Tonle Sap – o maior lago do Sudeste Asiático

tonle sap
Com uma extensão de mais de 2.500km², que pode atingir os 20.000km² durante as monções, o lago de Tonle Sap é indubitavelmente a maior extensão de água doce de todo o Sudeste Asiático.
Mas o que atrai os viajantes a Tonle Sap é sobretudo a existência de várias aldeias flutuantes, que pontificam um pouco por todo o lago. Também foram as aldeias flutuantes o que nos chamou até lá, mas temos de confessar que voltamos de Tonle Sap com um sentimento dicotómico. Mas já lá vamos!

Para chegarmos lá, partindo de Siem Reap, recorremos mais uma vez ao Keo e ao seu tuk tuk. A viagem de tuk tuk até ao porto de embarque demora quase uma hora, durante a qual vão desfilando pelos nossos olhos extensos arrozais e pequenas localidades.

Chegados ao porto de embarque, o Keo foi comprar os bilhetes para o tour de barco até à aldeia de Chong Kneas. Tínhamos acordado o preço com ele. E ainda bem que assim foi pois demorou apenas alguns minutos para conhecermos uma família de quatro pessoas a quem queriam cobrar mais do dobro pelo mesmo tour. Foi preciso chatearmo-nos para conseguirmos que eles pagassem um preço minimamente justo (ainda assim superior ao nosso). Começava o desfile de “scams” que havia de nos acompanhar toda a manhã.

Resolvida a questão dos bilhetes fomos conduzidos a uma pequena embarcação onde nos esperavam dois jovens, o piloto do barco e um pseudo-guia, que passaram o tempo todo a tentar convencer-nos a comprar material escolar para entregar às escolas flutuantes de órfãos.

 

Uma das escolas falsas de órfãos

Escusado será dizer que não compramos nada pois isso não passa de um “scam”, um dos maiores e mais deploráveis que vimos em todo o Sudeste Asiático: as escolas são falsas e pertencem às lojas que vendem o dito material escolar (venda sobre a qual os nossos barqueiros ganham uma comissão). No fundo não estamos a ajudar crianças nenhumas mas sim a contribuir ainda mais para a sua exploração. As crianças não passam de “escravos”, obrigadas a exibir a sua miséria com o intuito de despertar o espírito de caridade dos visitantes.

Um “Olá” sincero – também se encontram…

Tentamos ao máximo abstrair-nos da exploração da miséria alheia e aproveitarmos o passeio pelo Tonle Sap e pelas suas vilas flutuantes, mas não conseguimos. Por isso, foi com um sentimento de tristeza que navegamos pela aldeia flutuante de Chong Kneas observando o quotidiano desta gente que literalmente vive na e da água. A maior parte são pescadores e os miúdos parecem autênticos peixes, nadando por todo o lado.

Na aldeia flutuante encontramos de tudo à semelhança do que encontramos em qualquer aldeia situado em solo firme. Existem mercearias, postos de gasolina, oficinas e até igrejas. Como a aldeia é flutuante, eles conseguem mover as suas casas de acordo com a altura do ano. Na época das monções movem-se para canais mais afastados do centro do lago, sendo que na época mais seca, fazem a viagem em sentido inverso.

Igreja

 

São os bidões que permitem as casas flutuar

 

Remando…

 

“Downtown”
Viveiro de crocodilos

E assim terminamos este pequeno relato sobre a nossa visita às aldeias flutuantes de Tonle Sap. Uma visita que nos deixou com um grande”amargo de boca”…


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5 COMENTÁRIOS

  1. Olá VagaMundos! Já cá faziam falta…!
    Quanto ao post de hoje, de facto existe um gigantesco contraste com a monumentalidade de outros locais como Angkor!!! Não é de admirar, por isso, esse "amargo de boca"! Mas a Ásia é mesmo assim…

  2. Realmente existe aí muita pobreza. Mas de certeza que há aqueles que até vivem bem melhor que esse povo. Adorei o relato, como sempre aprende-se muito dos povos e dos locais que vocês visitam. Essa é uma razão porque vos sigo 🙂

  3. Olá Clara. Obrigado pelas boas vindas 🙂 E tens toda a razão, o Sudeste Asiatico também é isto!
    Bjs

    Hola Yo Adoro Viajar. Muchas Gracias!
    Saludos

    Olá Fábio. Se é coisa que caracteriza bem o Camboja é o enorme fosso entre ricos e pobres. É gigantesco! Ficamos contentes por te termos a viajar connosco!
    Abraço

    Olá Roadrunner. Não tenhas dúvida… por isso é que achamos importante divulgar o que de facto se passa por lá.
    Abraço

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