Saint-Emilion, conhecida no mundo inteiro pelos vinhos encorpados e de cor densa, entre eles os Grand Cru, é a mais sedutora vila vinícola da região de Bordéus e de visita imperdível. Construída num anfiteatro natural, a vila de Saint-Emilion empoleira-se no alto duma colina coroada pela torre da igreja monolítica. A encantadora vila medieval, rodeada de milhares de hectares de vinhedos, é particularmente mágica quando o sol se põe sobre o vale e os edifícios de pedra calcária brilham com tons dourados. Contudo, esta vila classificada Património Mundial da UNESCO reserva muitas surpresas numa complexa rede de túneis e galerias subterrâneas.
Por ser pequena Saint-Emilion permite ser facilmente descoberta a pé. E se pensa que a sua dimensão é sinónimo de escassez de atividades, desengane-se. Com dois mil anos de história, Saint-Emilion oferece muito com que ocupar o tempo. Aconselhamos subir até ao Posto de Turismo (basta seguir a direção da torre sineira, o ponto mais alto de toda a cidade) onde pode levantar um mapa gratuito, obter informação detalhada dos pontos de interesse e comprar visitas guiadas às catacumbas ou aos châteaux produtores de vinho.
Roteiro e Dicas de Viagem Saint-Emilion
Clocher de l’Eglise Monolithe
O monumento histórico mais importante de Saint-Emilion é a sua Igreja Monolítica e respetivo Campanário, a torre sineira construída em estilo gótico e o ponto mais alto da pequena vila – 68 metros de altura.
Se quiser visitar o interior, peça as chaves no Posto de Turismo e devolva após a visita. Por €1,50 vale a pena.
Para os corajosos, nada como subir os 196 degraus do Campanário e ter uma vista panorâmica a 360º sobre os telhados da cidade, as suas praças e os vinhedos circundantes.
Uma vista que vai deixá-lo maravilhado.
Église Monolithe et Catacombs
A igreja medieval, cuja construção foi iniciada no século IX por discípulos fiéis ao monge beneditino Emilion, é a maior igreja subterrânea da Europa. A base românica e corpo gótico comprovam que a sua edificação levou séculos a terminar. A visita ao interior só é possível com visita guiada adquirida no Posto de Turismo. Mas quando falamos da maior igreja subterrânea de toda a Europa, não há muito que pensar. Uma visita de quase uma hora que revela o património subterrâneo e alguns dos segredos da vila. Para além da igreja cravada no monólito, o seu guia (único detentor das chaves da Saint-Emilion subterrânea) desvendará a lenda e a realidade do monge beneditino milagreiro, Emilion, que deu o nome à povoação, a caverna onde Emilion se abrigou como eremita, a capela da Trindade com os seus frescos bem preservados e a história dos mais de 200km de galerias subterrâneas.
Eglise Collégiale
Edifício religioso também importante, l’Eglise Collégiale é uma das maiores e mais antigas igrejas da região . O mosteiro data do século XII mas a sua construção só terminou no século XV. Pertenceu à congregação de Santo Agostinho até à Revolução Francesa. Não deixe de visitar também os claustros.
Cloître des Cordeliers
No interior das ruinas do claustro dum mosteiro franciscano do século XIV, a casa Les Codeliers vem fazendo o seu vinho espumante há mais de um século. O acesso às ruínas do claustro romanesco e ao jardim é gratuito e pode aproveitar para fazer um piquenique ou degustar este bom vinho numa das mesas disponíveis. Basta fazer o seu pedido no balcão do Bar à Bulles, logo na entrada. Há uma visita guiada de trinta minutos às adegas que incluem a explicação das técnicas tradicionais de produção do vinho espumante através da galeria subterrânea com direito a degustação do “vinho da casa”.
La Tour du Roy
Outro ponto de interesse em Saint-Emilion donde se têm as melhores vistas da vila, do rio Dordogne e do vale vinhateiro bucólico, é a Tour du Roy. O sólido torreão quadrangular do século XIII é o que resta duma torre de menagem do castelo que aqui existiu. Suba os 118 degraus de história e maravilhe-se.
Porte de la Cadène
Esta era uma entrada fortificada no interior da vila que, provavelmente separava a ville haute da ville basse, ou seja, a zona religiosa da laica.
A porta de passagem sobre a rue Gaudet, cujas fundações se inserem em duas casas seculares com construção claramente de utilidade defensiva, levanta questões sobre a necessidade duma segunda cintura defensiva no interior da vila de Saint-Emilion para além das suas muralhas milenares.
Ao certo não se sabem as razões da sua edificação, contudo é um dos monumentos listados pela UNESCO, juntamente com as casas a que está acoplada, pelo seu valor histórico.
La Grande Muraille
Eis tudo o que resta do mosteiro medieval Dominicano edificado no século XII aos pés da vila de Saint-Emilion. Com a Guerra dos 100 Anos os monges dominicanos tiveram que abandonar o mosteiro e igreja adjacente, pois a sua segurança estava em risco. O mosteiro foi voluntariamente destruído, tendo sido mantida esta imponente parcela como testemunho histórico. A majestosa ruina é conhecida como Grande Muralha desde o século XIX e as vinhas ao redor pertencem ao château do mesmo nome.
Estes são apenas alguns dos monumentos históricos listados pela UNESCO. Se bem que, na nossa opinião, toda a vila o vai encantar pois cada recanto é apaixonante! Portanto, perca-se por entre as sinuosas vielas, explore a seu gosto e não perca a oportunidade de fazer um passeio também pelos vinhedos verdejantes da vila.
Para os entusiastas das provas de vinho, nenhuma visita a Saint-Emilion fica completa sem uma incursão a um dos châteaux. Alguns têm os portões abertos para satisfazer a curiosidade dos visitantes, outros necessitam de reserva prévia. Pode também hospedar-se numa suite dum dos châteaux e experimentar uma noite numa atmosfera de exuberante elegância e tranquilidade sem igual. Dentre os 103 da região, algum satisfará o seu desejo. Informe-se e reserve no posto de turismo.
Saint-Emilion destaca-se ainda pela arte de bem comer. Não faltam restaurantes e cafés em castiças praças que o vão seduzir a provar os sabores do mar, ali tão perto, em elaborados e saborosos pratos onde a ostra de Arcachon é rainha. Os pratos de aves são uma das tentações a considerar, uma vez que as receitas regionais são históricas. E os incontornáveis queijos franceses não podem faltar no menu. É claro que tudo isto deve ser acompanhado por um corposo vinho de Saint-Emilion que se adeque aos sabores – peça sugestões que opções não vão faltar na carta. E para adoçar o dente, o verdadeiro macaron de Saint-Emilion, uma delícia de amêndoa com 400 anos de história, cuja receita conventual secreta é detida apenas por Nadia Fermigier.
Informação prática
- Um dia é suficiente para descobrir a vila. Se escolher Bordéus para pernoita, há soluções de transportes públicos para chegar a Saint-Emilion (autocarros e comboios regulares). Alugando carro, poderá explorar melhor a região vinícola e visitar châteaux acessíveis apenas de carro.
- A melhor altura para visitar é no início da primavera ou no outono quando há menos turistas e o calendário ligado à produção vinícola é mais preenchido. A época baixa de inverno é também uma solução já que o clima da região é mediterrânico.
- Traga calçado prático e confortável: as ruas são empedradas e muito inclinadas.
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bom dia
obrigado pelas partilhas
aqui “ostra de Arachon” talvez quisessem dizer ostra de Arcachon
Obrigado pelo reparo!