Se anda a sonhar com uma retemperadora escapadinha à Beira Baixa, este artigo é para si! Nele vamos partilhar um guia e roteiro para visitar a Beira Baixa com os principais pontos de interesse que deve incluir no seu itinerário e muitas dicas práticas para o ajudar a planear uma roadtrip de sonho por esta surpreendente região do Centro de Portugal.
Belezas naturais deslumbrantes, tradições seculares estoicamente preservadas, património histórico singular, uma gastronomia de babar e gentes genuínas, que só sabem receber de braços abertos, são alguns dos ingredientes que nos levam a visitar a Beira Baixa vezes sem conta e a regressar a casa sempre de coração cheio e com uns quilos a mais.
Prepare-se para deambular por apaixonantes aldeias históricas onde o tempo passa devagar, perder-se por trilhos que cruzam frondosos bosques e imponentes montanhas, surpreender-se com a força e beleza de cascatas paradisíacas, visitar míticas fortalezas templárias e cidades romanas milenares, conhecer uma miríade de sedutoras praias fluviais, suster a respiração com maravilhosas paisagens naturais e ímpares formações geológicas, escutar misteriosas lendas, conhecer artes e ofícios de outros tempos e, claro, passar largos serões a desfiar conversa com as gentes da terra, sempre bem acompanhado por um bom vinho e deliciosas iguarias que @ vão pôr a salivar.
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Conteúdo deste Artigo
- 1 Onde fica a Região da Beira Baixa?
- 2 Quando visitar a Beira Baixa?
- 3 Onde ficar a dormir na Beira Baixa? Sugestões de alojamento
- 4 O melhor da Beira Baixa num roteiro de 5 dias: o que visitar, ver e fazer numa roadtrip pela Beira Baixa
- 5 Sugestão para escapadinhas de 2 ou 3 dias à Beira Baixa
- 6 Outros roteiros de carro por Portugal
Onde fica a Região da Beira Baixa?
A Beira Baixa fica situada no sudeste do Centro de Portugal, bem coladinha com a província espanhola da Extremadura, encaixada entre as montanhas da Serra da Estrela e as planícies do Alentejo e as lezírias do Ribatejo.
Historicamente, a província da Beira Baixa engloba a totalidade dos 11 concelhos do distrito de Castelo Branco, aos quais se soma ainda um concelho do distrito de Coimbra e outro do distrito de Santarém. Os municípios que constituem a histórica Beira Baixa são os seguintes:
- Distrito de Castelo Branco: Belmonte, Castelo Branco, Covilhã, Fundão, Idanha-a-Nova, Oleiros, Penamacor, Proença-a-Nova, Sertã, Vila de Rei e Vila Velha de Ródão
- Distrito de Coimbra: Pampilhosa da Serra
- Distrito de Santarém: Mação
Com a extinção das províncias, a Beira Baixa passou a ser oficialmente uma sub-região estatística NUT-III, e presentemente engloba apenas os territórios dos concelhos de Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Oleiros, Penamacor, Proença-a-Nova Vila e Velha de Ródão.
Quando visitar a Beira Baixa?
A melhor época do ano para visitar a Beira Baixa depende muito dos seus interesses pois todas as estações revelam uma face diferente da região beirã.
Se as caminhadas e afins estiverem no topo das suas prioridades, a primavera e o outono são de longe as melhores apostas. Na primavera, a chuva e o degelo enchem rios, ribeiros e riachos e as cascatas da Beira Baixa estão em todo o seu esplendor. E, em jeito de bónus, ainda poderá ver as cerejeiras em flor. Já no outono a Beira Baixa reveste-se de tons quentes outonais simplesmente apaixonantes e com a queda da folha, a natureza “tece” fofos tapetes de folhagem multicolorida, onde até apetece rebolar.
Claro que, por serem estações de transição há sempre o risco de apanhar alguma chuva e frio, sobretudo no início da primavera e final do outono.
Se gosta muito de calor e quer ter a certeza que apanha dias soalheiros, a melhor aposta é visitar a Beira Baixa no verão. É também a estação perfeita para usufruir das maravilhosas praias fluviais da Beira Baixa (olhe que são mesmo muitas). Mas vá a contar com dias bem escaldantes e pouco ou nada propícios a caminhadas e afins.
O inverno é por norma frio, com geadas frequentes e neve esporádica, mas com um bocadinho de sorte até apanha dias limpos e neve nas terras mais altas. E ver a Beira Baixa pintada de branco bem que compensa rapar um briol!
Quantos dias são necessários para visitar a Beira Baixa?
Caso consiga acrescentar mais alguns dias, tanto melhor. Não só lhe permite conhecer de uma forma mais relaxante a maioria dos locais de interesse da Beira Baixa que vamos referir no nosso roteiro, como ainda terá tempo para fazer uma série de desdobramentos que lhe permitirão conhecer mais uma miríade de locais verdadeiramente mágicos da Beira Baixa. Vá estando atento às nossas dicas durante a descrição do roteiro de 5 dias para visitar a Beira Baixa que desenhamos para si.
Claro que não tem de visitar a Beira Baixa de uma assentada só. Até porque, de forma a desenhar um roteiro de somente 5 dias para visitar a Beira Baixa tivemos de deixar de fora alguns territórios. Como tal, o itinerário que partilhamos neste artigo está (muito) longe de esgotar tudo o que a região da Beira Baixa tem para oferecer a quem o visita.
Na verdade, para conhecer a fundo esta região de Portugal seriam precisas largas semanas, para não dizer meses. Posto isto, pode perfeitamente dividir este roteiro em várias partes e fazer quatro ou cinco escapadinhas distintas. Já a jogar na antecipação, logo abaixo do roteiro de 5 dias para visitar a Beira Baixa, vamos apresentar-lhe 3 sugestões de escapadinhas. Se as fizer todas, já irá passar por todos os 13 concelhos que integram a província histórica da Beira Baixa.
