Verdade seja dita, visitar Bragança é daqueles lugares imperdíveis que se vão adiando com a desculpa da distância. Do longe se faz perto e fomos à descoberta do enorme potencial turístico do Município de Bragança, no Nordeste de Portugal. Agora, desenhámos, para si, esta sugestão dum roteiro para visitar Bragança com o que ver e fazer, hotéis onde dormir em Bragança e arredores, restaurantes onde comer que são referências gastronómicas e um mapa interativo para não perder pitada quando visitar Bragança.
Este concelho do Norte de Portugal, em Trás-os-Montes, foi crucial na defesa da fronteira portuguesa e carrega um legado histórico de elevada importância na constituição da nacionalidade. Celtas, romanos, árabes entre outros povos ocuparam o território e até a vizinha Castela cobiçou este pedaço de Terra Fria transmontana. Desde 1187 que a sua importância estratégica é reconhecida, com carta de foral especial, por vários monarcas portugueses e em 1464 é elevada a cidade.
O distrito de Bragança integra a Reserva da Biosfera Transfronteiriça Meseta Ibérica reconhecida pela UNESCO. Beneficia dum património natural de rara beleza e diversidade contando, dentro do seu território, com dois parques naturais (a excelsa vegetação serrana no Parque Natural do Montesinho e as majestosas arribas do canhão de rio no Parque Natural do Douro Internacional), o Geopark Terras de Cavaleiros cujas formações rochosas são únicas no mundo, e uma parcela significativa do Parque Natural Regional do Vale do Tua.
Posto isto, não é de espantar que o slogan da mais recente campanha de promoção turística leia “Bragança Naturalmente”. Muito mais do que uma palavra bonita, “naturalmente” descreve na perfeição esta região remota onde o homem vive, de corpo e alma, uma relação íntima e de respeito com a natureza que é alimento, abrigo e alento.
A verdade é esta: Bragança está bem mais perto do que julga e tem muitos argumentos para ser um destino de topo para uma escapadinha, um passeio cultural e, até mesmo, umas férias prolongadas.
Conteúdo deste Artigo
- 1 Onde fica e como chegar a Bragança?
- 2 Quando visitar Bragança?
- 3 Onde ficar a dormir em Bragança? Sugestões de alojamento
- 4 O que visitar em Bragança?
- 5 O que visitar no Concelho de Bragança – melhores destinos perto de Bragança
- 6 Restaurantes onde comer em Bragança?
- 7 Mapa do que ver e fazer num roteiro para visitar Bragança
- 8 Outros artigos de Trás-os-Montes e Alto Douro
Onde fica e como chegar a Bragança?
De carro: O meio de transporte mais escolhido para chegar a Bragança é o carro. As principias e mais rápidas vias de entrada na cidade de Bragança são a A4 e o IP2.
Hoje em dia, “de Lisboa a Bragança” já não “são 9 horas de distância” como ditava a música dos Xutos & Pontapés. Leva menos de 5 horas a percorrer os cerca de 500 km que separam Lisboa de Bragança. Isto porque Bragança está muito bem servida de acessos rodoviários.
Do Porto, em pouco mais de 2 horas cobre os 200 km que separam as duas cidades. Bragança goza ainda de boa localização relativamente a grandes cidades espanholas como Zamora (cerca de 100 km), Salamanca (174 km), Madrid (355 km) e é a base ideal para visitar Puebla de Sanabria (40 km).
De autocarro: Há autocarros diários para Bragança com partida das principais cidades portuguesas. A viagem é longa e morosa, mas é uma solução económica para quem viaja sozinho. Consulte horários e preços na Rede Expressos.
Bragança não tem ligação de comboio/trem.
Quando visitar Bragança?
A melhor época do ano para visitar Bragança depende muito dos seus interesses.
Se pretende explorar o património histórico-cultural e deliciar-se com a gastronomia regional, qualquer estação do ano é perfeita.
Na gíria popular transmontana é comummente utilizada a expressão “nove meses de inverno e três de inferno” para caracterizar o clima das Terras Frias e dos planaltos transmontanos que imperam no distrito de Bragança. É verdade que a região tem fama (e proveito) de invernos frios prolongados e verões curtos e quentes.
