Viseu é uma cidade de atributos e cada um é uma boa razão para a visitar. Se o vasto e valioso património histórico-cultural, o colorido dos seus inúmeros jardins e a célebre Feira de São Mateus não lhe despertaram a vontade de visitar Viseu, este roteiro ideal para 2 ou 3 dias vai-lhe mostrar o que tem andado a perder na cidade beirã do Centro de Portugal.
Conteúdo deste Artigo
- 1 Porquê visitar Viseu?
- 2 Quando visitar Viseu?
- 3 Como ir?
- 4 Onde ficar em Viseu? Sugestões de alojamento
- 5 O Melhor de Viseu num Roteiro de 2 dias
- 6 Roteiro para visitar Viseu em 3 dias
- 7 Onde comer em Viseu?
- 8 Onde sair à noite em Viseu?
- 9 Mapa dos Principais Pontos de Interesse a visitar em Viseu
- 10 Outros artigos do Centro de Portugal
Porquê visitar Viseu?
Para além do magnífico património histórico-cultural que justifica por si só uma escapadinha a Viseu, a Cidade-Jardim (fama de que goza desde 1936) tem museus dignos da sua visita, flores coloridas em cada recanto, jardins frondosos e alegres para prazenteiros passeios, praças monumentais que convidam à contemplação, uma gastronomia de babar, uma cena criativa expressa nas artes performativas e street art espalhada por todo o distrito, e eventos dos mais emblemáticos de Portugal.
Historicamente, Viseu é das cidades portuguesas mais antigas. A prova surgiu este agosto com a descoberta duma casa da Idade do Ferro, bem no centro histórico. É a cidade do lendário Viriato (o homem, não o bolo: desse falaremos adiante), esse herói do povo que uniu as tribos das quais procede a raça lusitana. Fez a vida negra aos Romanos que dominaram na Península Ibérica. Até ao dia em que chegaram os Visigodos e tomaram tudo de assalto. Depois foram os muçulmanos a assentar arraiais, mas a Reconquista não tardou a rechaçá-los.
É uma cidade de superlativos em Portugal: a maior e mais antiga feira franca, a ecopista mais longa, “a melhor cidade para viver”, dizem-nos os viseenses com orgulho. E devem ter razão, afinal, tantos povos diferentes a cobiçaram no passado.
Aproveite a sua visita a Viseu e parta à descoberta dos encantos da Serra da Estrela e da Serra da Freita
Quando visitar Viseu?
A melhor altura para visitar Viseu é… todo o ano. Ainda que os melhores meses sejam os mais quentes (maio a setembro).
Porquê? Porque Viseu tem um dinamismo muito próprio que preenche o ano de eventos com festivais de música, dança, literatura e teatro, feiras gastronómicas e de vinhos, exposições… Coloque estas datas no seu calendário para viver alguns dos eventos mais importantes, repletos de experiências que não vai querer perder.
A cidade-jardim é um destino irresistível no Natal e Ano Novo e como a quadra natalícia está já ao virar da esquina, reserve já esta data para visitar Viseu. De 30 de novembro 2019 a 6 de janeiro 2020, Viseu Natal Sonho Tradicional acende milhares de luzinhas para encher de luz, brilho, cor, sabor e som a quadra festiva de locais e visitantes, convidando-os a redescobrir as tradições em concertos, mercados e muito mais.
Santos Populares (junho): São João dá o mote para cerca de uma semana de grande animação na cidade de Viseu. Um dos pontos altos acontece na manhã do dia de São João (24 de Junho). São as Cavalhadas de Vildemoinhos. Há mais de trezentos anos que a população de Vildemoinhos ruma a Viseu e traz animação, cor, música e… Broa! De Vildemoinhos, é claro. Agora, há direito a carros alegóricos com milhares de figurantes. Secular é também a descida da aldeia de Teiva à cidade com a tradicional dança da “Morgadinha” e os trajes coloridos que caracterizam as Cavalhadas de Teiva.
Feira de São Mateus: Incontornável! De inícios de agosto a meados de setembro, Viseu é o palco da maior e mais antiga feira de Portugal. Desde os tempos de D. Sancho I que a feira franca anual se realiza na Cidade de Viriato. A tradição pode ser secular mas os produtos são sempre fresquinhos e a animação garantida.