Onde ficar a dormir na Beira Baixa? Sugestões de alojamento
Tendo em conta que o nosso roteiro passa por praticamente todos os concelhos da região da Beira Baixa, é imperativo levar na bagagem um enérgico espírito de roadtrip e dividir as noites de hospedagem por várias localidades.
Claro que, se dividir o nosso roteiro de 5 dias para visitar a Beira Baixa em várias escapadinhas, pode optar por montar base numa só localidade e fazer os seus passeios a partir daí.
Ao longo da roadtrip pela Beira Baixa que desenhamos para si vai encontrar excelentes soluções de alojamento, que vão desde as grandes unidades hoteleiras às quintas e casas de turismo rural, passando por charmosos boutique hotéis.
Na escolha das localidades para ficar a dormir no seu roteiro pela Beira Baixa recomendamos que avalie se a localidade conta com uma boa oferta de alojamentos e demais serviços dos quais vai seguramente precisar durante a viagem (restaurantes, supermercados, etc). Por norma, quanto maior a oferta, mais fácil é encontrar quartos a bons preços, sobretudo se reservar alojamento com alguma antecedência.
Posto isto, as localidades que sugerimos para passar a noite no nosso roteiro para visitar a Beira Baixa são:
Vila de Rei | Oleiros | Castelo Novo | Castelo Branco | Penamacor | Proença-a-Nova
Mas pode fazer pequenas alterações ao roteiro e optar por ficar em outras localidades vizinhas com boa oferta de alojamentos, como sejam:
Sertã | Fundão | Covilhã | Belmonte | Monsanto | Vila Velha de Rodão
(Clique nos nomes das respetivas localidades para ver as melhores opções de alojamento e opte sempre por reservar unidades hoteleiras que permitam o cancelamento, não vá ter algum imprevisto.)
Por último, queremos salientar que ao longo do roteiro vamos sugerir-lhe os nossos alojamentos favoritos para cada um dos dias – testados e aprovados por nós – que apresentam a melhor relação qualidade-preço.
O melhor da Beira Baixa num roteiro de 5 dias: o que visitar, ver e fazer numa roadtrip pela Beira Baixa
O nosso roteiro para visitar a Beira Baixa é praticamente circular, com início em Vila de Rei, bem no centro de Portugal, e final em Proença-a-Nova. Mas claro que pode fazer o mesmo na ordem inversa sem qualquer problema, ou até mesmo começar em qualquer um dos pontos de interesse sugeridos e a partir daí desenhar o seu próprio roteiro.
Queremos também sublinhar que o número de dias que sugerimos para este roteiro pela Beira Baixa pressupõe que a viagem seja feita com viatura própria e não inclui os dias de viagem do local de origem para a região da Beira Baixa.
Na verdade, visitar grande parte dos locais de interesse referidos neste artigo sem carro ou sem recorrer a um tour é uma tarefa (praticamente) impossível de realizar. Sobretudo os lugares que se encontram fora das principais localidades. Se estiver sem viatura própria, o melhor mesmo é alugar um carro.
Se é nosso leitor assíduo, já sabe que nos nossos roteiros o número de dias é meramente indicativo. Se abdicar de fazer algumas das atividades que sugerimos ou cortar alguns pontos de interesse, pode fazer este roteiro em menos dias.
No sentido oposto, caso pretenda visitar mais algumas aldeias históricas beirãs, percorrer mais alguns percursos pedestres, relaxar nas praias fluviais ou até mesmo dar um pulinho à Serra da Estrela ou à vizinha província espanhola da Extremadura, pode sempre acrescentar mais uns dias ao seu roteiro para visitar a Beira Baixa. Ao longo do roteiro de 5 dias vamos dar-lhe várias dicas com essa finalidade e vai ver que é super fácil transformar esta viagem à Beira-Baixa num par de semanas de férias.
Por último, relembramos que pode perfeitamente dividir este nosso roteiro para visitar a Beira Baixa em várias escapadinhas distintas. Mais à frente vamos apresentar-lhe algumas sugestões nesse sentido. Até porque estamos convictos que depois desta roadtrip pela Beira Baixa vai querer regressar muitas vezes para saborear lentamente esta região maravilhosa do Centro de Portugal.
Roteiro para visitar a Beira Baixa: Dia 1
Vila de Rei
O nosso roteiro para visitar a Beira Baixa arranca em Vila de Rei, um território encantado que já foi pertença da Ordem dos Templários, situada mesmo no Centro Geodésico de Portugal. É verdade que quem vai visitar Vila de Rei encontra um património histórico modesto, mas os tesouros naturais são de valor incalculável.
Posto isto, os locais que consideramos de visita obrigatória e as experiências a não perder em Vila de Rei são as seguintes:
- deambular pelo agradável centro histórico da vila onde irá encontrar a Igreja de Santa Maria, as Capelas da Misericórdia e da Senhora da Guia, a Casa do Capitão Mor, e o interessante Museu do Fogo e da Resina;
- subir ao Picoto da Melriça, onde se encontra o Centro Geodésico de Portugal, que assinala, com pompa e circunstância, o Centro de Portugal. Do alto dos seus 600 metros irá ser brindado com paisagens verdadeiramente esmagadoras;
- percorrer os Passadiços do Penedo Furado, que unem a galardoada Praia Fluvial do Penedo Furado à maravilhosa Cascata do Penedo Furado;
- visitar a apaixonante Aldeia do Xisto de Água Formosa;
- ir a banhos na Praia Fluvial de Fernandaires, uma das nossas favoritas no imenso Lago Azul que é a Albufeira de Castelo de Bode.
Sertã
A próxima paragem do nosso roteiro para visitar a Beira Baixa será na Sertã, uma apaixonante vila da Beira Baixa onde dá gosto deambular sem pressas.
Entre os vários pontos de interesse da vila destacamos o Castelo da Sertã, o edifício dos Paços do Concelho, a Igreja Matriz de São Pedro, a Praia Fluvial da Ribeira Grande e a Ponte Filipina da Sertã, também conhecida pelo nome de Ponte da Carvalha ou Ponte Velha.