As temperaturas são mais amenas no final da primavera e início do outono, alturas do ano que aconselhamos para fazer caminhadas.
Na primavera, a chuva e o degelo enchem rios, ribeiros e riachos que correm selvagens. Somos brindados com os montes ondulantes pintados de tons florais dominados pela esteva, giesta, carqueja e urze. As amendoeiras em flor, entre março e abril, proporcionam um espetáculo raro revestindo o território dum manto branco. Um manto branco diferente do que podemos ver no inverno, quando a neve caída sobre a cidade a torna mais cintilante.
O outono traz a frescura ansiada dos quentes dias de verão, que aqui podem ser inclementes. A paisagem reveste-se de tons quentes outonais apaixonantes: o restolho pinta os campos rurais de ouro, a terra lavrada faz uma paleta completa de tons avermelhados, os amieiros traçam linhas amarelas ao longo dos cursos de água, laranjas, marrons e bordeaux dominam as vinhas e vestem carvalhos, a folhagem dourada das faias… Permeados pelos dois verdes intensos distintos dos castanheiros, em extensões de soutos a perder de vista: o verde escuro da folhagem e o verde claro dos ouriços das castanhas. Com a queda da folha, a natureza “tece” fofos tapetes de folhagem multicolorida, onde até apetece rebolar.
As temperaturas baixas não demovem os brigantinos de celebrar o ciclo da vida e da natureza, o principal mote das suas tradições e costumes mais identitários. Aliás, variadíssimas manifestações populares e culturais preenchem as Festas de Inverno (geralmente, de novembro a fevereiro/março) e são, provavelmente, as mais desconhecidas da maioria dos portugueses, mas vividas mais intensamente pelas gentes da terra.
Anote estas datas na sua agenda se quiser visitar Bragança num dos seus eventos mais marcantes.
Festas de Bragança (agosto): A época alta para visitar Bragança é no verão, quando os dias são longos e a agenda de eventos está preenchida de festas e atividades. O destaque vai obviamente para as Festas de Bragança, dedicadas à padroeira, Nossa Senhora das Graças, culminando no feriado municipal de 22 de agosto.
De 25 de Dezembro ao Dia de Reis: Desde o dia de Santo Estevão ao Dia de Reis não há parança nas aldeias de Bragança, quando acontecem as Festas dos Rapazes. Afinal, os Caretos não saem à rua só no Carnaval. Cada aldeia tem as suas tradições ancestrais para celebrar o solstício de inverno, cuja origem já se perdeu na memória, mas cruzam os ritos solsticiais Celtas, costumes Zoelas, juvenálias e calendas romanas.
Queima do Diabo (Carnaval): O Entrudo é sempre uma excelente altura do ano para visitar Bragança e arredores. No sábado antes do dia de Carnaval, as ruas da cidade enchem-se de Caretos vindos das aldeias vizinhas, e até de Léon e de Zamora. Envergando os seus trajes tradicionais e revivendo costumes antigos, correm, saltam, chocalham e brincam pelas ruas acima, até ao Castelo de Bragança onde o dia culmina com a Queima do Diabo. Nos dias seguintes, até à Quarta-Feira de Cinzas, é ir vê-los às respetivas aldeias.
Brama do Veado (setembro e outubro): Ok, não é uma festa! Mas é uma experiência e os amantes da natureza sabem o espetáculo singular que é a Brama dos Veados (chamada de acasalamento). Com alguma sorte, é possível ouvir uma dezena de machos da população de veado vermelho do Parque Natural do Montesinho bramir, alto e bom som, para atrair as fêmeas.
Novembro: Com o findar das colheitas, as atenções viram-se para inúmeros mercados e feiras, as festas e magustos em que a castanha é rainha (produto fundamental em Trás-os-Montes) e as rotas micológicas (para quem queira aprender mais sobre cogumelos silvestres).
Onde ficar a dormir em Bragança? Sugestões de alojamento
A oferta de alojamento em Bragança é atualmente bastante variada, desde hotéis económicos com todas as comodidades para uma noite de estada, ao luxo duma pousada, passando pela modernidade dum alojamento local citadino ou pela tranquilidade e privacidade dum Turismo Rural em casas típicas.