Festa das Vindimas: acontece em setembro e é a celebração do bom vinho e boa gastronomia da cidade e da região. São quatro dias de propostas irresistíveis que só esta cidade vinhateira lhe pode dar. O Mercado 2 de Maio recebe mercado de Vinhos e Sabores, provas de vinho (holofotes no Dão), mostras de artesanato, muita música e diversão para os miúdos. Aproveite os dias para conhecer o mundo rural que nos trouxe os deliciosos néctares do Dão. E como um bom Dão deve acompanhar uma boa refeição, Viseu Estrela à Mesa traz experiências únicas do melhor dos sabores à mesa, dos mais típicos às novas tendências, num restaurante gourmet a céu aberto no Rossio.
Para promover o enoturismo na região, nasceram outros dois eventos em que os vinhos do Dão marcam presença central:
- Em maio, o festival mais cool do ano traz a street art a Viseu com os Tons da Primavera.
- Em dezembro, o Solar do Dão no Fontelo abre as portas para os Vinhos de Inverno, evento de 3 dias que alia os preciosos néctares do Dão à literatura com o festival Literário “Tinto no Branco”.
Como ir?
De carro: Viseu está servida de boas ligações por autoestrada e vias rápidas. A A25 garante ligação a Aveiro, na costa, e Vilar Formoso na fronteira com a Espanha, com ligação à A1 para quem venha do Porto ou de Lisboa. A IP3 liga à cidade de Coimbra e a A24 a Chaves.
De autocarro: há serviços todos os dias e com vários horários diários de ligação às principais cidades do país. Consulte horários e tarifas de preços nos autocarros da Rede Expressos.
Onde ficar em Viseu? Sugestões de alojamento
Bem no coração do centro histórico (Praça Dom Duarte), com um preço imbatível e uma equipa muito simpática, o allgo Hostel não tem rival. Ficamos alojados num dos quartos privados deste hostel na nossa última visita a Viseu, e só podemos recomendar.
O edifício do século XIX foi renovado e bem estruturado dando lugar a um espaço gracioso, com identidade mas modernizado. Quarto espaçoso, cama moderna confortável em conjugação com peças de decoração vintage (lindas!), práticas e funcionais, e impecavelmente limpo. Os dormitórios com casa de banho partilhada são também muito bem concebidos: espaço-cama isolado com uma cortina que permite maior privacidade, equipado com luz e tomada individuais.
As áreas comuns (sala de estar, sala de refeição e esplanada) têm um ambiente muito agradável. O allgo Hostel disponibiliza ainda uma cozinha partilhada equipada para preparar refeições ligeiras. Clique para ver disponibilidade e preços do allgo Hostel.
Procura um alojamento com exclusividade, requinte, identidade e serviços de excelência? Satisfaça os seus desejos na Pousada de Viseu. Este hotel de quatro estrelas é categoricamente o melhor na relação qualidade-preço. Num antigo edifício do século XIX, o espaço é sofisticação inscrita na identidade. Acomodações e serviços de excelência respondem aos hóspedes mais exigentes. Quartos espaçosos, insonorizados e aclimatizados, luminosos e de linhas modernas, estão preparados para garantir conforto de qualidade – alguns com varanda e vista cidade. Os serviços incluem piscinas (a interior é aquecida), ginásio, um SPA (sauna, banheira de hidromassagem, banho turco e massagens), um bar e um restaurante que vão despertar o paladar. Ficará convencido logo ao pequeno-almoço: um banquete de sabores. A Pousada de Viseu vai exceder as suas expetativas.
Precisa de mais espaço para a família ou condições para uma estadia independente? A resposta está num dos charmosos apartamentos e estúdios do Bemyguest – Loft Guest House Jardim das Mães Charming. Uma família de 4 ou um pequeno grupo de amigos vai adorar o espaço e conforto dos apartamentos. Surpreenda a sua cara-metade na sua próxima escapadinha romântica ficando num dos estúdios ou no loft – com mezzanine! Colado ao Jardim das Mães, a um pulinho do Rossio, não podia ter localização mais central. Elementos originais deste edifício do século XIX foram preservados e integrados num ambiente bem moderno, conferido pela decoração e design. Cada alojamento individual do Bemyguest está munido de quarto(s), WC com chuveiro, kitchenette equipada, área de estar e mesa de refeições. O elevador é uma adição de grande valia.