A não perder também são as suas iguarias gastronómicas, das quais destacamos o famoso Maranho da Sertã, o Bucho Recheado e os irresistíveis Cartuchos de Amêndoa de Cernache do Bonjardim.
Se visitar a Beira Baixa no verão, não deixe também de dar um saltinho à espantosa Praia Fluvial do Trízio, a rainha das praias fluviais do concelho da Sertã e, sem sombra de dúvidas, uma das melhores praias fluviais da Beira Baixa.
Aldeia de Xisto Pedrogão Pequeno
Da Sertã é um saltinho até à aldeia de xisto de Pedrogão Pequeno, a próxima paragem do nosso roteiro para visitar a Beira Baixa.
O que distingue Pedrógão Pequeno das restantes Aldeias do Xisto do centro de Portugal é que aqui o xisto esconde-se sob rebocos brancos e o granito guarnece portas e janelas. Para além do obrigatório passeio pelas suas estreitas ruas e ruelas, não deixe de visitar a histórica Igreja Matriz, que pertenceu à Ordem de Malta, o Pelourinho e a majestosa Ponte Filipina sobre o rio Zêzere. Vai ser fácil de perceber porque é que Pedrogão Pequeno recebeu o cognome de “jóia da Beira Baixa”!
Não deixe também de subir ao alto do Monte da Senhora da Confiança para desfrutar de deslumbrantes vistas sobre o enorme espelho de água da Albufeira da Barragem de Cabril. É de cortar a respiração!
Aldeia de Xisto Álvaro
Pedrogão Pequeno visitado continue o seu roteiro pela Beira Baixa rumando até à aldeia de xisto de Álvaro, caprichosamente plantada numa encosta sobranceira ao rio Zêzere.
Para além de ter um maravilhoso enquadramento natural, Álvaro é também uma das mais belas “aldeias brancas” da rede das Aldeias do Xisto (a maioria das fachadas das casas de xisto encontra-se rebocada e pintada de branco) tendo sido outrora uma importante povoação da Ordem de Malta, que por lá deixou um riquíssimo património religioso.
É por isso que, apesar de ser uma aldeia relativamente pequena, encontra em Álvaro duas igrejas, a Igreja Matriz de São Tiago Maior e a Igreja da Misericórdia, 7 capelas e um sem número de alminhas. Para conhecer as mais emblemáticas nada como percorrer o Circuito das Capelas, que arranca da Junta de Freguesia e passa pela Igreja Matriz, Capela de Santo António, Capela de São Sebastião, Capela de Nª Srª da Nazaré, Capela da Misericórdia e por várias alminhas.
Para além do património religioso, não deixe de ir também até ao miradouro contíguo à Igreja Matriz para desfrutar de esmagadoras vistas sobre os Meandros do Zêzere e de ir dar um refrescante mergulho na sua maravilhosa praia fluvial (se for verão, claro está).
Oleiros
O primeiro dia do nosso roteiro para visitar a Beira Baixa termina em Oleiros, outra vila que pertenceu à Ordem de Malta. E essas raízes estão bem presentes no rico património religioso situado no centro da vila, do qual destacamos a Igreja Matriz dedicada à Nossa Senhora da Conceição, a Igreja da Misericórdia e a Capela de Nossa Senhora Mãe dos Homens.
Bem mais recente é o Santuário do Cristo-Rei, situado no Alto das Sesmarias, onde brilha uma enorme estátua de granito de Cristo que tem como base uma curiosa capela em formato de cubo. Existe ainda um miradouro onde será brindado com uma excelente vista panorâmica sobre Oleiros e a sua envolvente.
Os outros locais que recomendamos visita em Oleiros são a Ponte Grande sobre a ribeira de Oleiros (de origem romana), da qual poderá avistar a obra Moon Gate (uma das instalações mais emblemáticas da iniciativa Experimenta Paisagem) e a excelente Praia Fluvial do Açude Pinto.
Para fechar o primeiro dia do roteiro para visitar a Beira Baixa com chave de ouro, nada como ir comer um belo de um Cabrito Estonado, o prato-rei de Oleiros, à Adega dos Apalaches. Reserve é com antecedência, senão acaba a chuchar no dedo!
Onde ficar a dormir no 1º dia
O Hotel Santa Margarida apresenta espaços amplos e luminosos, decoração moderna harmonizada aos detalhes rústicos das paredes de xisto identificativas da região, e quartos superconfortáveis e limpos, com varanda mobilada, que emanam conforto, requinte e bom gosto. Outros argumentos de peso: um delicioso pequeno-almoço, duas piscinas exteriores, centro de fitness e serviços de massagens de relaxamento para responder à sua busca de momentos de bem-estar. A criançada não tem mãos a medir com o espaço e equipamentos para a brincadeira. Há ainda um bar e um restaurante, o Callum, onde a cozinha tradicional da região marca presença.
O alojamento de turismo rural Refúgios do Pinhal é o nosso predileto no concelho de Oleiros. Integrados numa propriedade rural, há 10 quartos que oferecem o requinte e o conforto ideal para desfrutar da vida de campo. A arquitetura dos 4 edifícios foi pensada para ligar o passado ao futuro. O aspeto rústico do xisto e da madeira nos espaços exteriores entra portas adentro harmonizando-se com a modernidade da decoração dos interiores. Há ainda um bar, piscina, sala de refeições e todas as condições para desfrutar de uma experiência enriquecedora.
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Mapa do 1º dia do Roteiro para visitar a Beira Baixa
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Roteiro para visitar a Beira Baixa: Dia 2
Miradouro do Zebro
A primeira paragem do segundo dia do nosso roteiro para visitar a Beira Baixa será no Miradouro do Zebro, um dos geossítios mais emblemáticos do Geopark Naturtejo na Serra do Muradal.
No topo desta crista quártzica podem ser observados elementos que constituíam os fundos marinhos há cerca de 500 milhões de anos que foram enrugados e elevados por forças compressivas na sequência da gigantesca colisão continental que originou a formação do supercontinente Pangeia. Para além do enorme interesse geológico, as vistas panorâmicas são de cortar a respiração.