Se quiser ficar mesmo no centro da cidade, o Solar de Santa Maria é a sua melhor aposta. Sinta-se como verdadeira realeza neste solar do século XVII recuperado, com detalhes de requinte patentes nas madeiras lavradas, no mobiliário clássico nobre e nas peças de decoração refinadas. Se o tempo estiver de feição, usufrua do seu tempo de lazer no jardim com claustro da propriedade.
Pousada de Bragança – São Bartolomeu
Para quem procura um pouco mais de luxo, com sobriedade e elegância, a Pousada de Bragança – São Bartolomeu é a escolha ideal. Com uma relação qualidade-preço ótima, os quartos são irrepreensíveis em comodidade, limpeza e estética, beneficiando de varanda privada com vistas para o castelo e as montanhas. A pousada soma ainda mais pontos no pequeno-almoço incluído, na piscina exterior e no restaurante de grande qualidade.
O Hotel São Lázaro é já um clássico dos hotéis da cidade de Bragança. Agora, com a recente remodelação, os espaços estão ainda mais agradáveis e modernos. A unidade hoteleira de três estrelas merece elogios nas categorias do conforto, limpeza e serviço. Dispõe de quartos amplos, luminosos, com mobiliário prático sem sacrificar minimamente a estética. Várias noites seguidas, era só deitar na cama king-size, assentar a cabeça na almofada fofa e aconchegar a “manta” que caíamos num sono tranquilo de imediato. Salientamos ainda o pequeno-almoço, com variedade e qualidade para satisfazer várias dietas.
As Candeias do Souto ficam na aldeia de Meixedo, já no Parque Natural do Montesinho distando nove quilómetros do centro histórico de Bragança. O silêncio da serra mora nesta casa de Turismo Rural onde o xisto, a lousa e a madeira se interligam às comodidades modernas na perfeição. E o pequeno-almoço é uma perdição de mimos regionais locais.
As comodidades e serviços são as dum hotel moderno que se espera encontrar na cidade, mas O Abel, Hotel Rural está rodeado da paz e sossego da bela aldeia de Gimonde. Cada quarto tem uma varanda ou terraço individual irresistível. O pequeno-almoço é de comer e chorar por mais. Afinal, no Abel não percebem só de posta mirandesa! (Leia a secção “onde comer” e perceberá.)
O que visitar em Bragança?
Este roteiro para visitar Bragança começa no centro histórico de Bragança, um conjunto arquitetónico que nos transporta às várias épocas áureas da cidade batizada de Brigância pelos Celtas. O Centro Histórico de Bragança é relativamente pequeno, logo, a melhor maneira de visitar os principais pontos de interesse de Bragança é a pé. Há três núcleos imperdíveis para quem vai visitar Bragança pela primeira vez. São eles o Castelo de Bragança e respetiva Cidadela, a Rua dos Museus e a Praça da Sé onde se concentram as atrações de relevo. Caso o tempo seja escasso, é aqui que deve focar as suas atenções num roteiro por Bragança.
Centro histórico de Bragança
Bragança é uma cidade com coração. E se duvida, saiba que as muralhas do Castelo de Bragança desenham um coração, abraçando a Cidadela, o burgo mais antigo ainda vivo, que se abriga sob a sua proteção.
É aqui que sugerimos iniciar o seu roteiro para visitar Bragança, na parte alta. Faça uma entrada triunfal, quer pela Porta do Sol (a leste) quer pela Porta da Vila (a oeste).
Chegando ao largo do castelo, o mais provável é ficar de queixo caído. Esteja à vontade, acontece a todos. O Castelo de Bragança é um dos mais belos e bem preservados castelos de Portugal com belíssimos janelões góticos.
Visite a Torre de Menagem quatrocentista, em alvenaria de xisto, que acolhe o distinto Museu Militar de Bragança. Deixe-se tomar pela fantasia com a lendária Torre da Princesa e suba a um dos torreões para vistas deslumbrantes sobre a cidade de Bragança e seus arredores.
Descubra outras atrações imperdíveis como a Igreja de Santa Maria (ou de Nossa Senhora do Sardão), a mais antiga de Bragança originalmente românica, mas com elementos barrocos e renascentistas atualmente, cujo interior desvenda espantosas pinturas tridimensionais.