O Melhor de Viseu num Roteiro de 2 dias
Um roteiro de 2 dias a visitar Viseu é suficiente para conhecer os pontos de interesse mais emblemáticos da cidade. Mas como há tanto para vivenciar, pode facilmente alargar o seu roteiro para visitar Viseu para 3 dias ou até mesmo 4 dias. No final do artigo encontra as nossas sugestões para tal, é só escolher a(s) que mais lhe agradar(em).
Sendo um destino com tanta oferta é um ótimo destino para uma escapadinha romântica, uma viagem em família com muito para entreter os miúdos, para viajar com amigos ou saborear um tempo sozinho.
Roteiro para visitar Viseu: 1º Dia
Vamos dar corda aos sapatos e dar início a este roteiro de 2 dias a visitar Viseu. Deixe o carro no Campo da Feira de São Mateus (estacionamento gratuito) e apanhe o Funicular de Viseu (se estiver em funcionamento!) que liga a zona ribeirinha das margens do Rio Pavia ao centro histórico.
Assim, sobe até ao Adro da Sé sem canseiras. A fachada de granito negro da Sé contrasta com a alvura da Igreja da Misericórdia mesmo defronte. Assim se revela Viseu ao seu visitante, sempre acompanhando as necessidades dos tempos sem abdicar da sua herança histórica e cultural.
Aqui chegado, demore-se na Sé Catedral de Santa Maria. A Sé Catedral de Viseu é famosa pela capela-mor gótica e claustros renascentistas. O coro alto de cadeiral gótico e a talha dourada também são dignos de destaque. O corredor colunado que vê à direita é o Passeio dos Cónegos, que liga o claustro superior da Sé à velhinha Torre de Menagem. É aqui que está guardado o tesouro do Museu de Arte Sacra.
O Museu Grão Vasco, sediado no Paço dos Três Escalões, é imperdível. Reúne obras do pintor quinhentista Vasco Fernandes destacando a sua obra expressiva e realista. Se tiver que escolher só um museu para visitar, aconselhamos o Museu Grão Vasco.
A fachada “rocaille” da Igreja da Misericórdia, de traços neoclássicos e a Fonte das Três Bicas compõe o restante do conjunto arquitetónico do Adro da Sé.
Siga para a Capela de Nossa Senhora dos Remédios, uma pequena capela em forma octogonal edificada com as esmolas dos viseenses.
Passe debaixo da Porta do Soar, uma de duas sobreviventes das portas das muralhas medievais, e passe frente à Igreja de São Sebastião.
Chegamos ao sempre florido Jardim das Mães. Quando olhamos em volta, conseguimos perceber porque é que Viseu é chamada de Cidade-Jardim. A Casa-Museu Almeida Moreira, uma das figuras mais eminentes de Viseu, fica a norte.
Está às portas da Praça da República, popularmente conhecida como o Rossio. Deparamo-nos com uma praça movimentada, centro nevrálgico da cidade que nos brinda com alguns dos melhores pontos de interesse da cidade: o magnífico painel de azulejos do Rossio que retrata a vida quotidiana da região, a Câmara Municipal (vale a pena espreitar a escadaria) e o Banco de Portugal marcam a monumentalidade da Praça.
O Jardim Tomás Ribeiro atinge-nos com a sua beleza, organizado e colorido o ano todo. Os bancos de jardim convidam a relaxar, isto se não optar pela Esplanada Rossio para se iniciar nas delícias doceiras viseenses.
Entretanto já lhe saltaram à vista o Chafariz do Rossio (a rotunda) e o escadório da Igreja dos Terceiros de São Francisco.
Depois duma devota visita à igreja, desfrute dum dos parques icónicos de Viseu, o Parque Aquilino Ribeiro com os seus carreiros a convidarem a um passeio despreocupado enquanto escolhe o banquinho que lhe vai permitir descansar as pernas. Talvez para admirar a singela Capela de Nossa Senhora da Vitória.
Como o dia se vai aproximando do seu fim, vamos em busca de boa comida e bebida para fechar este primeiro dia de roteiro a visitar Viseu. E nenhum lugar é melhor do que a Praça Dom Duarte, no centro da qual a cidade homenageia o rei português nascido em Viseu.