Orvalho
Vistas desfrutadas continue o seu roteiro para visitar a Beira Baixa rumando até à pacata aldeia de Orvalho, para ir conhecer (e percorrer) os fantásticos Passadiços de Orvalho.
Estes soberbos passadiços estão inseridos no PR3 GeoRota do Orvalho e permitem conhecer uma série de geomonumentos classificados pela UNESCO, como sejam a Cascata da Fraga de Água d’Alta, a queda de água mais alta da Beira Baixa e o imponente Cabeço do Mosqueiro, situado a 660 metros de altitude. As vistas do seu altaneiro miradouro são simplesmente esmagadoras e figuram entre as mais icónicas da Beira Baixa.
A GeoRota do Orvalho conta com cerca de 9 km de extensão, mas não vá à espera de encontrar essa extensão em passadiços contínuos. Os novos Passadiços do Orvalho só foram construídos em pontos fulcrais da GeoRota do Orvalho, de forma a tornar viável a passagem por zonas do trilho mais exigentes e, assim, permitir a um número mais alargado de pessoas o acesso aos idílicos locais naturais por onde o percurso passa.
Ao todo serão cerca de um par de quilómetros de passadiços propriamente ditos, sendo que os troços de passadiços mais longos são nas zonas envolventes da Cascata da Fraga de Água d’Alta e do Cabeço do Mosqueiro. Clique para ler o nosso guia completo para percorrer os Passadiços do Orvalho e descarregar o track GPS para levar no seu smartphone.
Aldeia de Xisto Janeiro de Baixo
A próxima paragem do nosso roteiro para visitar a Beira Baixa será na aldeia de Janeiro de Baixo, um autêntico pedacinho do céu situado na margem direita do rio Zêzere.
A praia fluvial desta Aldeia do Xisto em formato de península não só é um verdadeiro encanto, como está apetrechada com tudo e mais alguma coisa (até tem parque de campismo). Se a praia fluvial não lhe tomar todas as atenções, recomendamos que visite também a Igreja Matriz, a Fonte de Mergulho, a antiga Escola Primária e o moinho escavado na rocha.
Logo ao lado de Janeiro de Baixo vai encontrar a Garganta do Zêzere, uma maravilha da natureza que o vai deixar boquiaberto. Este geomonumento que integra o Geopark Naturtejo resulta do choque entre continentes durante mais de 100 milhões de anos e consiste em escarpas quartzíticas que se erguem verticalmente a centenas de metros de altitude.
Aldeia de Xisto Janeiro de Cima
Continue o seu roteiro pela Beira Baixa com uma visita à vizinha aldeia de xisto Janeiro de Cima. Aqui a arquitetura das casas tem a particularidade de misturar o xisto com pedras roladas provenientes do leito do Zêzere.
Para além de deambular pelas suas ruas e quelhas, enquanto passa debaixo de arcos que são no fundo os passadiços que uniam casas opostas, não deixe de visitar a Igreja Velha, a Roda de Janeiro, a Casa das Tecedeiras, o Tear Gigante e a praia fluvial de Janeiro de Cima.
Castelo Novo
O segundo dia do nosso roteiro para visitar a Beira Baixa termina em Castelo Novo, uma das Aldeias Históricas de Portugal.
Castelo Novo fica, literalmente, encaixada numa das encostas da esbelta Serra da Gardunha, numa paisagem em anfiteatro natural que nos eleva a alma. Percorrer as suas quelhas empedradas, bordejadas por um misto de humildes casas e opulentas casas senhoriais, tendo o barulho da água que corre nas suas fontes como banda sonora, ficou-nos tatuado na memória.
Entre os locais que mais gostamos de conhecer destacamos o Castelo e Torre Sineira (erguido sobre um impressionante maciço granítico) a Praça dos Paços do Concelho, a Igreja Matriz, o Chafariz da Bica e os Solares dos Gamboas e D. Silvestre.
Onde ficar a dormir no 2º dia
Carvalhal Redondo – Farm House
A Carvalhal Redondo Farm House , às portas de Castelo Novo, é um alojamento de turismo rural que vai dar que falar. No coração duma quinta com pomares e vinha, a casa de pedra recuperada foi pensada ao detalhe para conquistar quem procura o abraço da natureza e do sossego. Está cuidadosamente decorada em estilo rústico sofisticado para conforto máximo dos hóspedes. Há 6 quartos na Casa da Quinta e a Casa A é um bungalow em madeira, no meio de sobreiros e carvalhos, totalmente equipado, perfeito para uma escapadinha romântica. No exterior há uma piscina, um amplo relvado e terraço para relaxar ao ar livre.
Localizado quase no topo da Serra da Gardunha, o Natura Glamping é uma experiência existencial: um lugar mágico para se conectar com a natureza, com o bem-estar e consigo mesmo. Considerada uma das melhores experiências de glamping em Portugal, e até mesmo da Europa, o Natura Glamping , tem 6 domos geodésicos (tendas de luxo) para até 4 pessoas, casa de banho privada munida de chuveiro com coluna de hidromassagem, produtos de higiene pessoal biodegradáveis, mini fridge e salamandra. Durma sob uma abóbada que lhe dá o céu e um firmamento dum bilião de estrelas. Acordar e a primeira coisa que se vê ser a Serra da Estrela, é privilégio de poucos.
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Mapa do 2º dia do Roteiro para visitar a Beira Baixa
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Roteiro para visitar a Beira Baixa: Dia 3
Garganta do Ocreza
Comece o terceiro dia do seu roteiro para visitar a Beira Baixa rumando até à pacata aldeia de Torre. O objetivo é ir conhecer a magnífica Garganta do Ocreza, um dos segredos mais bem guardados da Beira Baixa.
Aqui, bem perto da sua nascente, o rio Ocreza cavou o seu caminho por entre os gigantescos blocos graníticos da Serra da Gardunha, criando uma profunda e escarpada garganta onde se esconde uma miríade de idílicas cascatas e recônditas piscinas naturais de águas cristalinas, que parecem recortadas de um livro de fantasia.