Praticamente colado, descubra o enigmático Domus Municipalis, um edifício românico pentagonal, único na arquitetura civil da Península Ibérica onde se crê ter havido as reuniões (algumas secretas) dos “homens bons”.
Ainda dentro da cidadela, visite o Museu Ibérico da Máscara e do Traje, um dos museus mais interessantes de Bragança com uma aliciante coleção de máscaras e trajes dos tradicionais Caretos.
Faça parte deste “coração” calcorreando as muralhas e desvende outros encantos da cidadela, entre eles o Pelourinho medieval assente sobre um berrão, a representação zoomórfica duma porca esculpida em granito, testemunho das origens celtas da cidade. Perca-se pelas ruas estreitas, empedradas, antigas, cheias de caráter, ladeadas por castiças casas que se esqueceram da idade.
Fora das muralhas, reserve tempo para passear pelo Jardim do Castelo, descobrir a Fonte da Rainha e a Capela de Nossa Senhora da Saúde. Aprecie a beleza estética do teto mudéjar da Igreja de São Bento, e a fachada maneirista do Convento e Igreja de São Francisco, relevante na rota dos peregrinos de Santiago de Compostela em cujo interior foram recentemente descobertos frescos medievais.
Rua dos Museus
Continue o seu roteiro de Bragança descendo até à Rua dos Museus, oficialmente Rua Abílio Beça. Em apenas 500 metros encontra cinco museus que merecem destaque, motivo que leva muitos a visitar Bragança colocando-a na mira dos amantes da história, arqueologia, etnografia e arte.
- Museu do Abade de Baçal: reúne, no antigo Paço Episcopal, um vasto espólio arqueológico, etnográfico e religioso, que retrata os períodos históricos e os aspetos culturais mais importantes da região brigantina.
- Centro de Arte Contemporânea Graça Morais: expõe obras da aclamada artista transmontana Graça Morais a par de exposições temporárias de outros artistas plásticos.
- Centro de Fotografia Georges Dussaud
- Memorial e Centro de Documentação Bragança Sefardita
- Centro de Interpretação da Cultura Sefardita do Nordeste Transmontano
Ao percorrer a Rua dos Museus, terá ainda oportunidade de visitar a Igreja de São Vicente, a Igreja da Misericórdia e a Igreja de Santa Clara no antigo convento onde é venerada a Senhora das Graças, padroeira de Bragança.
Salientamos a belíssima Igreja de São Vicente da qual se destaca a fachada lateral com portal maneirista, chafariz com armas reais e capela dos Passos, a talha dourada da capela-mor em estilo rocaille e a belíssima sacristia. Foi palco de episódios lendários como o casamento secreto do Rei de Portugal Dom Pedro com Dona Inês de Castro. Um painel de azulejos na fachada norte relembra a união secreta.
Praça da Sé
Qualquer roteiro para visitar Bragança tem que contemplar a passagem pela Praça da Sé, uma praça ampla e airosa, centrada pelo cruzeiro, presidida pela Sé Velha de Bragança e rodeada de antigas casas brasonadas e solares que ainda agraciam este centro nevrálgico da cidade de Bragança.
A Sé Velha de Bragança data do século XVI. Com o intuito inicial de servir de convento das monjas clarissas, acaba por ser entregue aos jesuítas que o convertem num dos colégios de estudos superiores mais prestigiados da região. A sede diocesana foi transferida de Miranda do Douro para Bragança em 1764, passando o complexo conventual e igreja consagrada a São João Batista e ao Santo Nome de Jesus a ser a catedral diocesana. Reserve tempo no seu roteiro de Bragança para visitar a igreja. Vale muito a pena!
O restante conjunto arquitetónico do convento foi recuperado em 2004 pelo município, para instalar o Centro Cultural Municipal Adriano Moreira, a Biblioteca Municipal, a Biblioteca Adriano Moreira, a Academia de Letras de Trás-os-Montes, o Conservatório de Música, salas de exposições e espaço de memória da Cidade. O acesso à maioria dos espaços culturais faz-se pela Praça Camões, uma praça muito ampla usada para a realização de grandes eventos na cidade e onde ficava o antigo mercado.
