Quando visitar Conimbriga, as ruínas romanas de Coimbra, prepare-se para a melhor viagem no tempo ao Portugal Romano.
A antiga cidade da província romana da Lusitânia é o melhor e maior conjunto de ruínas romanas em Portugal. O mais valioso e mais bem preservado achado arqueológico nacional impressiona pela sua dimensão e beleza.
Cidade munida de termas, anfiteatro, fórum e aqueduto, ninguém fica indiferente aos elaborados e artísticos pavimentos das casas nobres. Com destaque, obviamente, para a Casa dos Repuxos.
Conteúdo deste Artigo
Onde fica Conimbriga?
Conimbriga fica a 2 km de Condeixa-a-Nova, no distrito de Coimbra na região do Centro de Portugal, a uma distância de apenas 17 km de Coimbra, a pouco mais de 1h de viagem do Porto, e pouco menos de 2h de Lisboa.
O preço de entrada é de apenas €4,5.
No complexo museológico vai encontrar serviços que facilitam a logística da sua visita: um ponto de abastecimento de água, WC, cafetaria/restaurante e multibanco.
Onde dormir? – Sugestões de alojamento perto de Conimbriga
Para esta nossa visita às ruínas de Conimbriga, ficámos alojados na Conimbriga Hotel do Paço, a antiga Pousada de Condeixa. A localização é a melhor. Esta pousada de charme resulta da recuperação cuidada do Palácio dos Almadas. Sabe-se que nobreza e realeza europeia eram convidados frequentes dos Almadas. E hoje o convite é lançado a si para viver uma experiência palaciana num ambiente de pura tranquilidade.
Realizar o sonho duma estadia requintada por um preço muito apetecível é uma realidade no Conimbriga Hotel do Paço. A começar nos €100 pode reservar um quarto espaçoso, luminoso, onde o conforto e comodidade dos hóspedes é primordial. Imagine-se a usufruir da piscina exterior, apreciar uma bebida no bar ou esplanada, mimar-se com uma sessão de sauna ou massagem, ou exercitar-se numa das máquinas de fitness.
O pequeno almoço buffet, delicioso e variado, destaca-se por brindar os hóspedes com os sabores da região, nomeadamente a Escarpiada: o doce típico de Condeixa, literalmente único em Portugal, que faz crescer água na boca.
Precisando de alojamento perto de Conimbriga, a melhor opção será apontar a sua estadia para Coimbra, onde tem ampla oferta de alojamento desde hotéis a alojamento local.
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Mapa dos Principais Pontos de Interesse de Conimbriga
Clique no canto superior direito para aumentar o mapa com a nossa sugestão de circuito de visita às Ruinas Romanas de Conimbriga.
O Melhor de Conimbriga: circuito de visita ao recinto
Tivemos o privilégio de ser acompanhados na nossa visita a Conimbriga pelo Humberto. O seu sentido de humor fez-nos desejar que a visita não acabasse. Apesar de não fazer visitas guiadas, foi o anfitrião perfeito. Não disfarça o afeto que nutre por este tesouro português. Nem precisa. Profundo conhecedor que é das ruínas de Conimbriga, sabe as estórias e a História. Ainda assim afirma, por muito que se estude, a cidade perdida de Conimbriga permanece um mistério.
Como o Humberto deixou a Casa dos Repuxos para último, é essa também a sugestão que lhe fazemos. E por duas razões. Primeiro porque, começando pelo setor sul, foge às multidões. Em segundo lugar, porque termina com a joia da coroa das ruínas de Conimbriga.
Muralhas de Conimbriga
Para perceber minimamente as Ruínas Romanas de Conímbriga, há que conhecer a sua história milenar, provavelmente com início num castro celta e com perto de seis séculos sob o domínio de Roma. Apenas uma parcela (17%) é conhecida da grande cidade que gozou de tempos áureos no império de Augusto. Afinal, Conimbriga ocupava uma posição central na província. A provar a sua grandeza estão as muralhas.
Da primeira muralha romana, pouco se sabe, apenas que cinturava uma área muito mais extensa, provavelmente com pouca altura e largura. O mesmo não podemos dizer da muralha mais tardia. A segunda muralha data do período do baixo-império, quando Roma se desmembrava e perdia estabilidade. Também Conimbriga entrou em declínio, político e populacional.