Nas ruas, ruelas e vielas circundantes temos a maior concentração de restaurantes, snack-bares ou casas de petiscos para saciar a fome. E não são uns quaisquer, são alguns dos melhores de Viseu. Apetece-lhe tomar um copo? Não precisa de ir mais longe. Esta é a zona da nightlife mais badalada da cidade.
Roteiro para visitar Viseu: 2º Dia
A cidade reserva-lhe ainda mais surpresas neste segundo dia do seu roteiro de Viseu. É um prazer calcorrear ruas por bairros castiços e muitas histórias para contar. Somos brindados com edifícios urbanos típicos duma cidade que manifestamente gozou de prosperidade.
Desde casas estreitas de 3 pisos com as suas varandas de ferro decoradas com vasos de flores a mansões abrasonadas com fachada direta para a rua. Cada qual competindo pela sua atenção com detalhes arquitetónicos que nos prendem a atenção e nos dizem a idade que têm, discretamente.
Não se admire se por lá encontrar umas janelas manuelinas, umas portas em arco medievais, uns laivos de art nouveau, renascentismo e neoclassicismo numa fachada.
Olhe também para os pés. Nas ruas encontram-se na calçada desenhos esculpidos nas pedras de granito que aludem a particularidades identitárias de Viseu, da sua história e da sua cultura.
Comece na Rua Formosa, uma das mais bonitas ruas de Viseu. Espreite o Mercado 2 de Maio. Aquilino Ribeiro dá-lhe as boas-vindas, homenageado numa estátua que o retrata entregue à sua arte, a escrita.
O mercado já não recebe as banquinhas da feira semanal de Terça-Feira, aonde todos acorriam para se aviarem, mas foi transformado num amplo terreiro que se tornou perfeito para receber as banquinhas de comes e bebes, artesanato e afins dos maiores eventos da cidade. Com palco para manifestações culturais e tudo.
Um ligeiro desvio para sul no cruzamamento com a Rua Direita, conduz o visitante ao Solar dos Condes de Prime, um imóvel de Interesse Público de traça barroca. A capela tem um magnífico retábulo de talha dourada de estilo Joanino e painéis de azulejos que retratam a vida de Santo António.
Voltando à Rua Formosa e praticamente no extremo este, pode ter um vislumbre da Muralha Romana defensiva construída no século I. Mas tem que olhar para o chão pois ela esconde-se por baixo dum piso vítreo. O problema é que a condensação da humidade ofusca o vidro e só se consegue ver algo com algum esforço. Apenas um pequeno trecho da muralha “escondida debaixo do chão” (a Rua Formosa acompanha grande parte dela) deste recente achado arqueológico está à vista, integrado na decoração ajardinada da Rotunda de Santa Cristina.
Mais uma vez, Viseu presenteia-nos com amplos espaços verdes que a tornam tão airosa e alegre. Falamos do Jardim de Santa Cristina, assim chamado por causa da Fonte de Santa Cristina que só não passa despercebida ao olhar mais atento.
Modesta e singela, a antiga fonte é ofuscada pela imponente Igreja da Ordem Terceira de Nª Sr.ª do Carmo. Cinco retábulos de talha dourada, de estilo barroco Joanino, painéis de azulejos de estilo rococó, com temática profana e uma pintura do teto são os elementos de destaque.
Junta-se à monumentalidade da clareira verdejante o Seminário Maior de Viseu, o Antigo Convento de São Filipe Néri. Igreja e claustro de estilo barroco e o órgão de tubos no interior da igreja, datado do século XIX, veio da Sé Catedral.
E já que andamos por estas bandas, vamos conhecer uma das mais conceituadas confeitarias de Viseu. Sempre que visitamos Viseu, se há sítio a que vamos religiosamente é a Confeitaria Amaral, espaço pequenino e familiar, mas cheio de sabores da região. Pode esquecer dietas e regimes porque, só de olhar para a montra de doces, pães e bôlas, já está a cometer o pecado da gula. Como a carne é fraca, lá caímos na irresistível tentação de saborear um dos seus sublimes doces e bolos típicos.