Para ir conhecer estas maravilhosas cascatas e lagoas da Serra da Gardunha terá de calçar as suas botas de caminhada e percorrer um pequeno troço do Trilho Rota da Gardunha (PR1 CB), entre as aldeias de Torre e Casal da Serra, com sensivelmente 2 km de extensão.
Caso seja adepto de caminhadas, recomendamos vivamente que acrescente mais um dia ao seu roteiro para visitar a Beira Baixa e percorra a totalidade do Trilho Rota da Gardunha (PR1 CB), um percurso circular com cerca de 17 km de extensão. Clique para mais informações sobre os trilhos que conduzem à Garganta do Ocreza e para descarregar o track GPS.
Albufeira da Barragem da Marateca (Santa Águeda)
A próxima paragem do nosso roteiro para visitar a Beira Baixa será na Albufeira da Barragem de Santa Águeda, mais conhecida pelo nome de Barragem da Marateca.
Este enorme lago artificial, alimentado pelas águas do rio Ocreza, é o maior espelho de água da Beira Baixa e um dos melhores locais de toda a região para observação de aves. É possível fazer pequenas caminhadas pela orla do lago e não faltam bons spots para um picnic.
Pode ainda praticar pesca desportiva e desportos aquáticos, como vela e windsurf. Também é possível ir a banhos, mas tenha em atenção que a albufeira não é uma praia oficial vigiada. Como tal, tenha mesmo muito cuidado, sobretudo se for com crianças!
Aldeia de Xisto Martim Branco
Continue o seu roteiro para visitar a Beira Baixa rumando até Martim Branco, uma das aldeias de xisto mais apaixonantes do concelho de Castelo Branco.
Apesar de ser uma aldeia pequenina e sem património histórico de relevo, Martim Branco rouba o coração a quem a visita. Ver o seu casario de xisto perfilado nas margens da ribeira de Almaceda é uma das imagens mais bucólicas da Beira Baixa. Faça um passeio pela rua da Bica, que corre paralela à ribeira, observando os pormenores das habitações e dos palheiros, visite um dos fornos comunitários e dê um saltinho ao açude, o melhor local para se refrescar nos dias quentes de verão.
Aldeia de Xisto Sarzedas
De Martim Branco é um saltinho até à aldeia de xisto de Sarzedas, a próxima paragem do nosso roteiro para visitar a Beira Baixa.
Vamos de um extremo ao outro. Se Martim Branco é uma das aldeias mais pequenas da Rede das Aldeias do Xisto, Sarzedas é uma das maiores, fruto de ter sido outrora uma importante vila e sede de concelho.
A sua importância histórica encontra-se bem patente no seu riquíssimo património histórico, do qual destacamos a bela Igreja Matriz, a altaneira Torre Sineira (as vistas para a aldeia e a charneca que a rodeia são maravilhosas), o Pelourinho de base Manuelina, a Capela da Misericórdia e a Fonte dos Namorados.
Castelo Branco
O terceiro dia do nosso roteiro para visitar a Beira Baixa termina na cidade de Castelo Branco, a capital da região da Beira Baixa.
Localizada entre ondulantes montanhas e extensas planícies beirãs, Castelo Branco guarda um património histórico e cultural riquíssimo. Uma autêntica caixinha de surpresas que apetece abrir sem pressa.
Como o centro histórico é relativamente compacto, é simplesmente perfeito para se explorar a pé. Os locais de visita obrigatória e as experiências a não perder em Castelo Branco são as seguintes:
- deambular pelo antigo burgo medieval e judiaria onde irá encontrar vários solares e lindos portados quinhentistas. Preste especial atenção aos monumentos que se situam na Praça de Camões e arredores, como a antiga Domus Municipalis de estilo manuelino (antiga Câmara Municipal, tribunal e cadeia), a Casa do Arco do Bispo, o Palácio dos Viscondes de Portalegre e a Torre do Relógio;
- visitar a imponente Igreja de São Miguel, a Sé Concatedral de Castelo Branco;
- subir ao altaneiro Castelo dos Templários de Castelo Branco e passear pelas suas muralhas enquanto desfruta de admiráveis vistas 360º sobre a cidade;
- passear pelo maravilhoso Jardim do Paço Episcopal de Castelo Branco, um dos jardins barrocos mais bonitos de Portugal;
- visitar a Igreja e Convento da Nossa Senhora das Graças;
- desfrutar das maravilhosas vistas do Miradouro de São Gens de onde, em dias limpos, poderá observar a Barragem da Marateca, a Serra da Gardunha e a Serra da Estrela (no inverno, quando a neve pinta as serras beirãs, é de fazer cair o queixo!);
- ir ao Museu Cargaleiro, localizado no Solar dos Cavaleiros, apreciar as soberbas obras do pintor e ceramista Manuel Cargaleiro;
- visitar o Centro de Interpretação do Bordado de Castelo Branco, para aprender tudo sobre a arte dos singulares bordados albicastrenses.
Onde ficar a dormir no 3º dia
Localizado no topo duma colina, com vistas panorâmicas para Castelo Branco, o Meliá Castelo Branco apresenta interiores amplos repletos de luz e oferece um centro de bem estar com piscina interior, sauna e banho turco, ginásio, campos de ténis e campos de squash, um piano bar e um restaurante, a par de comodidades para empresas. O conforto sofisticado e a simpatia da equipa, complementam os serviços de qualidade. Desfrute das vistas na varanda privada do seu quarto moderno, elegante, amplo e climatizado, com casa de banho privada, minibar, máquina de café e TV ecrã. O pequeno almoço buffet é muito elogiado.
Tem a humildade e aconchego dos hotéis de 2 estrelas situados no coração dum centro histórico, mas o Hotel Império do Rei tem uma relação qualidade-preço muito positiva. Mobiliário e decoração espelham a génese deste hotel que ocupa um edifício icónico de Castelo Branco. Tem uma equipa cinco estrelas, que se supera na arte de bem receber e o pequeno almoço é uma sucessão de miminhos deliciosos. Os quartos, aconchegantes e funcionais, têm todo o conforto que se precisa e a limpeza é irrepreensível. A somar, oferece estacionamento gratuito.
