Visitar Guimarães é abraçar a identidade nacional, tal como as muralhas abraçam um centro histórico repleto de encantos, de História (ênfase no H maiúsculo) e estórias.
Para muitos, visitar Guimarães é coisa para um passeio dum dia para conferir as atrações turísticas: o emblemático Castelo de Guimarães, o Paço dos Duques de Bragança e respetivo museu, a dupla medieval das praças populares do Largo da Oliveira e da Praça de Santiago ou as casas pitorescas da Rua de Santa Maria. Erro crasso.
Guimarães é bem mais do que isto. O berço da nação e cidade que viu nascer Portugal está à sua espera e tem tanto para lhe oferecer.
Conteúdo deste Artigo
- 1 Quando visitar Guimarães?
- 2 Onde ficar em Guimarães? Dicas de Alojamento
- 3 Roteiro com o que ver e fazer em Guimarães em 1 dia?
- 3.1 Castelo de Guimarães
- 3.2 Paço dos Duques de Bragança
- 3.3 Capela de São Miguel
- 3.4 Monte Latito ou Colina Sagrada
- 3.5 Rua de Santa Maria
- 3.6 Igreja de Nossa do Senhor do Carmo
- 3.7 Convento de Santa Clara – Câmara Municipal de Guimarães
- 3.8 Largo da Oliveira
- 3.9 Praça de Santiago
- 3.10 Largo do Toural
- 3.11 Muralhas de Guimarães
- 3.12 Zona de Couros
- 3.13 Igreja de Nossa Senhora da Consolação e Santos Passos
- 3.14 Penha de Guimarães
- 3.15 Citânia de Briteiros
- 4 Restaurantes onde comer em Guimarães?
- 5 Mapa dos Principais Pontos de Interesse a visitar em Guimarães
- 6 Outros artigos do Norte de Portugal
Quando visitar Guimarães?
Assim que o sol começa a aquecer os dias em março até ao outono das folhas caídas em outubro, Guimarães é um bom pretexto de escapadinha de fim de semana ou passeio dum dia, principalmente para quem queira sair de cidades grandes como o Porto ou Braga.
Apesar de Guimarães ser fria e chuvosa nos meses mais invernais (novembro a fevereiro), as Festas Nicolinas são o grande evento da cidade-berço e atraem milhares de visitantes todos os anos com o seu brilho e cor e acima de tudo pelas manifestações culturais de usos e costumes tradicionais da quadra natalícia da região.
Onde ficar em Guimarães? Dicas de Alojamento
Se não sabe onde dormir em Guimarães, sugerimos alguns dos melhores alojamentos entre económico, mid-range e de luxo.
Um hostel simpático bem no coração mais castiço de Guimarães, Praça de Santiago, o Santiago 31 Hostel oferece camas em dormitórios com casa de banho partilhada.
Um clássico da cidade de Guimarães, o Hotel Toural tem todas as comodidades dum hotel com nome que prima por agradar às necessidades imediatas de quem quer uma noite de descanso.
O boutique hotel Santa Luzia ArtHotel é daqueles que não hesitaríamos um minuto a reservar. Spa, terraço, piscina – em todo um espaço renovado com gosto, mantendo o carácter do edifício em que se insere.
Dentro das muralhas, numa casa senhorial do século XVIII, a Casa do Juncal combina história com conforto moderno e elegância. Pequeno almoço, serviço, jardins numa ambiência senhorial.
Mais do que uma noite de descanso, a Pousada Mosteiro de Guimarães é a oportunidade de usufruir do luxo característico das pousadas de Portugal num convento histórico.
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Roteiro com o que ver e fazer em Guimarães em 1 dia?
Castelo de Guimarães
O castelo é a narrativa histórica desta cidade. Dos seus altos e baixos. E a narrativa começa no longínquo século X quando uma condessa enviuvada, Mumadona Dias de seu nome, constrói um mosteiro na sua herdade de Vimaranes. Mouros e normandos disputam as terras e, tal como a necessidade é mãe do engenho, a defesa é mãe dos castelos.
Presume-se que o primeiro rei de Portugal, Dom Afonso Henriques, tenha nascido neste castelo. Os progenitores Henrique de Borgonha e Teresa de Leão, condes de Portucale, mudam-se para nova residência, o primitivo Castelo de Guimarães.
A importância histórica do Castelo da Fundação ou de São Mamede, como também é conhecido o Castelo de Guimarães, é profunda mas não o vamos enfadar com esses detalhes. Curiosamente, em vez de subirmos às suas sólidas torres de pedra, poderíamos estar a vê-lo nas pedras da calçada. Mas isso é uma história que tem que descobrir por si numa visita ao interior.
Paço dos Duques de Bragança
Os merlões dão ao Paço Ducal de Guimarães um aspeto fortificado, as janelas em vitral e as numerosas chaminés são os elementos que tornam o Paço dos Duques de Bragança num exemplar palaciano único na Europa. Inspirado no estilo borgonhês, D. Afonso 1º Duque de Bragança, mandou erigir o palácio no século XV. O edifício que vemos hoje foi fonte de controvérsia aquando do restauro total sob o governo de Salazar – o paço estava em total ruína.