Confessamo-nos fãs incondicionais do Viriato, e não saímos da confeitaria sem uma caixinha com pelo menos dois. À mesa já nos serviram Florzinhas do Amor (obviously!), Barquinhas de Feijão e, a última prova, Rotundinhas. Das duas uma, o nome do soberbo doce ou é uma homenagem à cidade das Rotundas (Viseu tem cerca de 200!) ou uma profecia, pois arriscamo-nos a sair de lá “rotundinhos” com tanta doçura!
Retomamos o nosso roteiro para visitar Viseu, tomando a Rua Direita. Se há rua que não pode mesmo perder, é a Rua Direita. É a mais castiça e autêntica. É uma lição de vida, da autenticidade duma artéria comercial, daquele comércio tradicional de há poucas décadas atrás. Aqui vende-se de tudo, do dedal ao alguidar.
Drogarias, mercearias de bairro, retrosarias, a modista, o alfaiate, o sapateiro, as ferragens e as ferramentas de lavoura, as incontornáveis tasquinhas… Tudo numa mesma rua que ainda nos premeia com a arquitetura típica das ruas direitas, rua estreita, casas antigas que já nem se lembram da idade, as comadres coscuvilhando à varanda ou à janela (agora, é mais os jovens universitários!)
E por falar em janelas, esteja atento aos pisos superiores dos edifícios porque se não o fizer vai perder a estética das janelas manuelinas. Só na Rua Direita há quatro. Bem, três se quisermos ser precisos, com a mais bela à boca da Rua Dom Duarte, listada como Monumento Nacional.
Ainda na Rua Direita, uma antiga papelaria deu lugar ao Museu da Cidade de Viseu, um edifício medieval também chamado de Casa das Memórias, que procura reavivar figuras de relevo, espaços e memórias da cidade com as suas exposições temporárias. Mais um solar barroco, o Solar dos Viscondes de Treixedo que enriquece o espólio arquitetónico com a sua fachada exuberante.
A Rua Direita acaba no Largo Mouzinho de Albuquerque. Aqui destacam-se o Teatro Viriato e a Igreja de Santo António do antigo Convento das Freiras Beneditinas.
E fechamos as deambulação citadinas apreciando a apelativa Porta dos Cavaleiros. Mesmo ao lado, o bonito e ornado Chafariz de São Francisco datado do século XVII com um nicho que guarda uma imagem do santo. O solar defronte é a Casa dos Fidalgos do Arco.
Para fechar o círculo deste roteiro de Viseu, subimos a Calçada da Vigia até à Casa do Miradouro. Espaço museológico no interior e um pequeno jardim onde vai descobrir miliários romanos que provam que Viseu era um centro nevrálgico das vias romanas que ligavam Mérida, Braga e Chaves.
Se há espaço verde que um viseense aconselhe a qualquer visitante (e com razão), é o Parque do Fontelo. A antiquíssima mata, com árvores milenares, é espaço de recreio desde que há memória. Particularmente de bispos, cujo paço episcopal se situava ao lado, naquele que é hoje o famoso Solar do Dão, com jardins renascentistas.
Atualmente, o portal quinhentista dá as boas-vindas a todos, para um passeio nos jardins idílicos, para um picnic em família ou para um namorar de mão dada com a cara-metade. O Fontelo reúne ainda um conjunto de boas infraestruturas para a prática desportiva.
Se tiver a oportunidade, pegue na bicicleta e arranque do Fontelo para conhecer a Ecopista do Dão, a mais longa de Portugal, que liga Viseu a Santa Comba Dão.
Feche o seu roteiro de 2 dias a visitar Viseu com uma homenagem. Viriato está à sua espera para se juntar aos guerrilheiros celtiberos que geraram a raça lusitana e incitá-lo com o seu “grito de guerra”. Com um pouco de imaginação, não custa muito viajar no tempo ao ver a estátua expressiva do chefe lendário.
E a localização não podia ser mais apropriada. Às portas da Cava do Viriato, uma gigantesca construção octogonal única na Europa. Sabe-se que os altos taludes de terra e os fossos de água são obra humana. O que permanece no segredo dos deuses é o propósito e época (romana, muçulmana ou cristã?) desta enigmática construção que, ao que tudo indica, teve grande importância militar.