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Mapa do 3º dia do Roteiro para visitar a Beira Baixa
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Roteiro para visitar a Beira Baixa: Dia 4
Idanha-a-Velha
O quarto dia do nosso roteiro para visitar a Beira Baixa arranca com uma visita a Idanha-a-Velha. Esta é uma das aldeias mais ancestrais da rede das Aldeias Históricas de Portugal com uma história que remonta ao longínquo século I a.C.
Começou por ser uma villa romana, foi integrada no reino dos visigodos e suevos após as invasões bárbaras (na altura era conhecida pelo nome de Egitânia), passou por mãos muçulmanas e foi reconquistada pelos cristãos no século XII e doada à Ordem dos Templários por D. Dinis para que fosse reconstruída.
Posto isto, não é de admirar que cada pedra de Idanha-a-Velha tenha uma história para contar. E olhe que Idanha-a-Velha tem mesmo muitas pedrinhas.
Os locais mais emblemáticos de Idanha-a-Velha, aos quais recomendamos visita, são a Sé Catedral (onde coexistem elementos da cultura romana, paleocristã, visigótica e medieval), os vestígios arqueológicos pertencentes à antiga villa romana, a icónica Torre Templária, a Capela de S. Sebastião, a Igreja Matriz e o Pelourinho, as Muralhas Romanas e a Ponte Romana sobre o rio Pônsul.
Monsanto
Sempre dissemos que Monsanto oferecia um cenário perfeito para um filme vencedor de Óscar e parece que alguém prestou atenção. Monsanto foi recentemente palco e cenário das gravações da nova série da saga Guerra dos Tronos. Pelo menos, podemos torcer por um Golden Globe.
Uma aldeia plantada no topo dum monte, coroado por um castelo de fantasia e casas “feitas” de gigantescos penedos de granito, parece fruto da imaginação. Mas a aldeia de Monsanto está longe de ser ficção. É bem real e até recebeu o epíteto da Aldeia mais Portuguesa de Portugal, fruto de um concurso organizado pelo Estado Novo nos anos 30. Agora é a mais famosa das Aldeias Históricas de Portugal.
A aldeia de Monsanto divide-se em duas zonas distintas. A zona alta, onde está o Castelo construído pelos Templários, e a zona baixa onde fica o casario.
Na parte baixa os destaques vão para a Igreja Matriz, a Igreja da Misericórdia, a Torre do Lucano (ou Torre do Relógio), o Cruzeiro de São Salvador, o Miradouro da Praça dos Canhões e a icónica Casa entre Penedos (que parece uma casa dos Flintstones).
Para visitar a parte cimeira de Monsanto não se livra de uma caminhada pelo empinado Trilho dos Penedos Juntos. O bom é que pelo caminho pode desfrutar das fantásticas vistas com que nos brinda o Penedo do Pé Calvo, visitar a Gruta de Monsanto e as castiças furdas (antigas pocilgas).
Uma vez na parte alta, não deixe de subir e passear pelas muralhas do Castelo, de visitar as ruínas da Torre de Menagem, a Capela de Santa Maria do Castelo e a Capela românica de S. Miguel. É, literalmente, um dos momentos mais altos do nosso roteiro para visitar a Beira Baixa!
Penha Garcia
A próxima paragem do nosso roteiro para visitar a Beira Baixa é em Penha Garcia, uma aldeia que é um autêntico postal ilustrado do Centro de Portugal. Profundamente ligada à Ordem dos Templários, a quem D. Dinis doou o seu castelo, Penha Garcia tem o condão de enfeitiçar quem a visita.
Percorrer os becos e sinuosas ruelas que serpenteiam o casario muralhado, subir ao castelo, para “beber” a magnífica paisagem do rendilhado vale do Rio Pônsul e trocar dois dedos de conversa com as suas gentes figura entre as melhores memórias que temos da nossa passagem pela região da Beira Baixa.
Mas há mais! Bem escondidinha por detrás do castelo de Penha Garcia vai encontrar a fantástica Praia Fluvial do Pego, com um enquadramento paisagístico difícil de igualar e uma estupenda piscina natural, embelezada por uma idílica cascata que faz suspirar os enamorados.
Para mais, encontra-se inserida no Parque Icnológico de Penha Garcia, que pertence ao Geopark Naturtejo, sendo o ponto de partida perfeito para percorrer a Rota dos Fósseis, um pequeno percurso pedestre circular de 3 km, onde não só irá descobrir dezenas de fósseis com cerca de 480 mil milhões de anos, como também visitar os históricos moinhos de rodízio e a barragem de Penha Garcia.
Penamacor
Penha Garcia visitada, continue o seu roteiro para visitar a Beira Baixa rumando até Penamacor, a famosa Vila Madeiro.
Com o seu castelo altaneiro, a vila fronteiriça plantada num cabeço de barrocal granítico, entre as ribeiras de Ceife e Taliscas, é outro verdadeiro cartão postal da Beira Baixa, independentemente do ponto donde se aviste.
Comece por visitar a zona monumental do Castelo de Penamacor, o ex-libris da vila. A entrada nas muralhas faz-se pela estrada empedrada que conduz à Igreja da Misericórdia do século XVI e seu belíssimo portal manuelino, ou pela Rua das Escadinhas, a pé e deambulando pelo casario típico. Entrando pela Porta da Vila, em cima da qual subsistem os Antigos Paços do Concelho, encontrará o Pelourinho quinhentista de Penamacor. Dirigindo-se à imponente Torre de Menagem, passa pelo largo de Santa Maria onde estão os vestígios duma ancestral capela dedicada à Virgem.
Depois desça ao centro da vila onde irá encontrar a secular Igreja Matriz e a Igreja de São Tiago, junto da qual se faz a Queima do Madeiro, a enorme fogueira que “aquece a vila” na época natalícia e uma tradição secular que move os jovens da terra. E o Madeiro de Penamacor tem de ser o maior da região. Percebe agora porque Penamacor se apelida de Vila Madeiro?