A Outra Bragança
O encanto de Bragança não se esgota neste seu património edificado nem nos marcos histórico-culturais. Um roteiro a visitar Bragança ficará muito mais completo quando, descontraidamente, nos perdemos pelas ruas e ruelas, reparamos nos detalhes e apreciamos as fachadas dos prédios antigos, uns mais modestos, outros mais abastados.
É nestas deambulações que se descobrem pérolas como o Corredor Verde, uma sequência de passadiços que ladeiam o Rio Fervença (a recuperação das margens do Rio Fervença que banha Bragança é de aplaudir) que nos conduzem até ao Centro de Ciência Viva de Bragança, à Casa da Seda, ao miradouro da Capela de Nossa Senhora da Piedade, ao verdejante e frondoso Parque Urbano…
A par da consciência ecológica que a cidade manifesta apostando no embelezamento dos espaços verdes, há uma aposta na street art que vai buscar à identidade da região a inspiração para a obra. Dos murais e instalações notáveis de artistas cujos nomes já atravessam fronteiras, a discretos motivos decorativos com mensagem, Bragança está a conquistar o seu lugar no mapa da street art internacional.
A qualquer momento pode cruzar-se com o genial Bordalo II (de quem somos confessos fãs) como o “Camaleão”, a “Gineta” e o “Javali”, o impressionante Lucky Hell (cuja arte espantosa só descobrimos agora em Bragança), o polivalente Duarte Saraiva, o irreverente TripDTOS (a prata da casa a dar cartas). Entre muitos outros.
Agora que conheceu de perto o coração vibrante da cidade de Bragança, lançamos o desafio para a ver com outro olhar. Mude de perspetiva e contemple as maravilhosas vistas sobre a cidade, o castelo, a cidadela muralhada e o colorido do casario, a partir do Miradouro do Santuário de São Bartolomeu. É o melhor miradouro de Bragança para se despedir da “bela transmontana”, cujo encanto cativa como feitiço e implanta o desejo de regressar.
O que visitar no Concelho de Bragança – melhores destinos perto de Bragança
A riqueza desta região transmontana não se esgota no valioso património da cidade que recebeu honras seculares e favores régios pelo seu mérito na construção da nacionalidade. Há outros dois grandes tesouros. As gentes brigantinas e o património natural.
Torne o seu roteiro a visitar Bragança ainda mais interessante e enriquecedor seguindo as nossas sugestões de passeio pelos arredores da cidade de Bragança.
Parque Natural do Montesinho
A excelsa mancha verde do ondulante Parque Natural de Montesinho fica às portas de Bragança. Aproveite o seu roteiro para visitar Bragança para marcar encontro com uma natureza pura, intocada e selvagem. Não é à toa que uma parte significativa da fauna terrestre portuguesa chama de lar ao Parque Natural de Montesinho.
Entre eles destaca-se o Lobo Ibérico e o Veado Vermelho, que aqui encontram um verdadeiro santuário. Em setembro e o outubro é simplesmente fascinante (e arrepiante) ouvir a Brama do Veado, um dos chamamentos de acasalamento mais singulares do planeta. Montesinho é tão bonito que até, recentemente (2019), um Urso Pardo da Cantábria por lá andou a fazer umas férias. Quem sabe da próxima não traz uma amiga e assenta arraiais por Portugal.
Na paleta de verdes, que decora as montanhas do Parque Natural de montesinho, dominam os reboredos de carvalho, sobrais e soutos de castanheiro (muito castanheiro, ou não fosse o concelho de Bragança o maior produtor de castanha de Portugal). As oportunidades de trilhos são virtualmente infinitas e surpreendentes.
E não faltam idílicas cascatas e praias fluviais para uns refrescantes banhos depois das caminhadas. E se caminhar não é muito a sua praia, pode sempre embarcar numa aventura de exploração do parque em 4×4. O que não faltam são alternativas para desfrutar do santuário natural que é o Parque Natural de Montesinho.
aproveite a sua visita a Rio de Onor para dar um saltinho a Sanabria, para conhecer a encantadora Puebla de Sanabria e o impressionante Lago de Sanabria, o maior lago glaciar da Península Ibérica. De Rio de Onor são somente 15km até lá!
