Para chegarmos lá, partindo de Siem Reap, recorremos mais uma vez ao Keo e ao seu tuk tuk. A viagem de tuk tuk até ao porto de embarque demora quase uma hora, durante a qual vão desfilando pelos nossos olhos extensos arrozais e pequenas localidades.
Chegados ao porto de embarque, o Keo foi comprar os bilhetes para o tour de barco até à aldeia de Chong Kneas. Tínhamos acordado o preço com ele. E ainda bem que assim foi pois demorou apenas alguns minutos para conhecermos uma família de quatro pessoas a quem queriam cobrar mais do dobro pelo mesmo tour. Foi preciso chatearmo-nos para conseguirmos que eles pagassem um preço minimamente justo (ainda assim superior ao nosso). Começava o desfile de “scams” que havia de nos acompanhar toda a manhã.
Resolvida a questão dos bilhetes fomos conduzidos a uma pequena embarcação onde nos esperavam dois jovens, o piloto do barco e um pseudo-guia, que passaram o tempo todo a tentar convencer-nos a comprar material escolar para entregar às escolas flutuantes de órfãos.
Uma das escolas falsas de órfãos |
Escusado será dizer que não compramos nada pois isso não passa de um “scam”, um dos maiores e mais deploráveis que vimos em todo o Sudeste Asiático: as escolas são falsas e pertencem às lojas que vendem o dito material escolar (venda sobre a qual os nossos barqueiros ganham uma comissão). No fundo não estamos a ajudar crianças nenhumas mas sim a contribuir ainda mais para a sua exploração. As crianças não passam de “escravos”, obrigadas a exibir a sua miséria com o intuito de despertar o espírito de caridade dos visitantes.
Um “Olá” sincero – também se encontram… |
Tentamos ao máximo abstrair-nos da exploração da miséria alheia e aproveitarmos o passeio pelo Tonle Sap e pelas suas vilas flutuantes, mas não conseguimos. Por isso, foi com um sentimento de tristeza que navegamos pela aldeia flutuante de Chong Kneas observando o quotidiano desta gente que literalmente vive na e da água. A maior parte são pescadores e os miúdos parecem autênticos peixes, nadando por todo o lado.
Na aldeia flutuante encontramos de tudo à semelhança do que encontramos em qualquer aldeia situado em solo firme. Existem mercearias, postos de gasolina, oficinas e até igrejas. Como a aldeia é flutuante, eles conseguem mover as suas casas de acordo com a altura do ano. Na época das monções movem-se para canais mais afastados do centro do lago, sendo que na época mais seca, fazem a viagem em sentido inverso.
Igreja |
São os bidões que permitem as casas flutuar |
Remando… |
“Downtown” |
Viveiro de crocodilos |
E assim terminamos este pequeno relato sobre a nossa visita às aldeias flutuantes de Tonle Sap. Uma visita que nos deixou com um grande”amargo de boca”…
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Olá VagaMundos! Já cá faziam falta…!
Quanto ao post de hoje, de facto existe um gigantesco contraste com a monumentalidade de outros locais como Angkor!!! Não é de admirar, por isso, esse "amargo de boca"! Mas a Ásia é mesmo assim…
Impresionante!!! un post preciosos.
Saludos,
Te sigo.
http://yoadoroviajar.blogspot.com
Trini.
Realmente existe aí muita pobreza. Mas de certeza que há aqueles que até vivem bem melhor que esse povo. Adorei o relato, como sempre aprende-se muito dos povos e dos locais que vocês visitam. Essa é uma razão porque vos sigo 🙂
Uma verdadeira e gigantesca operação de marketing…
Saudações!
Olá Clara. Obrigado pelas boas vindas 🙂 E tens toda a razão, o Sudeste Asiatico também é isto!
Bjs
Hola Yo Adoro Viajar. Muchas Gracias!
Saludos
Olá Fábio. Se é coisa que caracteriza bem o Camboja é o enorme fosso entre ricos e pobres. É gigantesco! Ficamos contentes por te termos a viajar connosco!
Abraço
Olá Roadrunner. Não tenhas dúvida… por isso é que achamos importante divulgar o que de facto se passa por lá.
Abraço