Praia Fluvial do Meimão
Para fechar com chave de ouro o quarto dia do seu roteiro para visitar a Beira Baixa, nada como ir até à Praia Fluvial do Meimão.
A construção da Barragem da Meimoa veio pintar de azul a enorme mancha verde da Serra da Malcata. Para além de ter criado um verdadeiro oásis na Beira Baixa, permitiu o surgimento duma das melhores praias fluviais de albufeira do centro de Portugal.
Na Praia Fluvial do Meimão tem mesmo tudo o que precisa para preencher um belo dia de verão: praia com relvado, com areal, sombras, piscina flutuante dividida em duas áreas com profundidades diferentes, prancha de saltos, cais para embarcações (pode fazer passeios de barco, caiaque e gaivotas), parque de merendas com grelhadores e um café/restaurante com uma estupenda esplanada, perfeita para assistir ao pôr-do-sol.
Onde ficar a dormir no 4º dia
O Moinho do Maneio é um recanto mágico a escassos 8 km de Penamacor e às portas da Serra da Malcata. Um oásis de sossego que recomendamos sem hesitação pelo contato privilegiado e singular com a natureza. As casas com kitchenette equipada e os quartos privados ocupam casinhas individuais e preservam o estilo rústico das casas de xisto originais. Mas a estrela é a Bolha, um tenda insuflada cujo teto transparente permite realizar o sonho de dormir sob as estrelas. O tempo passa sem culpas nesta “mini aldeia” em momentos de puro lazer entre banhos de piscina ou rio, estendido na espreguiçadeira ao sol ou no hammok à sombra, passeios a pé na quinta ou de canoa na ribeira, aconchegado à lareira ou a apanhar ar fresco num terraço só seu. Há massagens para serenar energias e um pequeno almoço divinal para as repor.
Monsanto GeoHotel Escola (Monsanto)
Bem no coração da aldeia, com estacionamento público muito próximo, o Monsanto GeoHotel Escola tem um terraço com vistas privilegiadas que vão ficar gravadas na sua memória. Lá dentro, um ambiente acolhedor com detalhes de design contemporâneo e uma equipa fantástica esperam por si. Esta comodidade e ótima atenção hoteleira em pleno ambiente rural são a chave do sucesso. Os quartos privados, com mobiliário contemporâneo e decorados em tons harmoniosos, superam expetativas no conforto e limpeza. O pequeno-almoço buffet é nada menos que fabuloso, com opções continental e sem glúten.
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Mapa do 4º dia do Roteiro para visitar a Beira Baixa
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Roteiro para visitar a Beira Baixa: Dia 5
Vila Velha de Rodão
Comece o último dia do seu roteiro para visitar a Beira Baixa rumando até Vila Velha de Rodão, situada nas margens do rio Tejo, onde a Beira Baixa abraça o Alto Alentejo.
O grande ex-libris de Vila Velha de Rodão é o Monumento Natural das Portas de Rodão, uma imponente garganta de 45 metros de largura escavada pelo rio Tejo na crista quartzítica da Serra das Talhadas e do Perdigão. As duas escarpadas paredes atingem uns incríveis 170 metros de altura fazendo lembrar duas colossais portas de rocha, uma localizada na margem do Tejo pertencente à Beira Baixa e a outra na margem pertencente ao Alto Alentejo.
Para além de ser um dos monumentos geológicos mais fascinantes de Portugal, as Portas de Rodão são também a casa de uma das maiores colónias de grifos (abutres) do nosso país.
Sugerimos que comece a sua visita a Vila Velha de Rodão com um passeio ribeirinho desde o parque adjacente ao Cais de Vila Velha de Ródão até à Foz da Ribeira do Enxarrique, onde se encontra a Estação Arqueológica da Foz do Enxarrique, considerado um dos sítios arqueológicos e paleontológicos mais importantes a nível internacional. Neste local foram encontrados vestígios da presença do Elefante Europeu antes da sua derradeira extinção durante a última glaciação.
Depois da curta caminhada não deixe de fazer um passeio de barco pelo rio Tejo que o levará a atravessar as Portas de Rodão. Para além de poder ver de perto a imponência das escarpas quártzicas poderá, com alguma sorte, observar os majestosos grifos que nelas habitam.
Feche a sua visita a Vila Velha de Rodão subindo ao altaneiro Castelo de Rodão, mais conhecido pelo nome de Castelo do Rei Wamba, o nome do rei visigodo que nele habitou.
O castelo não é particularmente imponente mas a sua localização é nada menos do que idílica. É que o Castelo do Rei Wamba ergue-se numa escarpa sobranceira ao rio Tejo, mesmo sobre as Portas de Ródão. Do miradouro construído junto à Torre de Menagem terá uma vista aérea sobre o rio Tejo e as Portas de Rodão de cortar a respiração. Imperdível!
Aldeia de Xisto Foz do Cobrão
A próxima paragem do nosso roteiro para visitar a Beira Baixa será na Foz do Cobrão, uma das nossas aldeias de xisto favoritas na Beira Baixa.
Foz do Cobrão tem um enquadramento natural verdadeiramente brutal, pois fica localizada no sopé da Serra das Talhadas, no preciso local em que a ribeira do Cobrão desagua no rio Ocreza.
Não deixe de passear pelas suas ruelas típicas, de conhecer a antiga Fábrica de Fiação, os moinhos de rodízio, o forno comunitário e a sua encantadora praia fluvial, que é no fundo uma idílica infinity pool natural, bordejada por um pequeno areal e um enorme rochedo, que se projeta na Cascata Poço de Mel.
Portas de Almourão
Da Foz do Cobrão é literalmente um saltinho até às Portas de Almourão, outra joia geológica do Geopark Naturtejo que se esconde bem pertinho da aldeia do xisto de Foz do Cobrão.