Acolhe no Museu um significante espólio de tapeçarias retratando episódios emblemático dos Descobrimentos Portugueses. Uma coleção de armas, mobiliário português de influência indo-europeia e mudéjar, e cerâmica, com destaque para a faiança portuguesa, são outros dos tesouros guardados no museu.
Capela de São Miguel
Pequena, singela e no inconfundível estilo românico, a Capela de São Miguel é ofuscada pelo paço e pelo castelo na trindade dos Monumentos Nacionais que coroam o Monte Latito, ou Colina Sagrada como também é conhecida. Enquanto há incertezas quanto ao local de nascimento de D. Afonso Henriques, não há qualquer dúvida que foi na pia batismal que se encontra na Capela de São Miguel que foi batizado, daí a sua importância histórica.
Monte Latito ou Colina Sagrada
Não se vá já embora. Por aqui há um Caminho do Castelo que permite um passeio pelo espaço relvado e até pode dar com a modesta Capela da Santa Cruz. A célebre estátua de Dom Afonso Henriques, o rei fundador de Portugal, encara a célebre Rua de Santa Maria e tem à direita a Igreja e Convento de Santo António dos Capuchos com um museu albergando o espólio da Santa Casa da Misericórdia de Guimarães.
Rua de Santa Maria
Porque é que uma rua se pode tornar numa das melhores coisas a fazer em Guimarães? Porque não há outra igual. É histórica – sendo mesmo a mais antiga feita para ligar o castelo de Dona Mumadona Dias à vila que surgiu no sopé do Monte Latito -, é antiga como se pode ver pelo casario e empedramento do pavimento puído, e tem personalidade.
Mais razões? Vai passar por capelas, conventos e igrejas sublimes, por casas que já nem sabem a idade que têm, por solares antigos como a Casa do Arco e a Casa dos Carneiros onde funciona a Biblioteca Municipal.
Igreja de Nossa do Senhor do Carmo
Primeiro destaque da Rua de Santa Maria é o Largo Martins Sarmento onde nos deparamos com o frondoso Jardim do Carmo, o convento das carmelitas descalças associado à Igreja de Nossa do Senhor do Carmo e a Capela Virgem Maria Senhora Nossa. Um dos exemplares dos oratórios dos Passos da Paixão de Cristo, capelas tradicionais de devoção popular, esconde-se por trás de portas mesmo ao lado do portão de acesso ao Lar de Santa Estefânia, que ocupa parte do referido convento.
Convento de Santa Clara – Câmara Municipal de Guimarães
Não é invulgar em Portugal, adaptarmos antigos conventos e mosteiros a edifícios autárquicos. Guimarães é mais uma cidade que se soma ao número. A Câmara Municipal está sediada no Convento de Santa Clara, edifício quinhentista com fachada barroca.
Largo da Oliveira
Chegamos à praça mais castiça e característica de Guimarães. Se o Castelo de Guimarães é narrativa da fundação duma nação, o Largo da Oliveira é a biografia das gentes vimaranenses.
Vai logo dar-se conta de duas coisas: as edificações denunciam a sua antiguidade, o largo é tão concorrido que tem que ser nuclear na vida da cidade e, consequentemente, um imane de atração turística.
Salientamos: a Igreja de Nossa Senhora da Oliveira residente do largo desde 950 com exterior gótico e interior barroco, o Padrão do Salado o alpendre gótico onde muitos procuram a sombra e os Antigos Paços do Concelho – não há que enganar, 5 arcos, 5 janelas num edifício encimado por uma estátua que simboliza Guimarães. Também se pode resguardar do sol, ou da chuva, debaixo da ampla arcada.
E se bem que esta trindade histórica (mais uma) atraia o visitante ávido de cultura, não menos ávido de cultura é quem procura a primeira experiência gastronómica da cidade de Guimarães numa das soalheiras esplanadas. Agora já sabe onde comer em Guimarães, num dos estabelecimentos do Largo da Oliveira. Ou…
Praça de Santiago
É só atravessar a arcada dos Antigos Paços do Concelho e já chegou. Sim, aqui ainda tem mais esplanadas a seduzi-lo para almoçar. E enquanto o faz vai apreciando o casario antigo de Guimarães.
A Praça de Santiago está ligada à presença do Apóstolo Santiago na Península Ibérica e aos milhares de peregrinos que todos os anos acorrem ao túmulo do santo pelos Caminhos de Santiago. Diz a lenda que Santiago terá colocado uma imagem da Virgem Maria num templo pagão que aqui existia e o lugar passou a ser ponto de passagem, e para alguns paragem, obrigatória nas peregrinações a Santiago de Compostela.