Roteiro para visitar Viseu em 3 dias
Como já dissemos, Viseu tem tudo e mais alguma coisa para dias bem passados. Portanto, alargar o seu roteiro para 3 dias em Viseu, permite-lhe vivenciar o melhor da cidade.
Para uma viagem ou escapadinha cultural, o visitante não tem mãos a medir. “Da tradição da Casa de Lavoura e da Casa da Ribeira à interatividade do Museu do Quartzo. Do ambiente contemporâneo da Quinta da Cruz à narrativa do Museu Almeida Moreira e do novo Museu de História da Cidade. Da grandiosidade do Museu Nacional Grão Vasco, à preciosa arte sacra do Tesouro da Sé e do Tesouro da Misericórdia. Descubra os Museus de Viseu[…]!” Nós não diríamos melhor!
Abra os olhos para a nova cena de street art que nasceu na cidade, mas foi vanguardista ao libertar-se da ideia preconcebida de “urbana” e foi para as ruas de todo o distrito. No posto de turismo arranja o roteiro.
Pegue no carro e conheça tradições e costumes do mundo rural, os segredos da produção dos néctares dos vinhos do Dão com a visita uma quinta e prova de vinhos.
Só quer relaxar? Cuide do corpo e enalteça o espírito nas Termas de Alcafache ou de São Pedro do Sul, mimando-se com tratamentos de banhos termais ou uma sessão de spa.
Mangualde tem dois argumentos fortes de visita: a praia Live Beach para os dias quentes e o esplendoroso Palácio dos Condes de Anadia para os dias menos quentes.
E que mais? Com mais tempo, ainda pode incluir no seu roteiro de Viseu uma ida ao centro comercial Palácio do Gelo. Não pelas compras, mas por umas acrobacias na pista de gelo ou pela experiência única de beber um copo no Bar do Gelo onde tudo é feito de gelo, desde o chão ao teto passando pelos copos. Afinal, não precisa de ir ao Canadá para saber o que é estar dentro dum glaciar – ele veio ter consigo e está em Viseu.
Onde comer em Viseu?
A gastronomia tradicional continua a ser acarinhada por locais, e motivo de visita para muitos de nós. Em terras de Viriato, cultiva-se a arte de comer bem e beber melhor. A gastronomia é uma das grandes apostas da região e já tem provas dadas.
“O mundo da gastronomia também pode contar com Viseu”. São as palavras do chef Diogo Rocha que acabou de levar a primeira Estrela Michelin para Viseu. É a estreia tão esperada pela cidade e a distinção merecida de Diogo Rocha que assina todas as criações do Mesa de Lemos, em Passos de Silgueiros. Apreciadores da gastronomia gourmet já não têm mais desculpas para visitar Viseu e degustar as criações deste “sumo sacerdote da cozinha” que casa sabores de tradição com inovação da alta cozinha.
Nesta visita a Viseu, fomos degustar especialidades na Mesa da Sé, na Maria Xica e n’O Hilário, pelo ambiente e pelas estórias, mas acima de tudo pelos sabores com gostinho regional.
O Rancho à Moda de Viseu, provavelmente o mais conhecido prato típico, encabeça o desfile de iguarias gastronómicas viseenses centradas nas carnes serranas e enchidos beirões: Vitela Assada à Lafões, Cabrito Assado (forno de lenha), Entrecosto com Chouriço e Grelos, Migas à Lagareiro, Rojões (os bons Rojões, servem-se com enchidos) e a farta Sopa da Beira.
Brinde à sua saúde com um essencial e frutado vinho do Dão, o casamento perfeito entre a gastronomia regional e o néctar dos deuses. Ou até mesmo só para desfrutar ao final do dia.
Na doçaria, o célebre Viriato é obrigatório, as Cavacas e os Pasteis de Feijão recebem também rasgados elogios. As Castanhas Doces de Viseu fazem qualquer guloso pedir sempre mais uma!
Onde sair à noite em Viseu?
Praça Dom Duarte: siga os noctívagos e atreva-se a explorar as vielas em redor. Vai encontrar a sua “capelinha” de eleição, garantimos.
Mapa dos Principais Pontos de Interesse a visitar em Viseu
Clique no canto superior direito para aumentar o mapa do roteiro para visitar Viseu.
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