O fenómeno geológico é semelhante ao das Portas de Rodão mas o enquadramento paisagístico é muito mais selvagem. Neste ponto do vale do rio Ocreza as linhas de água abriram à força caminho por entre a muralha de rocha da Serra das Talhadas criando dois impressionantes picos quártzicos nas margens do rio Ocreza, que hoje servem de casa a grifos e abutres.
Para admirar esta maravilha da natureza foi criado um fantástico miradouro de fácil acesso, situado a menos de um quilómetro de Foz do Cobrão. Observar este incrível fenómeno geológico, com o magistral voo dos grifos e abutres a decorar os céus, será um dos momentos altos do seu roteiro para visitar a Beira Baixa!
Praia Fluvial de Fróia
A próxima paragem do nosso roteiro para visitar a Beira Baixa é na apaixonante Praia Fluvial de Fróia, um autêntico pedacinho do céu no Centro de Portugal.
A praia fica idilicamente encaixada num frondoso vale por onde corre a ribeira da Fróia, cujas cristalinas águas são distinguidas, ano após ano, com Qualidade de Ouro pela Quercus. Para além do lindíssimo enquadramento paisagístico possui várias zonas para ir a banhos (inclusivamente piscina infantil), imensas sombras e locais onde estender a toalha e até mesmo um par de fotogénicas cascatas e moinhos de água em xisto recuperados.
A nível de infraestruturas de apoio também não lhe falta nada. Bar-restaurante com esplanada, rampas de acesso para pessoas com mobilidade reduzida, WC e balneários, parque de merendas, nadador salvador na época balnear e até mesmo um parque infantil, para gáudio dos mais pequenos.
Aldeia de Xisto Figueira
O nosso roteiro para visitar a Beira Baixa prossegue com uma visita a Figueira, outra das aldeias do xisto da Beira Baixa que consideramos de visita obrigatória.
Uma das suas grandes particularidades é que a aldeia foi construída quase como se de uma fortificação se tratasse. Nas entradas para a zona do casario foram construídas cancelas, que receberam o nome de “portas” da aldeia, e que se fechavam à noite para proteger a aldeia das investidas dos lobos. Hoje já não há muitas feras, mas as portas ainda lá estão, talvez para lembrar que a união comunitária é a grande força que move as gentes desta aldeia de xisto.
Visitar Figueira é uma verdadeira viagem no tempo, que aqui teima em não dar tréguas ao inclemente ponteiro dos relógios. Em Figueira o tempo passa devagar. As hortas ainda florescem, os animais ainda deambulam pelas estreitas ruelas, o forno a lenha comunitário ainda guarda o aroma do pão acabado de cozer e os “bons dias” ainda são dados com um sorriso.
Praia Fluvial do Malhadal
Fechamos o nosso roteiro para visitar a Beira Baixa com a Praia Fluvial do Malhadal, um dos ex-libris do concelho de Proença-a-Nova.
Para começar tem um enquadramento paisagístico de deixar qualquer amante da natureza a babar. É que a Praia Fluvial do Malhadal fica idilicamente situada no sopé da Serra de Alvéolos, inserida numa extensa albufeira alimentada pelas cristalinas águas da Ribeira de Isa, completamente cercada por luxuriante vegetação.
Depois, tem uma piscina flutuante fantástica, dividida em duas áreas com profundidades diferentes, uma ponte flutuante que permite atravessar a ribeira a pé (que os mais valentes usam como prancha de mergulho nas refrescantes águas da albufeira), um excelente parque aquático mesmo ao lado (entrada paga), gaivotas e caiaques para alugar (não deixe de fazer um passeio ribeira acima) e infraestruturas de apoio excelentes.
Onde ficar a dormir no 5º dia
Numa mansão familiar do início do século XX, em Proença-a-Nova, o Amoras Country House Hotel é um hotel de 4 estrelas que apresenta quartos privados com varanda, climatizados, modernos, camas muito confortáveis, com uma decoração contemporânea e um toque de rústico-sofisticado. Se a tentadora piscina exterior, com um terraço com espreguiçadeiras, faz as delícias dos hóspedes no verão, o bar e restaurante servem delícias o ano inteiro. Comprove ao pequeno-almoço que está para lá de excelente.
As Casas do Almourão estão localizadas na Aldeia de Xisto de Foz do Cobrão e dispõem de 4 casas com vistas panorâmicas deslumbrantes para a Serra das Talhadas, para o Rio Ocreza e para o Ribeiro Cobrão. Todas as casas são alusivas às atividades de outrora da região e incluem 2 quartos com 1 cama de casal, uma casa de banho e uma kitchenette totalmente equipada. A sala de estar está equipada com ar condicionado uma televisão de ecrã plano, um sofá e uma varanda.
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Mapa do 5º dia do Roteiro para visitar a Beira Baixa
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Sugestão para escapadinhas de 2 ou 3 dias à Beira Baixa
Como referimos no início do artigo, não precisa de visitar a Beira Baixa de uma assentada só. Pode perfeitamente dividir as suas visitas em várias escapadinhas de fim-de-semana pela Beira Baixa e até mesmo aproveitar para visitar outros destinos que ficam em caminho, como sendo a Serra da Estrela, as Aldeias Históricas da Beira Alta, a Serra do Açor, o Parque Natural de São Mamede e o Médio Tejo.
Abaixo encontra três sugestões de escapadinhas na Beira Baixa que consideramos perfeitas para recarregar baterias.
Escapadinha à Beira Baixa 1: Entre o Tejo e o Zêzere
Vila de Rei – Sertã – Pedrogão Pequeno – Álvaro – Oleiros – Proença-a-Nova – Foz do Cobrão – Vila Velha de Rodão – Mação
Escapadinha à Beira Baixa 2: Entre a Serra da Gardunha e a Serra da Estrela
Castelo Novo – Alpedrinha – Fundão – Covilhã – Belmonte – Manteigas – Torre da Serra da Estrela
Escapadinha à Beira Baixa 3: Pela Raia e Terras de Templários
Castelo Branco – Idanha-a-Nova – Idanha-a-Velha – Monsanto – Penha Garcia – Penamacor – Sortelha – Sabugal
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