Rio de Onor
Uma das 7 Maravilhas de Portugal Aldeias, Rio de Onor é uma aldeia literalmente atravessada pela linha invisível da fronteira com a Espanha e pelo rio com o qual partilha o nome. Inserida no Parque Natural de Montesinho, a aldeia funde-se na paisagem deste Trás-os-Montes remoto cujo maior património são as suas gentes. Das floridas varandas do casario típico em xisto ainda se ouve o dialeto rionorês. Irmãs gémeas, Rio de Onor e Rihonor de Castilla são uma só terra, com meia centena de portugueses e espanhóis que mantém vivo o verdadeiro espírito de vida comunitária como se duma família se tratasse. Bonita e cativante, ninguém fica indiferente ao seu encanto. Não é à toa que ocupa lugar cativo na nossa lista das Aldeias mais bonitas de Portugal.
Gimonde
A aldeia de Gimonde é ponto de paragem obrigatório em qualquer roteiro de Bragança. A pequena aldeia é precedida pela fama que granjeia devido aos seus trunfos gastronómicos. Sem desprezar a excelência da Posta Mirandesa e a qualidade dos produtos de fumeiro de Porco Bísaro, há todo um encanto rural a que ninguém fica indiferente. Tudo fruto das casas típicas em xisto, da igreja altaneira, da vida ao ritmo do campo, dos rios que a atravessam, o Rio Igrejas e o Rio Sabor, das pontes que os cruzam, a velhinha ponte de xisto, a ponte nova de granito e as poldras que nunca resistimos a saltitar (um dia ainda nos arriscamos a medir mal a distância e o impulso, e vamos à água).
Montesinho
A aldeia serrana de Montesinho emprestou o nome ao parque natural no coração do qual se situa. Invisível até ao último minuto, quem chega pela estrada surpreende-se com uma aldeia de xisto, cheia de cor, florida, bonita e animada sempre que os visitantes enchem as duas praças frente aos cafés da aldeia. O potencial turístico foi notado o que resultou na revitalização da aldeia e uma oferta de alojamento de Turismo Rural espantosa para uma aldeia desta dimensão. Um bom refúgio da azáfama citadina.
Mosteiro de Castro de Avelãs
A escassos 5 km a oeste da cidade de Bragança, esconde-se aquele que poderá ser o único exemplar de arquitetura românica mudéjar de Portugal. Falamos do Mosteiro de Castro de Avelãs, cuja abside da igreja em alvenaria de tijolo, provavelmente anterior ao século XII, permanece de pé.
Outeiro
Quem passa na estrada nem suspeita que nesta aldeia singela se guarde um dos maiores tesouros da arquitetura religiosa de Portugal. Não uma igreja. Uma basílica. A única basílica aldeã de Portugal pertence ao município de Bragança e mais que merece a sua visita. Depois de se pasmar com a Basílica do Santo Cristo do Outeiro, deambule pelas ruas e praças da aldeia e suba ao cume do monte onde ainda restam vestígios do Castelo do Outeiro, como uma coroa imperfeita.
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Restaurantes onde comer em Bragança?
Restaurante O Abel
O restaurante O Abel, na aldeia de Gimonde é de paragem obrigatória para quem vai visitar Bragança. O Sr. Abel e a esposa, Dona Clóris, apostaram nos sabores autênticos da região e nos pratos tradicionais há mais de trinta anos. Desde então, a casa de petiscos passou a restaurante, o espaço cresceu com a clientela sempre a aumentar e as propostas gastronómicas passaram das “tripas com feijão na malga” para a melhores carnes transmontanas grelhadas na brasa. O que nunca mudou foi o ambiente familiar. A Posta à Abel não tem rival e o segredo está no molho com ervas aromáticas locais que trazem ao palato a essência da região. Vá com fome e cedo. Tem que esperar pela sua vez como todos porque não há reservas.