Imponente, sólida e impressionante, a construção defensiva militar resulta do sacrifício da própria cidade. É verdade que os motivos são um mistério, mas Conimbriga teve que se defender de algo ou alguém com muita urgência. Tal justifica-se pela redução drástica do perímetro defensivo e do material usado no enchimento. É que seis metros de altura e três metros de espessura só foram possíveis com pedra vinda da própria cidade. Para tal, foram desmantelados monumentos, edifícios públicos e casas. Pedra lavrada, fachadas decorativas, pedras de suporte e tijolos, tudo foi aproveitado para a barreira defensiva.
Especula-se que muitos já estavam abandonados, mas a ação aumentou o declínio da cidade. O golpe final acontece com as invasões suevas. O tempo e a natureza fizeram o resto. Conimbriga foi totalmente abandonada, votada ao esquecimento e envolta num véu de enigma, essa fonte de lendas e contos fantásticos.
Conimbriga: setor sul
Começamos pelo setor sul, uma parte da cidade que foi demolida para a construção das muralhas. A cidade perdida de Conimbriga ocupava um planalto rodeado de vegetação luxuriante e fronteiriço à profunda garganta do Rio dos Mouros a sul. A entrada triunfal nas ruínas de Conimbriga faz-se pela estrada romana que divide a cidade em dois setores e ligava Lisboa a Braga, principal ligação a Espanha via Astorga.
O conjunto de edifícios que compunha o setor sul englobava um corredor de lojas, duas casas nobres e as Termas do sul. O que se destaca nas casas nobres são o triclinium (sala) e o cubiculum (quarto) de grandes dimensões e o pavimento ricamento decorado em mosaico. A Casa das Suásticas, o motivo usado no mosaico do pavimento, e a Casa dos Esqueletos onde foi encontrada uma necrópole, são facilmente identificadas pelo mosaico decorativo revestindo o pavimento.
Conimbriga foi uma cidade romana em toda a plenitude. As termas públicas e o fórum são o aval de tal importância.
Entre as várias termas públicas, destacam-se as Termas do sul onde ainda se identificam todas as infraestruturas das várias piscinas. A palestrae, espaço dos oradores e de discussão de questões relevantes, comprova a importância da infraestrutura na sociedade conimbrigense.
Da grande descoberta do Fórum chega-nos a prova do apogeu da cidade romana. O fórum era o centro da vida pública, do comércio e da política. E mais importante, centro do culto imperial. Conimbriga foi dotada de um forum monumental.
Casa de Cantaber e Ínsula do Aqueduto: nobreza e povo
Outra grande prova de expoente máximo da arquitetura civil de Conimbriga é a Casa de Cantaber. Esta é a casa de maiores dimensões com cinco peristilos e ocupando um quarteirão inteiro. Adicionalmente, ainda possuía termas privadas. Certamente, o proprietário ocupava posição social privilegiada.
Os menos privilegiados ocupavam a Ínsula do Aqueduto, nome dado aos prédios habitacionais romanos com três ou quatro pisos. Esta ínsula foi erguida até ao terceiro piso e é o mais antigo edifício de Conimbriga. Outras insulae podem ser vistas enquanto percorre o circuito, bem assinalado com placas informativas que assinalam os vestígios mais importantes.
Casa dos Repuxos: a casa dos enigmas
Descoberta em 1939, a Casa dos Repuxos é uma pérola arqueológica, com detalhes de estética arquitetónica únicas no mundo. São esses detalhes que dão pistas – e levantam questões – quanto à sua história e importância.
Que é uma casa aristocrática, não há dúvidas. A sua beleza também é inquestionável assim que apreciamos os belos mosaicos e os cerca de 500 repuxos que motivaram o nome. Não, não são encenados, são mesmo os originais. Embelez(av)am o espaço ajardinado do peristilo, a galeria dos pátios interiores típicos nas casas romanas.
Os mosaicos representando cenas de caça e deuses romanos, são dum pormenor e beleza estética comparáveis aos melhores do Império. Porém, há uma cena de fauna que é um verdadeiro enigma indecifrável. E para aumentar a sua curiosidade, sabe como eram revestidas as paredes interiores duma casa romana? Vai mesmo ter que visitar Conimbriga para desvendar os seus segredos. E acredite quando lhe dizemos: Conimbriga tem muitos segredos.
Museu Monográfico de Conimbriga
Não deixe de visitar as várias salas do Museu Monográfico de Conimbriga onde se encontra uma coleção permanente de achados que materializam a evolução histórica do lugar. Entre aspetos da vida quotidiana, o culto imperial no Forum, peças artísticas preservadas das casas nobres e objetos religiosos, das crenças pagãs às cristãs, tudo é explicado no museu.
O pátio, à laia de peristilo romano, recebe eventos culturais e musicais.
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