale do Tua, um excelente espaço museológico onde poderá aceder a imensa informação sobre o Vale do Tua, a Linha do Tua e a Barragem do Tua.
E assim termina a sua épica roadtrip por terras de Trás-os-Montes!
Onde ficar a dormir no 8º dia
No Hotel Casa do Tua, localização, limpeza e simpatia da equipa são nota 10. Para a excelente relação qualidade-preço contribuem ainda os preços económicos deste sossegado hotel de 2 estrelas, um hotel sem grandes luxos e despretensioso, mas com uma localização estupenda – mesmo ao lado do rio Douro. As vistas dalguns quartos, da agradável piscina exterior e do terraço são memoráveis. É acordar de manhã para ver os barcos passar e para um pequeno almoço tão bem provido de frescura como de delícias regionais. Sempre servido com um sorriso que acalenta a alma. Recomendamos sem pestanejar!
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Mapa do roteiro para visitar o Nordeste Transmontano
Clique no canto superior direito para aumentar o mapa do roteiro de 8 dias para visitar o Nordeste Transmontano | Trás-os-Montes
Sugestão de escapadinhas para visitar o Nordeste Transmontano | Trás-os-Montes
Como referimos no início do artigo, não precisa de visitar o Nordeste Transmontano de uma assentada só. Pode perfeitamente dividir as suas visitas em várias escapadinhas de fim-de-semana por terras de Trás-os-Montes e até mesmo aproveitar para visitar outros destinos que ficam em caminho.
Abaixo encontra 5 sugestões de roteiros para escapadinhas de 2 e 3 dias às principais regiões do Nordeste Transmontano. Em todos eles irá encontrar as descrições do que ver e fazer (passo a passo), sugestões de alojamentos e restaurantes e imensas dicas para que desfrute ao máximo das suas viagens pelo Nordeste Transmontano. Resta-nos desejar-lhe uma boa viagem!
- Roteiro para escapadinha ao Douro Internacional
- Roteiro para escapadinha ao Geopark Terras de Cavaleiros
- Roteiro para escapadinha aos Lagos do Sabor
- Roteiro para escapadinha ao Parque Natural de Montesinho
- Roteiro para escapadinha ao Vale do Tua
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