Especialidades: Entradas: alheira da região, queijo de ovelha, presunto, chouriça assada. Da brasa: Posta à Abel, Costeleta de Vitela, Rodeão, Cordeiro, Picantone (franguinho na brasa); Bacalhau assado na brasa regado com azeite. Sobremesas: Pudim de Castanha, Pudim de Queijo…
Taberna do Javali
Para tapear ou uma refeição completa, na esplanada ou na sala acolhedora, a Taberna do Javali, na cidadela do Castelo de Bragança, tem propostas refrescantes e interessantes. Ao Javali vão buscar o nome e a carne para pregos e hambúrgueres que destacamos. Na hora de escolher, a tarefa torna-se complicada. Os nomes são apelativos, mas o manjar supera expetativas. Há sempre algo inovador a sair da cozinha, por isso, a ementa nada tem de aborrecida. A única coisa aborrecida é o tempo de espera porque tudo é feito na hora, o que torna o serviço lento. Vá sem pressas e com tempo.
Especialidades: Entradas: Tiras de frango crocante com molho picante, Presunto com tomate, Bolinha de alheira, Tábua de queijos e enchidos, Salada Transmontana, Salada Terra e Mar, Risoto de presunto e abacate. Carnes: Hambúrguer Caseiro, Prego de javali, Francesinha de javali, Lombelo de porco, Lombo de vitela. Sobremesas: Misto de doces, Tarte de Castanha, Tarte de grão de bico, Mousse de limão, Chocolate branco.
Solar Bragançano
Só com reserva prévia, mas sem reservas na arte de bem receber e bem cozinhar. Não há quem fale do Solar Bragançano, na Praça da Sé, sem elogiar a mestria das duas pessoas que lhe dão alma: o Senhor Desidério, na sala, e a Dona Ana, na cozinha. O jardim, os salões, as madeiras nobres, o mobiliário, a decoração, tudo sugere aristocracia. Mas a verdadeira nobreza está na cozinha que eleva os pratos de caça, de carne e de peixe a outro patamar. Sempre recorrendo a produtos de qualidade. Vinhos selecionados e um menu que é um autêntico poema de sedução ao paladar.
Especialidades: Entradas: alheira, trutinha frita, cogumelos, presunto, queijos. Peixes: Truta com molho de Presunto, Bacalhau à Solar, Linguado, Corvina, Congo. Carnes: Bife de Vitela à Solar, Naco de Vitela à Mirandesa, Cabrito de Montesinho, Canhono Mirandês (cordeiro). Caça: Perdiz, Faisão, Javali, Veado, Lebre. Sobremesas: Abóbora Dourada, Leite Creme Queimado, Sopa de Cereja, Sobremesa da Casa
Restaurante O Careto
Espaço rústico cuidado no coração da aldeia de Varge, o restaurante O Careto homenageia a boa gastronomia tradicional transmontana e os Caretos, que em Varge são levados a sério. Por entre as elogiadas Postas e Costeletas Mirandesas, o generoso Bacalhau na brasa com batata a murro, e um surpreendente Congro aberto na brasa, há paladares do antigamente que quase se perdiam no tempo, como o Galo Caseiro no Pote de Ferro.
Especialidades: Entradas: queijo, presunto, alheira. Peixes: Bacalhau assado na Brasa com batata a murro, Congro aberto assado na brasa. Carnes: Posta de vitela, Costeleta de vitela, Galo Caseiro no Pote de Ferro (só por encomenda). Sobremesas: Queijo com doce de Abóbora, Queijo com doce de cereja, Pudim de ovos.
Marron Oficina da Castanha
Apesar de não ser um restaurante, recomendamos vivamente que passe, entre, deguste e deleite-se com as iguarias da Marron, Oficina da Castanha, para um relaxante lanchinho da tarde. É o primeiro espaço do país especializado em Castanha e seus derivados. A versatilidade de uso da castanha é impressionante e pode saber mais no pequeno museu criado na cave. Vai muito além da aplicação na doçaria. Pão, compotas, licores, chás, rebuçados, produtos de beleza,… e até Cerveja de Castanha, que muito apreciámos. Para uma experiência completa pode fazer uma visita guiada com degustação de licores e doces de castanha.
Mapa do que ver e fazer num roteiro para visitar Bragança
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Excelente Trabalho.
Anabela e Alexandre obrigado pelas vossas dicas de Bragança. Muito bom o artigo. Vou conferir as vossas sugestões. Muito obrigado. Pedro.
Olá Pedro,
Muito obrigado pelo feedback.
Boa viagem!