O centro histórico de Guimarães foi listado como Património Mundial pela UNESCO em 2001 pela fidelidade e excelência com que preservou e recuperou o legado arquitetónico e histórico medieval seguindo técnicas e métodos antigos de construção. As sacadas, as varandas pitorescas, os gradeamentos em ferros, a omnipresente pedra de granito, todos os elementos dão uma identidade e aparência próprias a esta cidade original.
A Praça de Santiago em conjunto com o Largo da Oliveira constituem o coração da cidade de Guimarães. Aqui celebra-se e vive-se. É o epicentro para o qual todos convergem quando algo acontece, entenda-se algo que mereça ser chamado de evento.
Largo do Toural
A praça mais central da cidade-berço é também a mais arejada. Não admira que seja simpaticamente chamada de “sala de visitas” de Guimarães.
O Largo do Toural está rodeado de casas burguesas bem preservadas, acolhe muitos dos restaurantes de renome da cidade e alguns dos estabelecimentos mais antigos de Guimarães e foi abrilhantada com um chafariz renascentista de três taças.
A Igreja de São Pedro destaca-se com a sua fachada de linhas retas e sóbrias e a torre sineira única erguendo-se acima do casario simétrico e regular.
Esta é uma das nossas praças favoritas por causa duma visita em que jantamos no Café Oriental com vista para a praça iluminada. Mesmo ao lado, o Hotel Toural junta-se-lhe para formarem a dupla de clássicos deste centro nevrálgico vimaranense.
Muralhas de Guimarães
No final do Largo do Toural é onde encontra o pedaço de muralha mais bem preservado, a Torre da Alfândega, e aí inscreve-se “Aqui nasceu Portugal”. Conforme for caminhando pelas ruas de Guimarães irá certamente deparar-se com troços das muralhas da cidade. A muralha original data de meados do século XIII mas nos séculos consecutivos foi sendo alargada. O troço mais extenso encontra-se na Avenida Alberto Sampaio. Na Rua de Santo António pode ver partes da muralha quase a fundirem-se com o casario.
Zona de Couros
Mesmo em frente ao Jardim da Alameda, por detrás da Igreja e Convento de São Francisco, fica a Zona de Couros, um bairro reabilitado que trouxe como mais-valia a possibilidade de conhecermos mais a fundo uma das principais atividades económicas da cidade, os cortumes. O casario de varandins rodeando pátios é um dos elementos mais característicos e poder ver os tanques duma antiga fábrica de cortumes (não tão ativos e “odoríficos” como os de Marrocos) é alargar o nosso mosaico de conhecimento.
Igreja de Nossa Senhora da Consolação e Santos Passos
Inconfundível, a Igreja de Nossa Senhora da Consolação e Santos Passos, é um dos postais mais famosos de Guimarães. Desde a muralha estende-se o Largo República do Brasil, uma avenida centrada por um jardim colorido, com vista desimpedida e um panorama de orgulhar qualquer local. Ao fundo da avenida está a magnífica igreja barroca que salta de imediato à vista.
Penha de Guimarães
O Teleférico da Penha, ou Teleférico de Guimarães (Rua Aristides Sousa Mendes 37, junto ao Largo das Hortas), liga o Centro Histórico à Montanha da Penha, o ex-libris de património natural vimaranense. Para além de o livrar duma dura subida, vale os 5 €, ida e volta, por causa das vistas panorâmicas.
Ser explorador como uma criança e perder-se no labirinto da Penha com penedos cobertos de musgo, grutas, capelinhas, fendas, miradouros e frondosa vegetação, é o que lhe oferece o Parque da Penha. Ótimo para passear rodeado de natureza, para relaxar numa esplanada de café ou desfrutar dum piquenique.
Sabemos que o parque vai fazê-lo perder a noção do tempo, mas reserve um bocadinho para visitar o Santuário de Nossa Senhora da Penha e mirar as soberbas vistas panorâmicas sobre a cidade-berço e as montanhas em redor.
Citânia de Briteiros
Se estiver de carro, a 14 km de Guimarães localiza-se a Citânia de Briteiros, um espaço arqueológico com edificações típicas dum castro, povoado primitivo milenar de origem pré-romana. Os castros são testemunhos valiosos da cultura castreja que caracteriza o noroeste de Portugal e nos trazem vestígios desde a Idade do Bronze.
Restaurantes onde comer em Guimarães?
Guimarães tem uma vasta oferta de restaurantes, cafés e afins onde comer. Desde a gastronomia nacional, típica local e internacional, há zonas onde se concentram mais restaurantes o que lhe permite mirar, averiguar preços e escolher: entre o Largo da Oliveira, a Praça de Santiago, o Largo do Toural ou na zona do Jardim da Alameda.
Café Oriente | Taberna Trovador | Cantinho dos Sabores | Solar do Arco
Mapa dos Principais Pontos de Interesse a visitar em Guimarães
Clique no canto superior direito para aumentar o mapa com os principais locais de interesse para visitar em Guimarães
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